O Cachorro Velho latiu alto e conseguiu, finalmente, a sua primeira vitória ao derrotar o desorganizado Ressaca por 4 x 2. O time começou atrás no placar, mas na base da vontade e no despreparo do adversário, conseguiu se impor de tal forma que foi capaz de não só conseguir o triunfo, mas também de convencer. A partida estava marcada para acontecer às 12h20min., mas os etílicos correram o risco de perder por w.o., já que muitos de seus atletas foram chegando após o horário, por isso, o início só se deu com mais de 10 minutos de atraso.
Aliás, o Ressaca demonstrou um total despreparo no conhecimento das regras, pois o atraso não foi a única falta grave. Conforme os jogadores foram chegando, ainda perdiam tempo para pôr o uniforme, e os já trocados não entravam em quadra, tudo isso já seria motivo para a arbitragem dar a vitória ao adversário. Isso não foi tudo. Com a bola já rolando, a arbitragem percebeu que, mesmo com um atleta entre os suplentes, o Ressaca atuava com um a menos em quadra, enquanto o adversário estava completo. Foi preciso a arbitragem avisar aos atletas de preto que o society é com sete jogadores e não seis. Com isso, Juba entrou em quadra.
As duas equipes demoraram para se encontrar. Só depois dos 6 minutos que houve o primeiro lance real de ataque. A defesa do Ressaca afastou mal e a bola caiu nos pés de Chuck, que mandou uma bomba, mas foi por cima do gol. Na sequência, Chuck apareceu mais uma vez na frente da meta, após bom passe de Alê, mas Nicaretta estava atento e jogou-se na direção da bola para evitar um gol certo. Em resposta, Raphinha partiu em velocidade desde a defesa e esticou para o lado esquerdo onde estava Teus, que entrou na área e chutou forte para fora.
Em jogada individual, Juba saiu fazendo fila desde a defesa, entrou na intermediária adversária após fintar dois e foi derrubado pelo terceiro. Imitando a jogada anterior, Raphinha passou por dois e, quando ia driblar Praia, foi derrubado, mas ao dar um carrinho para tentar recuperar a bola, a arbitragem o advertiu com cartão amarelo.
A partida estava numa sonolência tremenda, e as jogadas de ataque eram pouco inspiradas, como no duelo entre os camisas 17: Teus tentou surpreender com um disparo da defesa, mas o chute foi tão fraco que Klebão apenas agachou-se para pegar a pelota. Depois, Giggio arriscou um voleio na entrada da área, mas ‘furou’ a bola. Logo depois, Giggio arrematou de novo, só que desta vez, mandou um petardo, que Nicaretta espalmou para fora e, na queda, machucou-se - ficando alguns minutos no chão. Depois do escanteio, o 17 cabeceou para o gol, mas a defesa afastou o perigo.
Após uma parada técnica, Tupi teve a grande chance de inaugurar o marcador, quando foi lançado na área e mandou um canhotaço, que obrigou Nicaretta a realizar uma grande defesa. Na sequência, os dois voltaram a aparecer. Tupi avançou pela esquerda e mandou outra pancada, mas Nicaretta garantiu a defesa no cantinho direito. E Tupi não dava um descanso à Nicaretta. No fim do primeiro tempo, o camisa 16 recebeu a bola em batida de escanteio e cabeceou como diz na cartilha: de cima para baixo, mas quando a bola ia cruzar a linha do gol, Nicaretta voou certeiro e fez a defesa de mão trocada.
Na volta para o segundo tempo, o Cachorro Velho quis demarcar seu território com segundos de bola rolando, por isso, procuraram rápido o poste, isto é, as traves adversárias. Em uma linha de contra-ataque, Benito partiu em alta velocidade pela lateral esquerda, enquanto Alê e Vinícius corriam pelo centro e pela direita, respectivamente, com o caminho à frente livre. O camisa 28 cruzou com força para o outro lado, sem alcançar seus companheiros, que ‘rosnaram’ revoltados. Com o erro, o Ressaca acabou tirando o osso da boca do adversário. Em ataque bem articulado que saiu das mãos de Nicaretta, Juba ligou para Bieki, que emendou um torpedo rasteiro no canto direito de Klebão. 1 x 0.
Foi aí que brilhou a estrela de Nicaretta, pois o goleiro viu seu time recuar em demasia e aguentou como pôde um verdadeiro bombardeio à sua meta. Chuck recebeu livre na entrada da área, girou e bateu, mas a bola explodiu no goleiro.
Durante uma parada técnica, os jogadores do Ressaca saíram em peso da quadra para buscar água, fato contestado pela arbitragem, pois a regra não permite o abandono de todo o time da quadra. Para não serem penalizados, os atletas voltaram e incumbiram outros de trazerem a bebida.
Na volta, Giggio livrou-se de dois marcadores e passou para Naganime, livre pela esquerda, mandar um petardo, que Nicaretta conseguiu mandar para a lateral. Foi então que uma fatalidade recaiu sobre o Ressaca: Bieki, que chegara bem depois do início do jogo, caiu de mau jeito após tentar um voleio, deixando o time sem reservas. Cansados e sem poder mais fazer substituições, os etílicos foram presa fácil para a matilha do Cachorro Velho.
Giggio disparou pelo lado esquerdo e centrou para Alê que, livre de marcação, levantou a cabeça e viu onde estava Nicaretta, chapando de pé direito no canto esquerdo do goleiro, até então invencível. 1 x 1! Depois, num escanteio cobrado, a defesa ressaca deixou Vinícius entrar livre na área e bater forte para o fundo do gol. 2 x 1! Na sequência, Benito recebeu de Vinícius, que serviu a Mateus Carvalho, que vinha de trás, para mandar um chute perfeito, no ângulo esquerdo de Nicaretta, ampliando a vantagem. 3 x 1! Em seguida, Benito caminhou pelo meio e deu um passe para Vinícius no lado esquerdo, o jogador bateu cruzado e a bola entrou no canto esquerdo de Nicaretta, dando números finais ao jogo. 4 x 1!
“Tivemos problemas complicados de organização, mas não nos cabe falar isso agora, vamos resolver entre nós mesmos. Jogar com este sol do meio-dia não é fácil, tínhamos apenas uma troca, conseguimos abrir o placar e tomamos a virada nos últimos 5 minutos. O placar não reflete o que foi o jogo. Semana que vem temos que vencer para entrar no grupo de classificação. Vamos lamber as feridas e resolver o extra-quadra para que possamos dar o nosso melhor”, argumentou Nicaretta.
Ficha técnica
Ressaca 1 x 4 Cachorro Velho – 5ª rodada da XII Chuteira de Aço
Gols: Bieki (R); Vinícius (2), Alê e Mateus Carvalho (CV)
Cartões amarelos: Raphinha e Vitinho (R); Joãozão, Mateus Carvalho e Vinícius (CV)
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