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Vitória maiúscula ante Arouca provou aquilo que a trupe de Kuminha já esboçava: o Roleta veio para brigar pelo caneco

Há um estranho no ninho das semifinais do Chuteira de Ouro. Atual campeão do Chuteira de Prata, o Roleta Russa Olímpico desbancou o atual vice-campeão da Ouro, o Arouca, reeditando os mesmos 4 x 2 da última rodada na primeira fase, que garantiu a classificação dos russos aos playoffs. O próximo rival antes da sonhada decisão é o encardido Mulekes. Será que o Roleta apronta mais uma?
 
Vamos falar de bola: foi o Arouca quem começou tomando a iniciativa. Mota tentou abrir o placar com seus chutes de fora da área. Dhani e Markinhos articularam tabela e deixaram para Arthur Fon, que parou em Louiz. Netto arriscou uma cobrança de falta… mas perdeu o equilíbrio e desabou, armando aquela que seria a única jogada de efeito do Roleta nos primeiros minutos.
 
As linhas de ataque e defesa do time de Vadão jogavam muito separadas, deixando um verdadeiro deserto no meio da quadra – deserto esse que não era explorado por nenhuma das equipes. A zaga arouquense parecia dispersa e Kuminha esteve perto de abrir o marcador depois de França entregar a rapadura, mas Mota chegou jantando no desarme faltoso e acabou amarelado.
 
Já o ataque tricolor era perigoso. Markinhos parou em nova defesa de Louiz depois de bela jogada solo. Depois o camisa 9 perdeu boa chance ao concluir mal lance criado por Dhani. O gol veio aos 17, dos pés de Arthur Fon: ele recebeu da defesa, deixou o marcador para trás e, mesmo sem ângulo pela esquerda, disparou contra a meta de Louiz, que não pode fazer muito.
 
A cada jogo, Kuminha confirma sua condição de craque; camisa 10 decidiu de novo a favor do Roleta

Uma vez na frente, o Arouca pareceu satisfeito. Tanto que passou a jogar com quatro jogadores fixos lá atrás. O Roleta seguia tendo espaços para trabalhar a bola, mas seu campo de ataque estava mais congestionado que metrô em horário de pico. Pina foi um dos que tentou furar o bloqueio, sem sucesso. A equipe foi para o intervalo em desvantagem.
 
O cenário não mudou muito: como ninguém tentava tabelas ou jogadas em profundidade, a arma que restava ao Roleta era dominar e bater. André Plec e o goleiro Louiz desferiram seus golpes, que ficaram na muralha tricolor. Mas a sorte começou a mudar quando o obstinado arqueiro dos roletas acertou um baita tiro, fora do alcance de seu rival Mauricio.
 
O Arouca se viu obrigado a voltar à partida e Fon esteve perto de reestabelecer a vantagem em boa jogada individual, mas Louiz levou a melhor. Pelo lado do Roleta, os jogadores muito reclamaram de um suposto toque de mão de Vitão dentro da área. O pênalti não fez falta: na jogada seguinte, Kuminha rabiscou, escapou de um sarrafo de Netto e rolou para André Plec, que virou o jogo. O Arouca se expôs na busca do empate e Kuminha aproveitou: dois minutos depois, o camisa 10 – um dos craques do campeonato, sem dúvida alguma – disparou de seu campo de defesa e desferiu potente chute rasteiro. Mauricio não conseguiu segurar. 3 x 1!
 
O tricolor quis um tempo para por a cabeça no lugar. Voltou melhor, mas a ausência do técnico Galizé parecia exercer um efeito negativo sobre a produtividade da equipe. Foram raros os momentos em que Fon, Dhani e Darian estiveram juntos em quadra – os três eram os únicos que ditavam algum ritmo. A presença de Caio Henrique não dava à equipe a reação necessária. Já Mota conseguia a proeza de ter cometido todas as faltas do time – quatro até então.
 
Arouca tinha dominío de bola, mas não do jogo; Roleta marca bem atrás e tem quem decida na frente

Mesmo assim, o Arouca deu a cara a tapa. Markinhos arriscou da entrada da área e parou em Louiz. Fon tentou alguma coisa, mas sem o devido efeito. Já na jogada seguinte o camisa 42 colocou boa bola para Brunão, que bateu e ganhou escanteio – na cobrança deste, o mesmo Brunão escorou para as redes e reacendeu a partida. O Arouca pressionava, mas a zaga liderada por Pina resistia.
 
O cenário perdurou até os 24 minutos da segunda etapa, quando Kuminha aprontou mais uma: recolheu, driblou Caio Henrique com facilidade e deu grande passe para o predestinado Catatau, que acabara de entrar, fechar o caixão. Depois disso, bola para o mato. A torcida do Roleta (ou a anti-Arouca?) deu o tom para o final da partida: “tá chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem, é hora de ir embora…”. Quando o apito soou, os russos do Roleta comemoraram como um título.
 
Bengalas e Arouca já ficaram para trás. Quem vem pela frente é o Mulekes. Um grande desafio para o Roleta, que já não considera um luxo sonhar com a taça.
           
Ficha Técnica
 
Roleta Russa Olímpico 4 x 2 Arouca – Quartas de final do XIX Chuteira de Ouro
 
Gols: Louiz, Luis Felipe, Kuminha e Catatau (RRO); Arthur Fon e Brunão (A)
 
Cartões amarelo: Vitor (RRO); Mota (A)
 
MVPs: 1 - Kuminha (Roleta Russa Olímpico); 2 - Pina (Roleta Russa Olímpico); 3 - Arthur Fon (Arouca)
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