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Jogo foi marcado pela rivalidade acirrada e críticas à arbitragem; na bola, CAV teve controle do jogo e soube aproveitar desestabilidade adversária

O embate entre Arouca e CAV era o jogo mais esperado da tarde. De um lado, o Clube Atlético da Vila, invicto na temporada e favorito ao título. Do outro, o Arouca, arquirrival da “equipe a ser batida”, ainda mordido com a derrota na final do Festival Bola na Rede, em agosto, quando tomou um sapeco de 5 x 1. O jogo foi duro, saiu faísca e, no final, quem levou a melhor foi o CAV novamente, que venceu por 7 a 4 e garantiu sua vaga nas semifinais do torneio.

 
Thiaguinho, pelo Arouca, foi o melhor em campo, mas não conseguiu evitar a derrota e eliminação para o rival

Os tempos do jogo foram muito distintos. No primeiro, o CAV deteve o controle da bola, mas teve dificuldades para converter o domínio em gols. A equipe marcava o Arouca no campo de ataque e finalizou primeiro: Diego Gallego repôs a bola nos pés de Tetê, que tinha condição, mas bateu pra fora. O Arouca respondeu com Dhani, que chutou da entrada da área e viu a bola passar à esquerda.
 
Os jogadores do Arouca estavam visivelmente tensionados e reclamavam demais com a arbitragem. Do banco, Vitão foi convidado a se retirar de quadra e o goleiro reserva, Bruno, foi amarelado por reclamação pouco amistosa. Este cartão seria decisivo para o desfecho da partida, no segundo tempo.
 
Em campo, o CAV tomava a iniciativa, mas tinha problemas na hora de finalizar, principalmente com Edinho. Davi, Cidrão e Bruno Cruz trocavam bem a bola e articulavam algumas boas jogadas. A maioria delas, porém, esbarrou na zaga do Arouca, liderada pelo xerife Thiaguinho, que fez um primoroso primeiro tempo. Sem Vitão e França, machucado e suspenso respectivamente, coube ao camisa 31 a função de ser o fixo do time. E ele não decepcionou: desarmava e corta passes com facilidade. Cidrão, por exemplo, perdeu todas para ele durante os 50 minutos. Em compensação, o ataque do Arouca quase não era acionado. Balãotelli estava isolado e não buscava jogo. Dhani jogava como ala e exercia mais função defensiva que qualquer outra coisa.
 
Aos 15 minutos, o CAV quase abriu o placar quando Davi encaixou bom lançamento para Cidrão, mas o camisa 8 se enrolou na hora da definição. O relógio já marcava 20 minutos quando Renanzinho entrou no meio da área e tocou para o gol praticamente livre após cruzamento da direita, deixando o CAV na frente. Não deu nem tempo de comemorar: um minuto depois, falta para o Arouca na ponta da área e belíssima cobrança de Marcos Bohn, que empatou a peleja.
 
O CAV quase retomou a dianteira depois de bobeira de Eder na defesa para Marcel. Este passou para Edinho, mas Maurício fez boa defesa. A primeira etapa terminou antes do que o esperado, o que gerou reclamações das duas equipes. Muita tensão e poucas chances de gol.
 
A segunda etapa foi eletrizante e já começou com bola na rede. Depois de jogada de Cidrão e Bruno Cruz, a bola chegou a Edinho, que bateu cruzado no canto direito de Bruno, que entrou no lugar de Mauricio. 2 x 1. O CAV continuou em cima e, aos 4 minutos, o lance que foi decisivo na partida. Bruno Cruz foi lançado, entrou na área e foi derrubado pelo goleiro, que tomou cartão amarelo. Foi o suficiente para fazer uma confusão na cabeça da dupla de arbitragem. Depois de muita discussão, por ser o segundo amarelo – o que acarretaria em cartão azul ou vermelho, conforme visão dos árbitros – o goleiro acabou levando o cartão vermelho, o pênalti virou falta e Maurício defendeu a cobrança de Diego Gallego.
 
A confusão ainda não tinha terminado. O jogo ficou paralisado durante um bom tempo, uma vez que Galizé, técnico do Arouca, havia sido expulso e se recusava a deixar a quadra. O time do Arouca reclamava do exagero do cartão vermelho – queriam o azul – enquanto o CAV, via Caio Fleischmann, pilhava apontando que tinha sido pênalti e não falta. Enfim, após a falação de sempre, o jogo foi reiniciado. A expulsão, porém, não impediu que Galizé voltasse escondido para campo nas paradas técnicas.
 
A bola voltou a rolar com o Arouca tendo um a menos em quadra e Renan quase fez o terceiro, mas Maurício defendeu com os pés. Em seguida, Renanzinho, ex-Arouca, recebeu sozinho na esquerda, bateu e Maurício não segurou: 3 a 1 para o CAV.
 
Aos 15, Renanzinho lançou Davi na esquerda, que cruzou para área. Cidrão recebeu e encaixou uma bicicleta para lá de estranha, marcando assim o quarto do CAV. Cidrão quase marcou mais um depois de toque de calcanhar de Yago, mas a trave impediu.
 
Heroi ou vilão? Jogador do Arouca no início do torneio, Renanzinho mudou de casa e marcou 2 em seu ex-time

O Arouca parecia batido – ao menos era o sentimento do lado de fora – mas dentro Thiaguinho colocava a bola no chão e comandava o time. Valente, o Arouca não desistia: Barata desarmou Andrey na saída de bola e bateu colocado, diminuindo. Mas Andrey compensou a bobeira em pouco tempo, quando desarmou Eder, avançou, parou, avançou, parou, esperando que Caio Fleischmann se desmarcasse. O camisa 11 o fez e recebeu para só empurrar e sair comemorando feliz da vida. 5 x 2.
 
Nos minutos finais, o Arouca foi camicase – atacava loucamente e deixava espaços atrás. E foi graças a Thiaguinho que o placar não foi uma goleada histórica, já que ele conseguia – muitas vezes sozinho – brecar os contra-ataques caveira. O próprio zagueiro esteve perto de fazer o terceiro, mas Binho salvou em cima da risca. Veloz também arriscou de fora da área, já nos cinco minutos finais da partida, e alterou o placar para 5 a 3.
 
Dhani teve grande chance de fazer o quarto e incendiar o jogo quando, ao lado da trave, não conseguiu empurrar para dentro cruzamento da direita. O castigo veio quando Andrey mandou tiro despretensioso que enganou Maurício e morreu na rede.
 
Dhani deixou sua marca no último minuto, aproveitando rebote de Diego Gallego, mas já era tarde. Bruno Cruz ainda teve tempo de marcar o sétimo do CAV e sacramentar a grande vitória de sua equipe.
 
Mesmo sem mostrar um grande futebol, o CAV vence o Arouca e segue rumo ao bicampeonato. O adversário nas semifinais será o velho conhecido Mercenários, que bateu o Fora de Série na mesma tarde pelo placar de 3 a 2.
 
Ficha técnica
 
Arouca 4 x 7 CAV – Quartas de final do XVI Chuteira de Ouro
 
Gols: Renanzinho (2), Edinho, Cidrão, Andrey, Bruno e Caio (C); Marcos Bohn, Barata, Veloz e Dhani (A)
 
Cartões amarelo: Marcos Bohn e Bruno (A); Bruno Cruz (C)
 
Cartão vermelho: Bruno (A)
 
MVPs: 1 – Thiaguinho (A), 2 – Renanzinho (C), 3 – Cidrão
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