Em critérios ofensivos, é questão de tempo para a Associação Alcoólicos Anônimos, o simpático A.A.A. chegar à Série Ouro. Com o goleador Balãotelli no comando do ataque, o time azul real vem colecionando acessos e títulos. Porém, o calcanhar de Aquiles desta equipe ainda é a defesa, que sofre gols quase na mesma proporção que o ataque consegue convertê-los. O placar de 7 x 6 exemplifica bem isso.
 
Diante de poder ofensivo tão grande, o Ras Time, desfalcado de seu principal nome, o matador Rernanes, passou a apostar suas fichas em Peter, dono de um chute potente e de muita raça e entrega dentro de campo.
 
O primeiro tempo começou melhor para o camisa 10 do A.A.A, que em pouco mais de cinco minutos deixou sua marca por três vezes. Primeiro em cobrança de falta, quando Léo rolou para patada de Balãotelli, que ainda deu sorte de a bola passar por baixo do corpo do goleiro Cipó, que chegou a tempo, mas não conseguiu evitar o gol.
 
O segundo tento foi uma prova de categoria e habilidade. Balão recebeu na frente e dominou com um toque de classe, finalizando de cavadinha, por cima de Cipó, que já estava vendido no lance. O terceiro gol foi o mais clássico, ao estilo Balãotelli: fazendo o pivô, o camisa 10 recebeu de costas pro gol e girou, acertando um arremate forte e indefensável no canto direito alto, longe do alcance do goleiro.
 
Mas a defesa dos alcoólicos de fato não acompanha o ritmo do ataque e Pet conseguiu espaço na ponta esquerda, trazendo a bola para o meio e disparando um bonito chute rasteiro, diminuindo a diferença do marcador. Cinco minutos mais tarde, Sujeira roubou a bola e entregou para Iasi, que serviu Peter com açúcar e com afeto. O camisa 15 pegou firme na bola e deixou a diferença no placar para apenas um gol.
 
A chuva apertou no recomeço de jogo e a segunda etapa foi mais brigada do que jogada. A posse de bola ficava cada vez mais complicada e correr com ela dominada era um luxo quase desnecessário. A solução aparente era arrematar de longa e média distância, ou apostar em jogadas aéreas, já que rolar a bola não era tarefa tão simples.

Aos dez minutos, confusão na área do Ras e a bola se apresentou livre, leve e solta para Ton, que não titubeou e deixou sua marca com um chute colocado. A resposta do Ras veio com Peter, sempre ele, em cobrança de falta. Dois minutos depois do gol sofrido, o camisa 15 bateu com muita violência e carimbou a trave, a bola quicou dentro do gol e só perdeu força após bater na rede superior.
 
A virada parecia real quando Lorão brilhou em jogada individual e deixou tudo igual no marcador com um chute preciso no contrapé do goleiro Leozinho. Mas logo a estrela de Balãotelli voltou a aparecer e o craque do A.A.A. marcou mais uma vez e deu uma assistência perfeita para Léo, sempre mostrando uma frieza na frente que poucos atacantes conseguem ter.
 
Só que a zaga alcóolica deixou a desejar. Em dois minutos, Pet e Peter tabelaram e o camisa 5 recebeu livre na área para diminuir. Na sequência, a tabela deixou o artilheiro do Ras em boas condições e ele não desperdiçou, deixando tudo igual no marcador mais uma vez.
 
E quando tudo parecia terminar empatado, o Ras Time cometeu a sexta falta coletiva, um erro fatal que colocou toda a reação sob grande risco. Balãotelli foi para o shoot out e mostrou por que vem acumulando artilharias e títulos de MVP. Cobrança precisa e vitória do A.A.A.!
 
Na próxima rodada, os alcóolatras mede forças diante do Primatas em um jogo que promete movimentar a parte de cima da tabela. Já o Ras pega o Maciota’s e precisa embalar uma boa sequência de vitórias para conseguir superar o tropeço da primeira rodada.

Ficha técnica

A.A.A 7 x 6 Ras Time – 1ª rodada do XIII Chuteira de Prata

Gols: Balãotelli (5), Ton e Léo (A); Peter (3), Pet (2) e Lorão (RT)

Cartão amarelo: Lorão (RT)

MVPs: 1 - Balãotelli (A.A.A.); 2 - Peter (Ras Time); 3 - Léo Nascimento (A.A.A.)