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SNG vence na despedida e mostra que ainda tem lenha pra queimar; Guel fala em “mudanças”

Os times entraram em campo com seus destinos selados: Condor´s rebaixado e o SNG livre do descenso, mas sem chance de classificação. Nem por isso, entretanto, o jogo deixou de ser mordido. Aliás, o que se viu foram duas equipes lutando pela posse de bola o tempo todo – o que tornou a disputa acirrada, como se estivessem pleiteando por algo maior.
 
Mal a bola rolou, o SNG marcou. Guel perdeu a bola no ataque, Fabinho tocou na linha de fundo para Rafa cruzar para Biro, na banheira, só empurra para dentro. 1 a 0.
 
O Condor´s tinha dificuldade de entrar na área rival. Quando tentava, era parado. Se no toque de bola estava difícil, o jeito era a bola parada. Léo fez falta em Guel pela direita. Ele mesmo ajeitou. Bateu rasteiro no meio. Papa-Burguer se agachou e pegou. Ligou o ataque com Ronei, que sofreu a falta. Rafa atrasou para Léo chutar rasteiro no meio do gol. Johnny segurou, mas soltou. Ups! Cadê você, cadê você? Calma, tá aqui. Não soltou mais.
 
A briga no meio era boa. Guel tentava articular o ataque, mas não vinha tendo vida fácil. Perdeu a bola para Léo, que cruzou na esquerda para Biro dominar e sentar a pancada alta no centro do gol. Johnny fez a ponte e espalmou.
 
O Condor´s respondeu com Bruninho Franco na esquerda. O atacante cruzou na área rival, mas ninguém chegou para completar. Biro afastou próximo à linha. Um minuto depois, Guel pediu e tocou para Franco ajeitar com carinho e bater de fora da área no canto esquerdo. Tá lá dentro. Tudo igual: 1 a 1.
 
-        Porra, vão deixar os caras chutar? - esbravejou Biro.
 
O jogo endureceu. As oportunidades antes escassas; agora eram raras. Fabrishow entrou firme em Danilo Dantas no meio. Falta. Encarou o rival como um touro querendo companhia. Luis Romão rolou e Dantas isolou. O que foi isso, atleta?
 
O time de Matsuo trocava passes na defesa. Fabinho abriu na ponta esquerda. Romão, na raça, chegou junto em Diony para roubar a bola. Quase conseguiu. Levou bronca do companheiro:
 
-        Sem falta. Sem falta!
 
-        Que falta? Fui roubar a bola, porra! - retrucou.
 
Matsuo pediu tempo. O bate-papo foi rápido, mas suficiente para o time voltar com mais vontade. Diony tocou na fogueira para Kauzinho na intermediária e Luis Romão a roubou e partiu pra cima. Atrás dele, um bando de condores. Arriscou quando deu, mas não pegou legal na bola – apesar de venenosa. Johnny não deu sopa ao azar e desviou para esquerda.
 
Pouco depois, o SNG cometeu a sexta falta. Shoot out para o Condor´s. O juiz autorizou a cobrança. Bruninho Franco esperou um pouco. Fabinho chegou como um trator e impediu a cobrança, dando um bico pra lateral. Ninguém entendeu nada. Fabinho arregalou os olhos azuis e peitou o árbitro:
 
-        Ele não precisa tocar – argumentou.
 
-        Dá amarelo para ele – respondeu Franco.
 
-        De acordo com a regra da Confederação... - retrucou o professor-mor.
 
Volta tudo. Bruninho Franco, finalmente, tocou na bola. Tentou driblar Papa-Burguer pela direita, mas o arqueiro fechou o ângulo e levou a melhor.
 
Bruninho Franco e Ronei discutiram na lateral e foram amarelados.
 
-        Falatório – justificou Marcelo, fazendo o sinal de abrir e fechar as mãos.
 
No final do primeiro tempo o SNG teve a chance de voltar a estar na frente. Tejeda tocou para Luis Romão rolar para Rafa chutar à esquerda do gol.
 
Desentendimento entre os condores na troca de lado. Fabrishow xingou Bruninho Franco, sentado no gramado.
 
O juiz apitou e Guel fez o sinal da cruz. Fabinho apertou a marcação. Esperou Fabrishow se decidir no meio. Ribeiro era a opção viável na frente. Rolou para Diony soltar o carimbo, desviado pela zaga negro-laranja.
 
-        Vamos, Papa. Tá esperando o quê? - gritou Biro na lateral.
 
Romão deu um gás no meio. Ribeiro parou a jogada mais a frente e deixou para Guel resolver a pendenga. O craque cortou para a direita e chutou baixo no mesmo canto, sem chance para Papa-Burguer. Olha a virada aí! 2 a 1.
 
-        Não foi nada, não? Nada, não, Marcelo? - questionou Romão.
 
-        Nada. Na bola – respondeu o árbitro.
 
-        Ok. Blz – consentiu o atacante.
 
Calou-se e agiu. Roubou a bola de Franco no meio e tocou no ataque para Rafa, que avançou até a linha de fundo e cruzou para Ronei, entre dois passarinhos, completar de carrinho para a rede. Tudo igual novamente: 2 a 2.
 
-        Falta, não? - perguntou Franco.
 
-        O cara meteu a mão no meu peito – reforçou o argumento.
 
-        Nada. Tudo normal – respondeu Marcelo, que na lateral não se segurou e soltou:
 
 
Diony e Léo se estranharam e sobrou para Guel. Levou um tapa do companheiro e ficou com a bola inchada. O lance foi confuso, mas Marcelo foi seguro:
 
-        Foi o cara do seu time que te bateu – disse a Guel.
 
Rafa não tinha nada a ver com o acerto de contas e tocou no ataque para Léo dominar no peito. Pausa:
 
-        Aí, Marcelo. Marcelo? - gritou Guel, acenando que o domínio teria sido com a mão.
 
Rafa a recebeu de volta e cruzou na área para Ronei só empurrar para dentro. 3 a 2. Outra virada! Vibra Matsuo!
 
 
Guel teve a chance de empatar. A bola caiu no pé dele na ala esquerda, mas não conseguiu finalizar. A zaga se recompôs. Ele tentou o corte para a direita e perdeu a bola. Insistiu no mesmo lado e Tejeda afastou. Olhou fixamente para o juiz e falou:
 
-        Ah, pelo amor de Deus, Marcelo!
 
Fabrishow fez falta em Romão no ataque. Perigo. Rafa soltou a bomba na barreira. O Condor´s saía jogando quando Ronei deu o bote no meio e ficou com ela. Cruzou da esquerda para Romão, livre de marcação e com o gol escancarado, balançar a rede. Gooooooooooooooooooooool do SNG: 4 a 2.
 
O bate-boca comia solto. Romão reclamou de falta no ataque rival. Bruninho Franco tirou satisfação. Pedrão e Ribeiro tiraram o atacante de canto e deram a letra:
 
-        Calma, irmão. É pra isso que tem juiz.
 
Kauzinho cobrou o escanteio e a zaga negra afastou. No ataque, Tejeda levou entrada dura de Pedrão. Falta. Shoot out. Amarelo para o beque, que não ficou quieto:
 
-        Tá pensando o quê? Vão bater e não vai ter troco? Aqui é nóis, mano – disse a Ronei na lateral.
 
Romão rolou e bateu no canto esquerdo para selar a vitória. 5 a 2.
 
O Condor´s se despede da Ouro com um pontinho e a certeza de que muita coisa precisa mudar. É o que garante Guel: “O problema é que o time se descontrola fácil. O juiz erra uma marcação, aí já viu né!” A intenção é ficar “pra subir de novo”, mas reconheceu que o time não está no nível da Ouro. “Na Prata ainda tem time ruim, na Ouro não. Lá o jogo é mais pegado, aqui é toque de bola. Ele também cobrou mais respeito por parte dos companheiros. “Assim não dá. Olha o que o cara (Diony) fez na minha boca. Ele foi pegar o cara e acertou em mim”, disse insatisfeito.
 
O SNG, sem avançar a um mata mata pela primeira vez em sua história no Chuteira, fica onde está. Sabe que precisa melhorar, mas também ciente de que, apesar de instável, jogou bem diversos jogos. Não foi uma campanha de se jogar fora. Se aguentar, a próxima será melhor.
 
Ficha Técnica
 
Condor´s 2 x 5 SNG –9ª rodada do XVII Chuteira de Ouro
 
Gols: Guel e Bruninho Franco (C); Biro, Ronei (2) e Luis Romão (2) (SNG)
 
Cartões amarelo: Diony, Pedrão, Fabrishow e Bruninho Franco (C); Fabinho, Ronei e Fiel (SNG)
 
MVPs: 1 – Ronei (SNG); 2 – Luis Romão (SNG); 3 - Guel (C) 
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