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Atual campeão Necaxa dá as boas-vindas de volta ao Bacana e mostra que tricampeonato não será fácil

A vida do Bacana não será fácil em seu retorno à Copa Calcio. Bicampeão da competição (edições 1 e 2), havia muita expectativa de como o time viria para a disputa. No papel, jogadores veteranos (Jorge, Guido, Iuri, Demehur, Romulo, Canzian) com retrospecto de peso. Em campo, um time desfalcado que jogou com o goleiro Guido no ataque (e não foi mal) e não resistiu à força no atual campeão, o Necaxa! Lins, mais uma vez, comandou tudo lá de trás e ainda fez um golaço. Rafão, o Lewandovski da Calcio, meteu outro golaço, este de bicicleta, e o Necaxa se mostrou um time reforçado e mais favorito do que nunca ao bicampeonato.
 
Bola rolando e logo Rá meteu a sapatada da esquerda. A bola saiu, mas passou perto do gol de Kiko. Já o Bacana focava na jogada de Romulo vindo de trás pelo meio e procurando Guido no pivô. Na primeira do goleirãoatacante – que visivelmente exagerou nas férias e voltou acima do peso –, ele girou e chutou cruzado para fora. Na segunda dele – a origem da bola foi o mesmo Romulo –, Caiçara pegou!
 
O Necaxa era perigoso na antecipação de seus homens de trás e disparada no contra-ataque. Lins chegou antes de Guido e tocou a Renatinho. A paulada do camisa 10 foi quente e Kiko espalmou no alto! Boa, garoto! Nem tão bem assim foi aos 8 minutos, quando novo contra-ataque pela esquerda fez a bola chegar a Rafão no meio. Ele disparou, ganhou na corrida do marcador e chutou da linha da área para fazer 1 x 0!
 
Aí o Necaxa já começava a ter o domínio pleno da situação. Renatinho mandou chute rasteiro desta vez e Kiko desviou. Defesa bonita mesmo quem fez foi Caiçara após escanteio cobrado para a entrada da área. Romulo pegou de primeira, de lado do pé, um lindo chute que foi desviado a escanteio de mão trocada pelo professor! Daí veio novo escanteio, e o enterro do Bacana. A bola foi jogada para trás e o passe lateral foi interceptado pelo capeta Lins, que mesmo inchado ainda do feriadão (ou seria o corte de cabelo a dar tal impressão?) conseguiu por na frente, dar quatro passadas largas e na quinta emendar um canudo no ângulo de Kiko! Um golaço! Foi do meio da quadra, quase da lateral! Ele podia ter avançado mais, mas confiou no taco e foi feliz! Kiko, que alguns já chamaram de Horácio, nada pode fazer! 2 x 0!
 
O Bacana tentava. Iuri errou o alvo após tabela com Guido. Aos 12, a barreira abriu e o chute de Pimenta em cobrança de falta foi pras redes sem problemas! Sobrevida! 2 x 1! A esperança foi mera ilusão. Kiko saiu nos pés de Rafão e salvou, mas dois minutos depois do gol as coisas começaram a ruir de vez. Escanteio ao Necaxa, bola no segundo pau para Renatinho ajeitar de cabeça o emendo de bicicleta de Rafão da linha da área, frontal. Movimento perfeito, o zagueiro Rugby pagou pra ver e viu um golaço! Tá lá dentro! 3 x 1!
 

Os dois gols de vantagem devem ter doído menos que ser um gol de bicicleta. Quem sofre um gol de bike sente o peso. “C*, tomamos um gol de bicicleta”. Alguns jogadores devem até ficar tentados a aplaudir. O Bacana é casca grossa e não aplaudiu, claro, mas sentiu, tanto que a vaca deitou ainda no primeiro tempo. Antes, porém, ainda lutou. Foram alguns minutinhos de pressão, mas a bola não entrava de jeito nenhum – sempre tinha alguém do Necaxa para impedir chegar em Caiçara. Quando tentou de longe, Iuri e Murilo jogaram para fora.
 
Do outro lado, o comando defensivo de Lins era completo. A orquestra era regida sem erros, sem falhas. Sintonia pura. E assim o quarto gol saiu, em novo contra-ataque. Volt tomou a bola no meio e deu a Renatinho. O camisa 10, como todo bom camisa 10, devolveu pra ele na esquerda. Zagueirão, ele chegou chegando chutando cruzado e sendo muito feliz! Bola no alto (que carma, hein, Kiko!?!?) e rede! 4 x 1!
 
Nos acréscimos, Pimenta podia ter botado aquele tempero gostoso no risoto, mas foi precioso demais ao receber na área cruzamento da direita e querer dar um corte a mais no zagueiro. Se tocasse de primeira, era caixa, mas cortou um e deu tempo de outro defensor chegar e salvar ao se jogar na frente da bola. Esta ainda voltou para ele, mas ele remendou meio torto e a bola subiu muito!
 
O segundo tempo seria bem mais morno, até pela resolução que o placar da etapa primeira trouxe. O Bacana tinha a bola, mas pouco produzia. Romulo, enfim, passou a jogar mais adiantado, de atacante mesmo, e com ele ainda saía alguma coisa. A parceria com Guido rendia algumas jogadas, como o bonito voleio do camisa 10 que a bola foi morrer na rede de cima. Ou em cabeçada do mesmo Guido livre após escanteio, mas a bola acabou indo para trás. Faltava a ele o cacoete de atacante.
 
Nesta pouca inspiração do Bacana, Lins foi se consagrando ao cortar tudo e mais um pouco dali de seu campo. Via céu, terra (e mar se ali houvesse), o capitão era um canhão que rebatia tudo. Na frente, Kaue entrou para prender a bola, mas na primeira dele ensaiou um chapéu (foi um meio chapéu, digamos assim) e logo levou um chega pra lá de Jorjão Pereira! Rogerinho entrou no lugar de Caiçara e quis emoção – afastou mal, em Romulo, e a bola ficou viva na área até ele mesmo recuperar.
 
Num raro contra-ataque, o Bacana chegou com Romulo ajeitando de letra para Iuri chutar. Pena que ele pegou meio que de bico e a bola entrou em órbita. O Necaxa compactava sua defesa e o Bacana ajudava para as coisas continuarem dando errado ao forçar as jogadas pelo meio. O resultado era que quando um homem de branco pegava na bola no ataque, três de vermelho surgiam em cima dele. Parecia aqueles filmes em que vietcongues brotavam do chão para melindrar os planos norte-americanos. Com isso a marcação era muito forte e eficiente, o que irritou Romulo a ponto de tomar só o amarelo após pedir falta ao se livrar dos seus três marcadores da vez. Nada marcado, ele elogiou o homem do apito e deve agradecer por ter saído só com o amarelo.
 
Aos 11 minutos o Necaxa matou o jogo. Em contra-ataque, claro. Rafão, Robinho e cruzamento deste para Volt escorar fácil quase em cima da linha. 5 x 1!
 
O Bacana patinava em suas deficiências. Nada que o técnico Marcelo e seu trio de auxiliares (a saber, Rossetto, Diegão e Menotti) faziam surtia efeito. O quarteto mágico até lançou o goleiro Kiko ao ataque, promovendo Guido a sua posição de origem, mas mesmo assim o time escorregava sem sair do lugar. O curioso é que Kiko saiu de campo e Guido, ainda no banco de reservas, nem com a camisa de goleiro estava! O Bacana ficou sem goleiro por alguns segundos!
 
O rachão rolou solto nos minutos finais. Kiko ainda mostrou desenvoltura e tentou arremates, mas a zaga alvirrubra estava impenetrável. Romulo e Pimenta tentaram de longe, enquanto Murilo teve grande chance dentro da área que Rogerinho salvou com o pé. O Necaxa ainda perdeu oportunidades de ampliar com Robinho e Rafão, mas a coisa já estava de bom tamanho.
 
Fim de feira, fim da despedida de solteiro. Missão cumprida pelo Necaxa, e também pelo Bacana, dentro de suas possibilidades e ânimos. A festa pelo retorno oficial do Bacana como Bacana valeu a noite. Na 2ª rodada, ante o Boa Pergunta, espera-se que time completo e ansiedade já controlada direcionem o time à primeira vitória. O Necaxa vai descansar e só volta na 3ª rodada.
 
Ficha técnica

Necaxa 5 x 1 Bacana – 1ª rodada da VIII Copa Calcio

Gols: Rafão (2), Volt (2) e Lins (N); Pimenta (B)

Cartões amarelos: Guido e Romulo (B)

MVPs: 1- Lins (Necaxa); 2 – Rafão (Necaxa); 3 – Renatinho (Necaxa)
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