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Mercenários vence Fora de Série, assume vice-liderança e só depende de um empate para se classificar

Pelo aquecimento, a promessa era de um grande jogo. Um mar de homem em campo. Duas realidades não tão distantes uma da outra. Céu e inferno separados por um limbo estreito. Os smurfs, que já não vivem no paraíso do início de campeonato, saiu Fora dos trilhos e precisava se encontrar. O Mercenários sente-se em casa no inferno. É um time mau. Mau no bom sentido. Não perdoa nem com confissão.
 
O duelo não foi bíblico, mas merece alguns versículos. Gols foram poucos, mas futebol não é só isso. É raça, suor, lágrima e – por que não? – provocação. Esta não faltou.
 
Não ficou só na promessa. A bola rolou e o bicho pegou.
 
Jhoni e Rezende trocavam passes no meio. Vão pra onde? Tá difícil. Cabeça trombou na esquerda. Cada um dá um pouco de si. Um pouco sempre é muito. É raça. É Fora.
 
Alan tem isso na veia. O espírito é assassino. Nasceu assim. A bola saía sem perigo, mas ele não quis nem saber. Rufou a gorda pra escanteio. Brincadeira aqui não, meu amigo!
 
- Calma, Alan. A bola era nossa – gritou Paulinho.
 
O escanteio não deu em nada. Rica orientava a defesa azul. A briga no meio era boa. Os times atacavam sem se descuidar. Chances reais não apareciam. O Mercenários pôs a bola no chão e jogou bola. Luiz Minici e Maciel tabelaram no meio e a bola chegou para Marquinhos bater da entrada da área. Alto demais.                                                                                   
 
Êta, Segawa brigador. Nem uma palavra sai daquela boca. Não reclama, não pressiona arbitragem; só joga bola. Isso ele faz. Armou jogada pela direita até sofrer a falta. Encostou na bola e Rezende soltou a bomba. Alta. Passou perto, muito perto. Uhhhhhh.
 
- Vamos, Segawa. Vamos, Segawa!
 
Ele foi. Ah, se foi. O garoto fez o que pôde. Ajudou muito. Solto pelas laterais, encaixou bons passes com Tuquinho e Masson no ataque. É que a defesa vermelha é casca grossa, meu amigo. São poucos que passam por Tulio e Minici. Não basta ser macho.
 
Os contra-ataques do Mercenários levavam perigo. Aos 11, Marquinhos tocou para Minici no meio, que viu Paulinho mais adiantado, mas preferiu a jogada com Maciel na esquerda, que bateu colocado à meia altura. Coqueiro fez boa defesa.
 
Vitória do Mercenários eleva time à vice-liderança, enquanto Fora de Série desce a ladeira e deixa G-6

A disputa de bola no meio continuou acirrada. Minici fez falta em Jhoni, interrompendo o contra-ataque azul. O árbitro apitou e Paulinho chiou:
 
- C*! Apita tudo!
 
Rápida troca de passes do Fora. Rezende tocou para Rodrigo Cunha que tocou para Du – aberto na direita – chutar baixo. Fora. Bom lance. Masson brigou com Markinellas no ataque e conseguiu finalizar por baixo, já caído. Alan espalmou pra escanteio.
 
- Sai da área – gritou Dezinho do banco.
 
O Mercenários recuperou a bola e Noal ligava o ataque com Thiago Carvalho quando Caniggia cortou e cedeu lateral. Maciel cobrou no alto. A bola atravessou o meio de campo e caiu no pé de Noal na direita. A zaga azul moscou e o matador não perdoou. Bateu firme, de primeira, no alto pra abrir o placar. Gooooooool do Mercenários: 1 a 0.
 
O Fora respondeu com o japa encapetado. Driblou um diabo pela esquerda, avançou, mas Tulio cortou pra lateral. Masson recuperou e tocou para Rezende. Na sequência, porém, Minici a retomou e tocou no meio para Noal lançar Paulinho na direita. O “fera ferida” trouxe para dentro e bateu rasteiro. A bola ainda desviou de leve na zaga e entrou em 2 x 0.
 
 
Na saída de bola no meio, o Fora quase diminuiu. Du tocou para Masson cruzar para Jhoni na direita, livre, chutar baixo no canto direito em cima de Alan, que saiu no tempo certo, fechou o ângulo e fez ótima defesa. Jhoni também não pegou do jeito que gostaria. Porém, redimiu-se quando roubou a bola de Felipinho na defesa. Cortou um mercenário, trouxe para o meio e tocou para Du na esquerda, que tentou a jogada com Rodrigo Cunha. O passe foi um pouco longo.
 
Felipinho ciscava pelas laterais; Maciel pedia para o jogo parar:
 
- O cara tá sangrando.
 
- Quem? - perguntou o árbitro
 
- O número 20 (Jhoni).
 
O jogo prosseguiu e o Mercenários foi pra cima. O árbitro marcou falta em Dezinho no ataque. Lance perigoso. Rica contestou a marcação:
 
- Tá complicado. Assim tá complicando.
 
O juiz sacou o amarelo e esfregou na cara do capitão. Pá. Irritou o time azul, que foi do céu ao inferno.
 
- Se o capitão não pode falar com o senhor, quem pode?
 
- Ele é o capitão. Por que ele não pode falar? - questionaram Rezende e Rodrigo Cunha.
 
Ficou por isso mesmo e assim acabou o primeiro tempo.
 
O jogo melhorou no segundo tempo. O Fora voltou disposto a empatar. O Mercenários sabia o que tinha que fazer. Noal trombou com Du no ataque e caiu. Minici encarou o juiz por oito segundos e lhe mostrou o polegar. Sega ganhou dividida na esquerda e tocou para Masson driblar dois no meio e adiantar a bola. Alan saiu, dividiu e cedeu escanteio. O banco mercenário vibrou:
 
- Éeeeee!
 
Rodrigo cobrou para Rezende na ponta-direita, que bateu por cima do gol.
 
Maciel saiu jogando com Thiago Carvalho na esquerda. Du chegou na bola e parou a jogada. Tocou para Deco cruzar da esquerda para Zigo completar na área. A bola saiu fraca à direita. Segawa tentou jogada individual pela esquerda e descolou um escanteio. Ele mesmo cobrou na cabeça de Rezende na área, que não pegou legal nela.
 
Renato abriu com Noal na esquerda tocar para Thiago Carvalho dominar de fora da área e chutar com capricho no canto direito. A bola subiu e saiu por muito pouco. Uhhhhhhh!
 
Dacal pediu tempo e tentou dar um chega pra lá no time. Antes da partida, só sorriso; durante, um monstro. Sério que só.
 
Segawa é o cara. Tentou pela esquerda. Driblou um, mas perdeu a bola para Renato. Não desistiu. Pela direita, tocou para Deco e recebeu de volta na entrada da área. Bateu firme e Alan espalmou.
 
O Fora pressionava. Clebão cortou uma caveira na esquerda, trouxe para o meio e finalizou baixo. O goleirão defendeu com os pés. Jhoni também tentou. Do meio e da lateral direita. Na primeira, a zaga escorou; na segunda, Alan fechou o ângulo e ficou com ela.
 
Deco tocou para Zigo na esquerda recuar para Du no meio. Zigo trocou de lado e recebeu a falta. Masson rolou e Clebão bateu colocado à meia altura no canto esquerdo. Minici afastou. Jhoni tocou para Segawa bater prensado na zaga pela esquerda. O japa insistiu na jogada e inverteu com Masson, livre na área, finalizar. A bola beliscou o travessão e saiu. Uhhhhhhhh. Dacal só lamentou. Fechou os olhinhos de bicho-preguiça e sacudiu a cabeça. Que fase essa do Fora.
 
Não era hora de jogar a toalha. Du sofreu o tranco na intermediária e caiu. Dacal reclamou:
 
- Você não vai dar nada aqui?
 
Não. O jogo seguiu e Minici puxou o contra-ataque. Avançou pela direita até cruzar para Dezinho na área bater no contrapé de Coqueiro. O goleiro estava atento e defendeu com os pés.
 
Tulio fez falta dura em Rezende. Rodrigo Cunha comprou a briga.
 
- Vai tomar no * - gritou.
 
- Deixa falar - respondeu Paulinho no banco.
 
Dacal pedia foco:
 
- Tá passando o tempo. Vamos jogar bola.
 
Rodrigo pediu mais vigor ao árbitro.
 
Jhoni tentou jogada pela direita, mas Dezinho cortou. Andrey pediu no ataque, driblou um smurf e foi calçado por trás. Ergueu os braços. O juiz marcou. Markinellas ajeitou. Jogada ensaiada: Renato abriu, mas não recebeu. Foi Paulinho, na direita, quem desceu o xamego. Pancada alta. Coqueiro espalmou. Boa partida do goleiro do Fora.
 
O clima esquentou no final. Paulinho e Jhoni dividiram na lateral. Jogada normal, na bola. Não para o árbitro, que apitou falta em cima de Paulinho. Com o jogo parado, os caras se encaravam. Esta é a hora onde os fracos não têm vez. Olho no olho. Pra dentro da alma.
 
- O jogo estava parado. Não vou discutir – disse Paulinho.
 
 Até que o empurra-empurra durou pouco. A turma do “deixa disso” chegou e apartou o que em nenhum momento se concretizou. Tudo na paz. Disputa sadia. Jhoni, contudo, levou amarelo.
 
- Só pra mim? Só pra mim? - perguntou encarando o juiz.
 
Só. Andrey é cobra-criada. Sabe tirar o adversário do sério. Não há nada de errado nisso. Provocação faz parte do jogo. Respondeu a cornetada da torcida apontando o número 2 com as maõs. Defendeu-se alegando ter sido ameaçado por um jogador do Fora:
 
- Ele disse que ia me quebrar e respondi que a gente estava ganhando. Só isso.
 
Final de jogo. Dacal chamou Andrey de canto e lhe deu um conselho:
 
- Não precisava disso. Não é este o espírito do Chuteira.
 
Andrey ouviu calado e consentiu.
 
Confusão fora de campo. Uma torcedora do Mercenários ofendeu Rica, que respondeu. Fodeu! Markinellas ficou irado e queria ir pra cima do capitão do Fora. Os próprios tiveram de segurá-lo. Gabriel entrou na parada. Quem não tinha porra nenhum a ver entrou pra bisbilhotar, né, Sabatim? O corisco magnata virou macho em meio ao bando. Felipinho puxou Rica de canto para um lero:
 
- Você tá dando moral pra torcida.
 
Felizmente, o pós-jogo não deu em nada a não ser bate boca e encosta que eu gosto. No final, sobrou até apertos de mão. Afinal, este é o espírito: o que acontece dentro de campo deve ficar por lá.
 
Tá na hora de acordar, Fora. Não tem batalha perdida, não. Restam duas rodadas e ainda dá pra buscar! Fácil não será. Precisa voltar a vencer pra fugir deste purgatório. Não pode nem pensar em outro resultado contra o Arouca Jrs., adversário direto na briga pela classificação, na próxima rodada.
 
O Mercenários está no céu. Tranquilão. Assumiu a vice-liderança e a classificação está praticamente assegurada. Basta um empate frente o SQS, que briga para não cair, na oitava rodada para sacramentá-la.
 
Ficha Técnica
 
Mercenários 2 x 0 Fora de Série – 7ª rodada do XVII Chuteira de Ouro
 
Gols: Noal e Paulinho (M)
 
Cartões amarelo: Noal (M); Jhoni, Rica e Rodrigo Golizia (FdS)
 
MVPs: 1 – Noal (M); 3 – Luiz Minici (M); 3 – Du (FdS)
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