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CAV vence duelo pela liderança e está classificado

Muita gente não botava fé no Jeremias. O time subiu na repescagem e não empolgou na estreia ante o Basicus, apesar da vitória. Levou um catiripapo do Mercenários na segunda rodada e os comentários brotaram: “O Jeremias é um bom time, mas não pra Ouro”; “Dunder só joga bem contra cachorro-morto”; “Vai brigar pra não cair”.  
 
Porém, DVD deu um chega pra lá nos caras – não chegou a cortar o chopp, porque aí ficaria sem jogador – mas arrumou a casa e desde então o time emplacou uma série de cinco vitórias. Bastou para o teor da conversa mudar: “Jeremias é time, hein”, disse o repórter Julião. “Dunder joga muito”; “Sempre disse que o Jeremias é Ouro”, disparou Lucas após a vitória no polêmico duelo contra o Fora de Série na quinta rodada.
 
Mas pra quem pensa grande, pra quem quer ser campeão desta porra – ou pelo menos brigar para isso – precisa sempre se superar. E nada melhor do que encarar o líder, o bicho-papão CAV como teste. Seria um medidor para saber até onde este time pode chegar.
 
Quem olha o placar dirá que decepcionou. Mas não foi bem assim, por isso você deve ler a matéria. Sim, o CAV foi melhor. Isso não significa que o Jeremias tenha feito uma péssima partida. O time fez um bom primeiro tempo. Teve chances de abrir o placar antes que o adversário o fizesse. Mesmo depois que levou o primeiro gol, criou novas chances de empatar. Caiu de ritmo na segunda etapa – aí o adversário deitou e rolou e mostrou o porquê está um degrau acima. Mas é bom que se diga: Jeremias é ouro. Tá na briga. E dará trabalho. Veja como foi.
 
Vic tocou aos três minutos para Preto, que fingiu que ia bater e tocou para Dunder finalizar. Fora. Tingão teve boa chance na intermediária um minuto depois. O passe foi de Lucas Oliveira, que driblou um japinha e deixou com o fenômeno da Augusta nas madrugadas natalinas. A pancada foi no canto esquerdo. Diego Gallego buscou.
 
No duelo pela liderança isolada, o CAV não deu chances ao Jeremias e goleou

O CAV, pra variar, tocava bem a bola. No meio e pelas laterais. Passes rápidos; todo mundo já conhece. Os caras são bons. Hirota estava em um dia especial. Não perdeu uma dividida e de seus pés jogadas foram armadas. Henry é foda. Cisca de uma lateral a outra. Quase não fala; faz muito. Bocha estava muito seguro. Tranquilidade que nada. É raça, veneno e caveira. Mas foi Bruno, o xiboquinha da Maria Antônia, quem adoçou o jiló. Dominou no peito – aê, garoto! – no ataque, chamou Hirota no meio, que rolou para Mininel bater alto e cruzado no canto direito. Balançou a rede e foi para o abraço. Gol do CAV: 1 x 0.
 
Dunder brigava na direita. Dividiu, na bola, com Marcel – que levou a melhor e tocou no meio para Raphão, o dragão moderno de uma era que já se foi. Mas, adivinha quem chegou para domá-lo? Pra subir em cima mesmo? Foi Tingão, a onça parda que não procria, o cachorro do mato que está sempre atrás de uma carniça, o menino que se fez homem e não se deu conta. Ele mesmo. Chegou e ganhou. A jogada prosseguiu. Ele avançou e tocou para Lucas Oliveira, que girou, mas foi parado por Hirota, que dispensa adjetivos. Marcel se apresentou e recebeu na intermediária. Tocou na esquerda com Bruno Cruz, que invadiu a área e bateu cruzado. A bola saiu triscando a trave.
 
- Tingão, Tingão! A jogada dos caras é sempre com o japonês (Henry) na direita - disse Felipe Alves, substituto de DVD apaixonado.
 
É muitas vezes, de fato. Mas não é a única. O CAV não é limitado.
 
Thiago Bim não ouviu o recado dado para a fera, mas atacou do mesmo jeito. É o instinto, né? Tá com a bola no pé vai fazer o quê? Estudar o adversário? Estudar é o c*. Vai pra cima, porra! Cruzou para Dunder na área finalizar de peito. Ou de barriga? Não, foi de peito mesmo. Confirma aí, Dunder! Pouco importa. Fato é que levou perigo. Diego Gallego espalmou. Honrou o dia do goleiro.
 
- C*, que defesa! - pasmou um SQS.
 
Preto aproveitou a sobra e enfiou a bomba. Alto demais.
 
O contra-ataque foi certeiro. Thiago Cioffi tocou no meio para Felipe Strutz abrir na direita com Bruno Cruz, que tocou para Henry driblar um na área e devolver para o arremate rasteiro no canto direito. 2 x 0.
 
Não parou por aí não, meu amigo. Henry, aos 15, recuou para Felipe no meio rolar na direita para Thiago Cioffi bater cruzado da intermediária. Chaluppe espalmou. Cioffi lamentou.
 
Calma, capitão! Valeu a intenção.
 
Pela direita, Henry armou outra jogada. Três passinhos para a lateral, ciscou, cortou para o meio e bateu cruzado. A bola bateu na trave e saiu. O CAV insistiu. Bocha tocou no meio para Minhoca – que preparava o arremate quando Alexandre Bim o impediu.
 
- Boa, Alê - apoiou Felipe Alves.
 
O Jeremias corria atrás do prejuízo. Sentia que tinha condições de reverter a adversidade. Dunder sofreu falta perigosa no ataque de frente para o gol. Lucas Rangel ajeitou no meio. Levantou a cabeça. Expirou. Soltou a bomba rasteira no meio do gol. Gallego rebateu com os pés. Boa defesa.
 
Um minuto depois, Dunder fez linda jogada na ponta-esquerda. Driblou Cioffi e, com um tapinha, tentou encobrir Gallego. O árbitro, contudo, marcou falta no lance anterior de Cioffi.
 
- Minha? - indagou o juiz com os olhos arregalados.
 
- Ahh - indignou-se.
 
Cogitou mandá-lo praquele lugar que serve para tudo, mas é um gentlemen.
 
Lance curioso envolveu Bruno Cruz, quando dominou na ponta-esquerda com o braço e o juiz o amarelou.
 
- Tá bom. Mas foi sem intenção, viu?
 
Caio, quando entrou, teve a chance de marcar logo de cara. Minhoca tocou para Tiagão no meio – que tinha espaço para bater – mas optou por tocar para o chefe, livre na esquerda, chutar baixo no canto esquerdo. Chaluppe defendeu com os pés.
 
Quarenta e um segundo depois o CAV fez mais um. Felipe Strutz enfiou do meio para Minhoca chutar baixo na ponta-direita, sem chance para o goleiro Chaluppe. E 3 x 0 no marcador.
 
Vitinho se comunicava em códigos:
 
- Dá o gato e vai embora.
 
Quando perguntado o que seria exatamente “dar o gato” fez um movimento corporal que nem mesmo quem viu entendeu muito bem. Dois jogadores do Med riram. Final de primeiro tempo. A segunda etapa começou morna. Morna, não. Fria. Fraquinho, fraquinho. Sem graça. O Jeremias precisava do resultado, mas parecia que tinha perdido o gás. Ameaçara mais no final do primeiro do que faria no segundo tempo. Fez boa jogada aos seis minutos com Darx, que tocou para Dunder na direita avançar até receber o tranco. O craque foi a o chão e o juiz deu vantagem. Lucas Rangel emendou uma bicicleta esquisita a dois metros dali. A bola saiu por pouco por cima do gol.
 
O CAV voltou cauteloso, despreocupado, com certa morosidade. Queria mais era manter o resultado, gastar o tempo do que propriamente fazer mais gols – o que não o impediu de atacar. Marcel roubou a bola no meio e tocou para Tiagão na direita cruzar para Caio, livre, isolar debaixo da trave. A torcida pegou no pé:
 
- Tá de sacanagem que você perdeu este gol - cornetaram.
 
Que fase!
 
Minutos depois, o próprio admitiu que a fase não está lá essas coisas. Não pensou duas vezes, contudo, para achar um culpado:
 
- Muito tempo sem jogar, cara. Tô há mais de seis meses parado – admitiu cabisbaixo.
 
Não fez falta. Três minutos depois, Hirota tocou para Marcel na esquerda rolar para Mininel soltar a pancada. O chute rasteiro no canto esquerdo balançou a rede. Tá lá dentro. Goool do CAV: 4 a 0. Enquanto isso, Dunder tentava alguma coisa no ataque. Gingava de um lado para outro – mas a zaga do CAV não dava brecha. Estava difícil arranjar espaços.
 
Henry saiu jogando da defesa com Felipe Strutz no meio, que abriu com Mininel na esquerda cruzar para Marcel bater de primeira no alto. Um tiro no canto direito. Chaluppe foi buscar lá.
 
O jogo caiu no marasmo. Nada aconteceu por quatro minutos e dezenove segundos. Jeremias cansou. CAV sossegou até que Bruno acordasse o time. Strutz tocou para o “forrozeira do Largo da Batata”, de bate-pronto, ampliar. Outra vez no canto esquerdo. Dessa vez colocado, de boa. Bola na rede. Goooooooooooooooooooooooooooooool do CAV: 5 x 0.
 
Um minuto depois, o CAV ampliou. Strutz driblou um beque na ponta-direita e recuou para Mininel no meio, que tocou para Bruno na esquerda deixar a bronca com Henry na área. O filhotinho da dona Takai dominou, limpou um zagueiro com um tapinha para a direita e chutou rasteiro no canto esquerdo. Caixa. 6 x 0.
 
No final do jogo o Jeremias conseguiu descontar. E foi em grande estilo. Darx tocou para Vic na direita, que inverteu com Lucas Oliveira. Ele pisou, cortou para direita e mandou a bomba no canto direito. Tá lá dentro. Gol do Jeremias: 6 a 1. Fim de jogo.
 
A derrota, a segunda na competição, não deve atrapalhar os planos do Jeremias. O time perdeu a vice-liderança para o Mercenários, mas já está praticamente classificado. Enfrenta o Bacana na próxima rodada precisando de um empate para consumar o fato. O CAV é líder isolado e está classificado. Enfrenta o Peneira, na briga contra o rebaixamento.
 
Ficha Técnica
 
CAV 6 x 1 Jeremias – 7ª rodada do XVII Chuteira de Ouro
 
Gols: Bruno Cruz (2), Minhoca, Henry e Mininel (2) (CAV); Lucas Oliveira (J)
 
Cartão amarelo: Bruno Cruz (CAV)
 
MVPs: 1 – Mininel (CAV); 2 – Felipe Strutz (CAV); 3 – Bruno Cruz (CAV)
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