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Zenite vence de virada e entra de vez na briga

Quando a gente acha que Corneta vai dar um trégua, aí é que a porca torce o rabo. Aquilo fala mais que feirante. O espírito é esse. Pode exagerar. O jogo prometia. Pelo menos, segundo o próprio Corneta.
 
- Ó, próximo jogo é do Imperio.
 
Isso significa que...
 
Mas ele teria concorrência de peso. O Zenite contava com um banco de animadoras de torcida. Seis, pra ser preciso – incluindo a mascote. O timbre agudo espalhou-se pelo espectro. E não iria parar tão cedo...
 
Saída de bola celeste. Guedes amarrava a chuteira na grade, enquanto Fê Rampazo dava a última calibrada na carcaça. Gois e Cainho olhavam para o céu. Não adianta rezar. Se não jogar vai perder. Os dois jogaram, mas só um celebraria.
 
Eduardo é o nome dele. Pode guardar. Chegada a hora você saberá quem ele é. Por ora, sabe-se que é sujeito generoso. Gosta da gorda, mas a compartilha com os amigos. Foi assim logo de cara. Quando Frai levantou o indicador e prontamente ele atendeu. Frai sacou o espírito da coisa. Tocou para Guedes no meio. De Guedes para Zukauskas na esquerda. E de Zukauskas? Pra ninguém. Arriscou. Isolou.
 
O Zenite respondeu com uma pedrada da esquerda. Chute rasteiro. Paulinho pulou e agarrou a gorda. O império contra-atacou com Rodolfo, que lançou na direita Eduardo. Ele driblou um beque e cruzou da linha de fundo. Zukauskas, livre na área, só empurrou pra dentro. Goooooool do Império: 1 a 0.
 
Corneta gostou pouco? Aquela porra não parou de cutucar. Os comentários eram curtos e grossos. Neste caso especificamente, resumiu-se a:
 
- Não falei, não falei.
 
Mas o jogo era bom. Dois times buscando jogo. Zenite chutava como dava. Império contra-atacava pelas laterais. Negão e Guga davam cobertura para Vini e Joãozinho atacarem. Lucão arriscou de longe. Alto demais. Não faz mal. Tem muito jogo. Ô se tinha!
 
Guga roubou bola na defesa e tocou para Dutra, que olhou para um lado e tocou no outro com Lucão. Na direita, Frai recuperou a bola e puxou o contra-ataque celeste com Eduardo. Zukauskas pediu e recebeu. Ao finalizar foi travado. Torcedores gostavam do que viam:
 
- Boa, Finho!
 
- É isso aí, Edu!
 
Guedes foi calçado no meio por Negão e o juiz não viu. Seguiu o jogo. Quem comprou briga?
 
- C*, não deu mesmo, professor? - indagou Corneta.          
 
De novo com a bola, o craque deu lindo passe do meio para Eduardo pegar de primeira na área. A bola saiu à direita. O Zenite respondeu com Fê Rampazo na esquerda, mas Jonny – como dois animais – pôs pra lateral. O Zenite punha a bola no chão. As duas equipes mostravam entrosamento. Dutra tocou para Fê na entrada da área dominar de canhota e bater fraco de pé trocado. Fácil pra Paulinho. Zé Victor repôs no pé de Guedes, que com carinho, bateu colocado da intermediária. O tapa saiu à direita. Assustou. Uhhhhhhhhhh.
 
Jogo limpo. Sem cartões. Falta teve a de Guga em Frai. Foi só falar:
 
- Cadê o cartão? - pediu a torcida celeste, em menos número do que o habitual, mas pela cachorrada que faz, Corneta compensa qualquer eventual desfalque.
 
- Seu frouxo, respondeu a ala feminina do Zenite.
 
- Vamos, Frai – cornetou.
 
Zenite não sentiu o gol. Nem o Império passou só a se defender. Os dois times atacavam. O resultado disso é bom futebol. E isso faz a rede balançar. Dutra cruzou da direita para Fê Rampazo chutar no mesmo canto e empatar para alegria das escandalosas. Goooooooooooooooooooool do Zenite: 1 a 1.
 
Não parou por aí. Tem mais. Muito mais. Deivids tocou para Negão bater de fora da área. A bola saiu. Fábio sentiu o melhor momento do rival e pediu tempo. A pressão continuou. Zé Victor fez falta na direita. Dutra cruzou na cabeça de Deivids. Pow! Ótima defesa de Paulinho.
 
Arai saiu jogando pela direita. Lucão o parou. Falta. As meninas chiaram:
 
- Para de cair, seu frouxo.
 
Como cornetam! Até mais do que o capitão-mor. Gritam, reclamam com o árbitro, pressionam a mesária, fazem chantagem emocional com o repórter. Torcem. Mas só isso não iria adiantar.
 
Zé Victor roubou a bola na defesa. Jonny a recebeu no meio e rolou para Eduardo na direita ajeitar, dar um passo a frente e descer a marreta cruzada. De bico. Powwwww. Rasteira, estufou a rede no canto esquerdo. Goooooooooooooooooooooooolaço do Império: 2 a 1.
 
Confusão no final do primeiro tempo. Dutra dividiu com Edu – sobrou braço pra tudo quanto é lado. Edu cobrou o árbitro:
 
- Você não viu o soco? O cara me deu um soco.
 
- Não, não vi – respondeu o árbitro.
 
Fábio dos Santos foi tirar satisfação com o juiz na lateral.
 
- Tira a mão de mim – ordenou o árbitro.
 
Jogo bom tem que ter um pouquinho de rusga. Demorou até. Frai fez falta na esquerda em Negão. As meninas espernearam:
 
- O juiz não enxerga – disse uma mais alterada.
 
- Mas ele apitou a falta – cochichou o namorado.
 
Aí elas aplaudiram. De vilão a heroi em três segundos. De gigolô a vigário em dois. O contrário é ainda mais rápido. O Zenite queria o empate ainda no primeiro tempo. Vini cruzou rasteiro na área – Dutra chegava para concluir – mas Paulinho, de novo, impediu. No contra-ataque, Jonny tocou para Romulo na direita bater cruzado. Uhhhhhh!
 
Negão levantou o braço no meio. Queria ela: a gorda. Ela deu mole e se assanhou. Dutra também pediu uma casquinha na direita. Cruzou na área. Fê Rampazo dominou e fuzilou. Paulinho espalmou, mas, na sobra, o matador pôs pra dentro. Gooooooooooooooooooool do Zenite. Tudo igual: 2 a 2.
 
E queria a virada. Fê Rampazo cobrou lateral nos pés de Vini, que cortou pra direita e bateu por cima do gol. Uhhhhhhhhhh.
 
O segundo tempo começou tão bom quanto o primeiro. Jogaço! Negão arriscou da intermediária aos treze segundos. Paulinhoooooooo. Linda defesa. As meninas provocavam:
 
- Mão de alface!
 
Se fosse, o jogo não estaria empatado. Frai queria o Império mais agressivo. Tentou ele mesmo a jogada pela direita, mas Lucão, de carrinho, cortou.
 
As meninas tentavam ganhar a confiança de Edson Bolívia, o árbitro da lateral. O cara tentou manter a neutralidade, mas esboçou um sorriso. Breve, seis segundos. Nada que o impedisse de assinalar falta de Lucão em Gois. Na sequência, Frai perdeu a bola no ataque e lamentou. Deivis tocou na esquerda para Fê Rampazo, que driblou um zagueiro celeste e chutou cruzado para virar a partida. Meninas foram ao delírio. Bola no canto direito. Tá na rede. Goooooooooooooooooooooool do Zenite: 3 a 2.
 
Um minuto depois, ele quase fez mais um. Dutra dividiu na intermediária com Jonny – a bola sobrou, ele dominou de costas, girou e bateu colocado de fora da área. Saiu à direita. Paulinho não a alcançaria. Uhhhhhhh.
 
Pressão do Zenite. Pela segunda vez na partida um time se sobrepunha ao outro. Nos primeiros minutos depois da bola rolar foi o Império. Agora era o Zenite. Dutra bateu cruzado da esquerda, Vini recebeu livre na área, mas demorou pra finalizar. Paulinho fechou o ângulo e fez a defesa. O Império não estava morto. Mas era o Zenite quem pressionava. Dois minutos e vinte e sete segundos depois, em jogada semelhante à anterior, Negão recebeu na direita e desceu o cacete. A pancada tinha endereço certo. Era a rede. No canto esquerdo. A rede balançou. Goooooooooolaço do Zenite: 4 a 2. Na comemoração, foi pra galera. Escalou o alambrado e vibrou com a torcida, que depois disso começou a pedir o final da partida.
 
- Édson (árbitro da lateral), vamos tomar cerveja. Acaba logo esta porra.
 
Mas ainda tinha tempo. O suficiente para o Império correr atrás do resultado. Arai acreditava. Sabia que era possível. Armou a jogada no meio. Negão pôs pra lateral. Rodolfo tocou de volta com ele – que foi calçado por Lucão. Falta. Zenite na bronca.
 
- É brincadeira. A tarde inteira fazendo esta m*– reclamou Clovão.
 
Mas para a alegria dele, o Império perdeu a bola logo em seguida e armou o contra-ataque iniciado por Thalão, que passou para Joãozinho descer a bomba da direita. Paulinho espalmou.
 
Arai fez fila no meio até sofrer a falta de Guga no meio.
 
- Cadê o cartão, juiz? - cornetou.
 
- Quantas faltas ele (Guga) vai ter que fazer para receber um? - indagou Fábio.
 
O Império ainda teve a chance de diminuir no último lance da partida em boa triangulação no ataque. Frai tocou para Guedes no meio, que deixou com Eduardo na direita cruzar. A bola percorreu toda a área rival, porém não havia ninguém pra concluir.
 
Final de jogo. E que jogo! As duas equipes vieram jogar bola, isso precisa ser enaltecido. Tanto que no bate-papo pós jogo, fumando um cigarrinho pra relaxar, os jogadores do Império concordaram que o time perdeu porque o adversário foi melhor. Nos detalhes – por seis, sete minutos quando Fê Rampazo resolveu a parada. Não houve “ah, demos mole aqui...” Não. “perdemos porque os caras foram melhores.” Ponto.
           
Curioso é que estes detalhes, para o azar do Império – e também mérito dos rivais, é claro – não são inéditos. O Império perde sem jogar mal. Em alguns momentos, joga muito bem até. Entretanto, o limite de erros está se esgotando e o prazo para evitar que tais detalhes ocorram também. A próxima rodada servirá para mostrar pelo o quê brigará na competição. Aliás, não só para Império, mas também para o adversário, o Tá Ligado. Paradoxalmente, ambos apresentam bom futebol, mas com desempenho ruim na tabela.
 
Já o Zenite, que primeiramente precisa esclarecer onde está a porra da sílaba tônica em seu nome, vem numa ascendência. Até quando? O Só Resenha tentará dar um basta nisso. Mas primeiro é a sílaba tônica.
 
Ficha Técnica
 
Zenite 4 x 2 Império Celeste – 5ª rodada do XVII Chuteira de Ouro
 
Gols: Negão e Fê Rampazo (Z); Zukauskas e Eduardo (IC)
 
Cartão amarelo: Lucão (Z)
 
MVPs: 1 – Fê Rampazo (Z); 2 – Eduardo (IC); 3 – Dutra (Z)
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