Apesar de ter sido provavelmente uma das melhores atuações da carreira de Léo Ballestero, o Zenite não conseguiu fazer sequer um golzinho no Di Primeira, que pressionou durante os 50 minutos e acabou achando o único gol da partida aos 23 minutos, com Dri Ferreira, que foi premiado pela insistência.


A atuação coletiva do Zenite foi muito fraca tecnicamente, totalmente aquém do que a equipe pode realmente render em quadra – e muito abaixo do visto no semestre passado. Fê Rampazo e Willer pouco fizeram, deixando o destaque de sua equipe para o sempre regular Dutra, que tentou, mas não conseguiu fazer milagre.

Entretanto, o Zenite começou arrasador, indo com tudo para o ataque; o Di Primeira estava muito retraído em quadra, sem sequer passar do meio de quadra nos minutos iniciais. Apesar do domínio, o Zenite não conseguia finalizar com precisão. Os goleiros eram meros espectadores. O primeira lance de perigo só veio aos 6 minutos, com Willer, que recebeu na área, completamente livre, e acabou dando uma de zagueiro, chutando a redonda para o meio de quadra de volta. O Di Primeira respondeu com André Luís, que recebeu de Dri Ferreira na área e chutou firme. Ballestero saiu com perfeição no lance e interceptou.

Os erros de passe eram o destaque da partida. A dificuldade de ambas as equipes em construir suas jogadas era notável. Ballestero se adiantou mais do que o usual e arriscou uma finalização do outro lado da quadra. Lê Cardoso, fazendo a de goleiro nesse jogo, tentou segurar e acabou soltando a redonda no meio da área, mas conseguiu se recuperar e praticar a defesa. O Di Primeira respondeu mais uma vez com André Luís, que ficou livre, dentro da área, e chutou colocado no canto esquerdo. Ballestero fez um milagre e salvou o Zenite.  Logo em seguida, Felipe Nunes recebeu na direita em velocidade e chutou cruzado. Mais uma vez, Ballestero foi soberano no lance.

O Zenite tinha muitas dificuldades para atacar. Aos 15 minutos, Dutra arriscou de longe. Lê Cardoso foi buscar no ângulo esquerdo. O Di Primeira respondeu com Dri Ferreira, que recebeu livre na direita e chutou firme; Ballestero salvou. O Zenite chegou bem ao ataque com Joãozinho, que arrancou pela direita e carimbou a trave direita. Nos minutos finais da primeira etapa, só deu Zenite, mas a defesa do Di Primeira não deixou que nenhuma ameaça chegasse à meta de Lê Cardoso.

Logo no primeiro minuto do segundo tempo, Ballestero fez mais um milagre em chute forte de Cristiano da entrada da área. Em seguida, Felipe Nunes chutou novamente da entrada da área. Lá estava Ballestero para buscar a pelota rente à trave direita.

O Zenite sequer conseguia passar do meio de quadra. O rendimento da equipe azul celeste estava muito abaixo das atuações passadas. O Di Primeira chegou mais uma vez ao ataque com André Paes, que aproveitou bobeira da defesa celeste e ficou cara a cara com Ballestero, que fez outra defesa incrível. Só não era uma goleada porque o goleirão veio inspirado para o jogo.

O Zenite respondeu com Fê Rampazo, que recebeu na direita, abriu para o meio e, de canhota, chutou forte. A redonda tinha endereço, se não fosse o desvio do marcador do Di Primeira. Aos 17 minutos, ambas as equipes começaram a correr ainda mais, visto que um gol a essa altura garantiria a vitória. Os erros de passes aumentaram na mesma proporção, devido à ansiedade de fazer um gol.


Nessa toada que, aos 23 minutos, Dri Ferreira foi premiado pela insistência. O agora camisa 9 recebeu na esquerda, cortou para o meio e chutou por debaixo das pernas de Ballestero, que, dessa vez, não conseguiu evitar o gol. O Zenite ainda tentou partir pra cima nos dois minutos restantes, mas não levou perigo a Lê Cardoso, que, assim como toda sua equipe, saiu vitorioso de quadra.

O Di Primeira vence a segunda seguida após péssimo início de campeonato e já pensa em G-6 na próxima rodada, quando encara o poderoso Mercenários. O Zenite, com 7 pontos, tem o combalido Cabeça Rachada para se aproximar da classificação em duelo de equipes empatadas na tabela.

Ficha técnica

Di Primeira 1 x 0 Zenite – 5ª rodada do XVI Chuteira de Ouro

Gols: Dri Ferreira (DP)

Cartões amarelo: Guga (Z); Jefferson (DP)

MVPs: 1 – Dri Ferreira (DP), 2 – André Paes (DP), 3 – Dutra (Z)