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Equipe neutraliza adversário, faz quatro e pega o Bacana na grande final

Para muitos, o confronto entre CAV e Mulekes, pelas semifinais do Chuteira de Ouro, era considerado uma final antecipada do torneio. Afinal, se encontrariam em quadra as duas equipes mais badaladas do campeonato: até então dono da melhor campanha da edição, o CAV queria a revanche contra o Mulekes, atual detentor da taça, vencida no ano passado justamente sobre o time das camisas pretas. A revanche, porém, esteve longe acontecer. Com uma frieza fora do comum, o Mulekes de Diego Orsi goleou o oponente por 4 x 1 e vai fazer a final contra o Bacana.
 
A primeira etapa foi equilibrada. O CAV passou os primeiros minutos na base do tiki-taka – tocando a bola rápido e buscando espaços. Hirota teve a primeira chance: escapou na esquerda e invadiu a área, mas Alemão dividiu com o ponta e afastou; o banco dos caveiras chiou no lance, mas a dupla de arbitragem não assinalou nada. Pouco depois, aos 3, Diego Orsi foi amarelado por chegada forte em Felipe. Na cobrança da falta, Thiago Rodrigo acertou a barreira.
 
O CAV tomava mais a iniciativa, enquanto o Mulekes marcava bem e parecia aguardar o momento certo de contra-atacar. Lá atrás, Vitinho Laruccia e Pedrinho seguravam bem as pontas. Quando Orsi voltou dos dois minutos fora, arriscou de longe e levou perigo ao gol do CAV pela primeira vez. A resposta veio com Henry, que bateu rasteiro de fora da área, para fora; Bruno Cruz ainda tentou desviar de letra, sem sucesso.
 
O melhor do CAV na primeira etapa, Deivids tentou de cabeça e esbarrou em Alemão. Em seguida, Thiago Rodrigo bateu forte e o goleiro fez nova intervenção. Pipo revidou pelo Mulekes, em chute rasteiro, mas Gallego só assistiu a bola sair pela linha de fundo. Já Alemão ganhou um cartão amarelo quando parou grande jogada do CAV de forma irregular: Deivids lançou Felipe, que tentou fintar o arqueiro muleke e foi desarmado por um toque de mão fora da área.
 
Mulekes deu novo nó tático no CAV; frieza do atual campeão impressiona diante do adversário 

O lance criou um incidente, visto que as camisas reservas do Mulekes eram das mesmas cores do uniforme do CAV. Matheus só pode ir pra meta quando os próprios jogadores da Vila forneceram uma camiseta diferente. A falta foi cobrada em dois toques: Rafael passou para Thiago Rodrigo, que enfiou o pé; Vitinho Laruccia tirou em cima da risca. Depois Rafael lançou Tiagão em profundidade e este cruzou para a área, onde o goleiro improvisado Matheus afastou no susto.
 
Depois de uma parada técnica, o Mulekes voltou mais ligado; Alemão também retornou para a meta. Pipo armou bom contra-ataque e foi derrubado por Tiagão. O árbitro marcou falta – duvidosa – mas a cobrança de Matheus parou na barreira. Matheus teve nova chance quando fez fila desde o meio campo, mas quando invadiu a área perdeu o tempo da bola e deixou a redonda escapar. O Mulekes neutralizou o CAV na reta final do primeiro tempo e, quando faltavam apenas segundos para o apito que divide o prélio, Matheus abriu o placar: ele caminhou livre pelo centro da quadra, não recebeu combate e bateu rasteiro, forte, de fora da área. Diego Gallego nem foi na bola: intervalo e 1 x 0 para a mulekada.
 
Na parada, o goleiro Diego Gallego pediu mais disposição aos jogadores de sua equipe. Entretanto, o CAV voltou da mesma forma: tocando a bola de um lado para o outro, sem vislumbrar uma maneira efetiva de furar o bloqueio adversário e com Henry amargando uma tarde para se esquecer. Quando a equipe levava perigo, era em chutes de fora, como aos 2, quando Bruno Cruz fez Alemão se esticar todo para mandar bola para o escanteio.
 
A situação ficou ainda mais complicada para o time de Caio Fleischmann aos 3 minutos. Na primeira subida do Mulekes no segundo tempo, Matheus escapou na esquerda, entrou em diagonal e ia chutar pro gol, mas seu companheiro Diego Orsi foi mais rápido, “roubou” a bola e enfiou o pé: gol e nada de ressentimentos – a dupla comemorou junta. E Leco ficou perto de deixar sua marca no lance seguinte, quando bateu de longe e Diego Gallego quase tomou um frango.
 
A essa altura, o nervosismo da equipe que ia perdendo era palpável. Thiago Rodrigo e Deivids deixaram a quadra reclamando muito. Henry teve a oportunidade de acalmar os ânimos após bom passe de Hirota, mas Alemão defendeu o chute cruzado. No contra-ataque, o Mulekes era letal: Diego Orsi recebeu no meio, deixou Henry para trás e acertou a trave.
 
Também foi a trave que parou Bruno Cruz no lance seguinte: ele recebeu na esquerda e bateu cruzado, alto; a bola triscou no poste e saiu. No mais, a eficiência do CAV era nula graças à poderosa marcação do adversário – sobretudo Pedrinho e Pipo. Aos 13, o Mulekes marcou o terceiro: Gian saiu driblando com facilidade no lado esquerdo da quadra e bateu no contrapé do goleiro. Além de tornar a virada quase impossível, o terceiro tento mexeu mais ainda com o psicológico do CAV; sobretudo do goleiro Diego Gallego, que perdeu as estribeiras e xingou meio time até ser substituído por Felipe, que atuaria como líbero.
 
Mas Gallego voltou à meta em pouco tempo, quando o Mulekes teve falta perigosa a seu favor. Victor bateu e Teté afastou. Em seguida, Vitinho Laruccia chutou do lado direito e Gallego caiu bem para evitar o quarto. O CAV melhorou um pouco. Hirota tentou na esquerda, depois de cortar um marcador, mas bateu para fora. Depois Deivids deixou dois para trás e bateu, mas foi travado na hora do chute: escanteio. Tiro de canto cobrado, a pelota chegou em Bruno Cruz, que pegou no alto, diminuiu e reacendeu as esperanças do CAV: o relógio marcava vinte minutos.
 
O CAV tinha pressa. Deivids cruzou e Tiagão tentou virar uma bicicleta, mas errou o alvo. Mininel escapou na esquerda em seguida e invadiu a área, mas Alemão dividiu com o atacante e afastou. Tiagão acertou a rede pelo lado de fora. Por sua vez, o Mulekes não entrava na pilha do adversário. Victor ainda teve a oportunidade de matar o jogo aos 23, quando recebeu ótimo passe de Diego Orsi, mas bateu fraco. O mesmo aconteceu a Deivids, que invadiu a área após receber de Hirota, cortou o zagueiro e chutou sem força, para desespero de seus companheiros.
 
Teté passou a ser o líbero do CAV; o tempo ia se esgotando. Pedrinho teve chance de armar um contra golpe potencialmente matador, mas optou por segurar e fazer uma graça na frente de Bruno Cruz, que se irritou, chegando forte no adversário e sendo agraciado com uma tarjeta amarela – na verdade, para ambos. Thiago Rodrigo, no banco, atirou um copo em Pedrinho, mas não acertou o alvo e os ânimos se acalmaram em seguida.
 
MVP do campeonato, Henry pouco produziu diante da sempre bem postada defesa do Mulekes

O quarto gol da mulekada veio já nos acréscimos, mais uma vez dos pés de Diego Orsi, o terror do CAV: ele roubou a bola no lado esquerdo, enxergou Teté fora do gol e bateu rasteiro. A bola morreu no fundo das redes, o último prego no caixão do CAV. Ao Mulekes, restou aguardar o apito e comemorar a vaga na final. Pouco depois, na segunda semifinal, o Bacana ganhou do Só Resenha e se tornou a última barreira que separa a equipe do bicampeonato. O mais difícil, porém, já havia sido feito.
 
Ficha Técnica
 
Mulekes 4 x 1 CAV – Semifinal do XVII Chuteira de Ouro
 
Gols: Diego Orsi (2), Matheus e Gian (M); Bruno Cruz (C)
 
Cartões amarelo: Alemão, Diego Orsi e Pedrinho (M); Bruno Cruz (C)
 
MVPs: 1 – Diego Orsi (M); 2 – Matheus (M); 3 – Pedrinho (M)
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