Diz uma velha máxima que um cão velho nunca deixa de ser um cão. Isso se provou ao Cachorro Velho quando alcançou sua segunda vitória seguida no campeonato ao bater o Faroeste por 4 x 3, com todos os quatro tentos marcados por Tupi. Antes enxotado como cachorro morto pelos adversários, a Matilha saltou da lanterna para a zona de classificação. Num verdadeiro duelo ao crepúsculo, os canídeos mostraram os dentes e cowboys sacaram rápido suas armas, o resultado foi uma partida emocionante com sete gols marcados.
As duas equipes começaram se estudando, até um pouco hesitantes em atacar e deixar suas defesas desguarnecidas. Após muitos toques para lá e para cá sem muita objetividade, os cachorros demarcaram o território. Depois de um ataque frustrado dos cowboys, Tupi recebeu a bola pouco depois da linha do meio da quadra e, com apenas o goleiro como adversário à sua frente, arriscou o chute. O resultado foi um míssil certeiro no canto direito, de Herrera. 1 x 0! Não demorou muito e o Cachorro voltou a morder os calcanhares do Xerife. Alê roubou o filé do ataque adversário e lançou para Tupi, que da esquerda, bateu firme no canto direito de Herrera. 2 x 0! Só que, depois, Gomes recebeu completamente livre na intermediária, girou e bateu um canhotaço no canto direito de Douglas, que nada pôde fazer. 1 x 2!
O restante do primeiro tempo não registrou mais lances agudos de ataque, pois ambos os times tomaram mais precauções na defesa. Do lado amarelo-azul, o receio era sofrer o empate, enquanto que do lado laranja, o temor era ter um revés ainda maior. E, como bem diz outro ditado do futebol, o medo de perder tira a coragem de ganhar.
Na volta para a segunda etapa, o embate parecia justificar a atual posição de ambos os times na tabela. Mesmo assim, os cowboys conseguiram o empate. Robinho ganhou uma disputa de bola com Tupi e chutou ao gol, mas a redonda teimava em não sair do lugar, pois a defesa afastava e o ataque contrário rolava de volta, parecia um desfile de canelas. Impaciente com uma jogada sem desfecho, o próprio Robinho mandou uma bomba no lado direito de Douglas. 2 x 2! Ainda teria mais emoção, pois os xerifes ‘laçaram’ a bola e conseguiram a virada. Dedé cobrou uma falta com tamanha violência, onde a bola sobrou nos seus pés após a mesma chocar-se na barreira. Na sobra, o camisa 20 emendou uma batida de chapa que fez uma curva até entrar no ângulo direito de Douglas. 3 x 2!
Tupi resolveu pôr ordem no time e, como bom guardião da casa, disparou pela esquerda mas desferiu um chute tão fraco que a bola caiu mansamente nas mãos de Herrera. Gomes tentou acertar o canto direito de Douglas, sendo o goleiro obrigado a afastar com o pé. Em jogada parecida, na sequência, Robinho arrematou e o goleiro mais uma vez mandou para longe com um chute.
Porém, o melhor ficou mesmo para o final, já que o segundo tempo foi marcado com lances de pouca inspiração. Tupi recebeu bola oriunda de escanteio, e com um jogo de cabeça da direita para a esquerda, deslocou Herrera da jogada e guardou no filó. 3 x 3! Quando pensava-se que o empate já estaria selado, veio a surpresa. Após o apito de reinício, Tupi, ele de novo, pegou a bola e avançou do lado direito. O atacante bateu uma bomba no canto direito, Herrera nem esboçou reação. 4 x 3! Ao fim do jogo, os atletas do Cachorro Velho comemoraram muito e mostraram bastante entusiasmo para seguir com esperança de classificação para a próxima fase.
Ficha técnica
Cachorro Velho 4 x 3 Faroeste – 6ª rodada do XII Chuteira de Aço
Gols: Tupi (4) (CV); Gomes, Robinho e Dedé (F)
Cartões amarelos: Mateus Carvalho (CV); Dedé e Ricardo Franci (F)
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