Futebol ainda é um esporte coletivo. Esse é um recado direto a Mineiro, que bancou de ‘dono da bola’ e fez seus companheiros e, principalmente, Sabatim (do lado de fora, suspenso) ficarem malucos com o magnata 8. Apesar de toda fome que há no mundo reunido em seu corpo, acabou sendo um dos destaques do triunfo do Magnatas por 7 x 6, tirando qualquer possibilidade de o Olimpo chegar na primeira posição e, de quebra, colocando os magnatas na rota do Vikings. Noal também fez bonito ao ir à rede 4 vezes.
Começou o jogo e Mineiro teve que tocar, porque era saída de bola, né, sabe como é... Noal se posicionou um pouco atrás, recebeu e tentou surpreender o goleiro adversário dali mesmo, mas a bola passou longe da meta defendida por Marcelo Pimentel. E, quem fez o primeiro gol foi o Olimpo, logo aos 2 minutos de jogo. Aliás, um golaço de Cachoeira. Ele recebeu na direita, conseguiu se desvencilhar da marcação e, perto da linha de fundo, quase sem ângulo, mandou cruzado no ângulo oposto de Leandro Pereira, que nada pode fazer. 1 x 0!
Aos 4, Mineiro brigou com a zaga olimpiana, conseguiu ficar com a bola e tentou o chute pouco após a meia-quadra. Boa ponte de Marcelo para fazer a defesa! Na resposta, Gui Pimentel carregou ela e também arriscou pouco depois da linha central. Leandro Pereira levantou os braços e fez bem o bloqueio.
O jogo deu a famigerada esfriada. Com 10 minutos já passados, Mineiro conseguiu mais um desarme, de novo não passou a bola, chutou sem força, da intermediária. Fácil para Marcelo. No minuto seguinte, porém, veio o empate. Bom giro de Rampazo em cima da marcação, ele tentou o chute e acabou dando assistência pra Noal só empurrar e fazer o primeiro dos magnatas. 1 x 1! No lance seguinte, Noal ganhou dividida, já na intermediária de ataque, chutou caindo e acabou errando o alvo e desperdiçando a chance da virada relâmpago. Depois, Marcelo teve que trabalhar. Mineiro tocou uma, pra Rampazo na direita, que deixou pra Rafinha chegar batendo. O arqueiro olimpiano saltou e buscou no canto.
Aí uma curiosidade arbitrária: os juízes deram cartão pra Rampazo, que reclamou, e ganhou mais um — o vermelho. Tentativa de tolerância zero? Talvez, mas que não teve resultado tão significativo até o final da partida. O Magnatas chiou timidamente. Já desfalcados de Sabatim, não têm porque realmente se prejudicar ainda mais. O futebol, como a democracia, é uma delícia, mas tem seus custos (os nervos, por exemplo).
Tempo pro Magnatas não perder o controle. Na volta, cobrança de falta de Cachoeira e ela foi pererecando pra fora, à direita do gol de Leandro Pereira. Cachoeira ficou parado ali, após o movimento de chute, só torcendo, mas não foi dessa vez. Leandro Pereira foi na reposição, mirou no Mineiro, mas errou o arremesso. Bola de volta, de graça, pro Olimpo. Saad levou pela esquerda e virou o jogo pra Godoy, que já estava esperando, sem marcação, por uns 10 minutos. Ele trouxe pro meio, finalizou, mas sem a direção certa.
Agora, contragolpe mortal do Magnatas, Noal recebeu no pivô e soltou na esquerda para Alê, que chegou batendo alto, pro fundo das redes. Virada! 2 x 1. Os olimpianos não se desanimaram. Jogada pela esquerda com Saad, que mandou mesmo travado pela zaga magnata, e a bola desviada passou ameaçando a meta de Leandro Pereira.
Com 23 já, vez de o Olimpo tentar em contragolpe. Bob foi o responsável por levar o time à frente, ele tabelou com Saad e tentou o arremate, a bola desviou na zaga e foi em cima de Leandro Pereira. Na resposta rápida, Lê Leme, com Marcelo já batido na jogada, acabou furando e desperdiçando a chance de ampliar. Agora, perde e ganha na meia-quadra, Alê roubou pelo Magnatas, avançou para a direita, cruzando a quadra em diagonal, mas na hora de ganhar o 10 errou o alvo. E, ainda deu tempo no finalzinho de Noal, na banheira, chutar em cima de Marcelo, que saiu bem também, mérito pra ele.
No começo do segundo tempo, Noal se redimiu logo de cara. Blitz magnata e, aos 2 minutos, Lê Leme tentou o arremate pela esquerda, Marcelo foi bem, mas soltou no pé de Noal, que não perdoou. 3 x 1! Na sequência, bobeira do Magnatas, bola recuperada por Cacá, que partiu pra cima sem ser incomodado e tocou na saída de Leandro Pereira. A defesa até tentou tirar em cima da linha, mas já estava lá dentro. 2 x 3! Muita reclamação de Sabatim, suspenso, do lado de fora, gritando com o time.
Gastou a garganta em vão. Pois, aos 4 minutos, Cachoeira levou pelo lado direito, sem muito incômodo, e chutou forte cruzado, a bola ainda bateu no defensor magnata e entrou. Para desespero de Sabatim, 3 x 3!
Aos 5, cobrança de corner de Alê para Noal, que do bico da área virou um voleio em câmera lenta, a bola quicou no chão após a finalização mas subiu muito e foi pra fora. No lance seguinte, Rafinha tocou na direita, em Deda, que chutou pro meio, ela rebateu na defesa e Alê ficou com a sobra, mas mandou por cima da meta.
Com já 9 jogados, trama pelo lado esquerdo do ataque magnata. Rafinha tocou em Mineiro, que fez o breque tirando bem da zaga, mas bateu em cima de Marcelo. “Toca a bola, ‘baralho’”, esperneava Sabatim da grade pra cá. E, dessa vez Mineiro atendeu. No lance seguinte, Rafinha balançou pra cima do adversário e tocou no pivô para Deda, que soltou na esquerda pra Mineiro. O 8 magnata recebeu marcação em cima, mas voltou bem a jogada em Rafinha, que chegou batendo, sem chance pra Marcelo Pimentel. 4 x 3!
Apesar de permanecer a maior parte do tempo, especialmente no segundo tempo, com mais controle do jogo, o Magnatas cometeu erros bobos, que só foram se tornando mais frequentes, ao mesmo passo que os gols pró também iam saindo. Aos 12 minutos, Renato Leme perdeu a bola para Bob, que tentou tocar na saída de Leandro Pereira, mas tirou muito e mandou pra fora. No lance seguinte, Almir cobrou lateral para Thiago tentar a letra no alto. Essa teve a direção do gol, mas Leandro Pereira estava lá pra ficar com ela.
Depois, mais Olimpo no ataque. Godoy tabelou com Saad, recebeu na frente, mas mandou pra fora. Chance clara perdida pelo olimpiano. Com 13 no relógio, porém, João saiu errado e deu nova oportunidade para o Olimpo. Saad ficou com ela, carregou e tocou pro barbante. 4 x 4. Segundo Sabatim, quatro gols dados pros caras. Não foi bem assim, mas quase. Ainda tinha mais falha por vir. Para ter chances de título, o Magnatas vai ter que acertar essa defesa — seja com Sabatim fora ou dentro de quadra.
No recomeço da partida, bola na ponta esquerda para Lê Leme, que finalizou bem, obrigando boa participação de Marcelo. Depois, Renato Leme tabelou com Deda no pivô e finalizou, para nova defesa do arqueiro olimpiano.
Aos 16, Lê Leme cobrou falta com violência, mas acertou só a barreira. No rebote, o magnata cochilou, acabou perdendo a bola para Thiago e se vendo obrigado a matar o contragolpe com falta. Amarelo pelo vacilo. Ainda assim, melhor que tomar o gol. Na sequência, quem fez o gol foi o Magnatas. Insistência de Mineiro pelo meio, ele achou bem Noal pela ala esquerda, que só virou chutando pro gol, colocando o time à frente novamente. 5 x 4! Agora, foi a vez do Olimpo também entregar uma pro adversário. Com 21 minutos jogados, Thiago tentou dominar, ela acabou escapando e ficando com Noal, que guardou mais um! 6 x 4! Um minuto mais tarde, mais um pros magnatas. Rafinha antecipou o passe e Saad se viu obrigado a fazer a falta. Na cobrança, duas tentativas seguidas de Noal. A segunda Rafinha completou pro gol depois de desvio na defesa. 7 x 4!
Esse último não deu muito tempo de comemorar. Enquanto Noal ainda reclamava que Rafinha tinha roubado o tento dele, Gui Pimentel recebeu no bico da área, pela esquerda, e acertou o canto oposto de Leandro Pereira. Time ganhando, mas goleiro nada feliz de buscar tanta bola no fundo do gol. 5 x 7! Ainda deu tempo de o Olimpo fazer mais um no finzinho. Cacá cobrou lateral pra Almir, sem sair do chão, mandar pro fundo das redes. 6 x 7! Pra alívio de Leandro Pereira, Sabatim e companhia, não havia tempo pra mais nada, e agora é decisão ante o Vikings.
Ficha técnica
Magnatas 7 x 6 Olimpo – 8ª rodada do XVII Chuteira de Bronze
Gols: Noal (4), Alê e Rafinha (2) (M); Cachoeira (2), Cacá, Saad, Gui Pimentel e Almir (O)
Comentários (0)