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Discussão, polêmica, 14 homens, 14 gritos e um jogo do caralho. Melhor impossível

Sete homens e sete gols para cada lado na abertura da 7ª rodada. 49 motivos para você continuar lendo. O que os números revelam?
 
Os objetivos eram distintos. O Bacana queria manter a sequência de quatro vitórias consecutivas e dar um passo adiante rumo à classificação; o SQS se livrar da zona vermelha. Mas quando a bola rola, posição na tabela não importa. As diferenças diminuem. E o que importa é a raça. Se tiver um pouquinho de cachaça, então... Melhor ainda!!!
 
Cadê, Ventura? O barbicha bom de briga, o swingão da 7 de Abril? Caralho, que droga: tá suspenso. Perdeu a graça.
 
SQS confiante:
 
- É hoje. É hoje. A gente vai ganhar esta porra.
 
- Raça. Cachaça. 1,2,3, Só Quem Sabe!
 
Marcelão, técnico do Bacana, deu a letra:
 
- Time não é comprometido. Goleirão não chegou. Jogador de linha quebrando galho na meta - brincou.
 
Quando a bola rolou, incentivou:
 
- Vamos, Bacana!
 
Aí não parou quieto:
 
- Tá errado. Tá errado. Sem falta. Tá bom. PQP! Vamo, Caio. Vamo, Caio!
 
Lê Leme começou arisco, tentando se livrar da marcação. Quando deu, bateu rasteiro na esquerda. O chute saiu fraco e Arthur Chan ficou com ela, sem problema.
 
Cezinha puxou jogada no meio e bateu dali mesmo. Prensado. A bola desviou na zaga e foi para escanteio. Alemão cobrou e Lê Leme, de fora da área, mandou um tiro de voleio e explodiu o travessão. A zaga do SQS afastou, mas Jacobi perdeu a bola quando dava sequência à jogada. Kiwi ficou com ela. Cortou para a direita e chutou cruzado pra abrir o placar. Tá na rede!!! Goooooooooooool do Bacana: 1 a 0.
 
Pedrão bravo com Jacobi. Olhar 37 pra cima do craque.
 
- Jacobi - foi a única palavra dita.
 
Expressão séria. Emburrada. Macho.
 
Minhoca incentivou:
 
- Calma, calma. Tem muito jogo.
 
- Vamos, Serjão. Vamos, Serjão!
 
O SQS não se abateu e partiu para o jogo. Rodriguinho bateu rasteiro da entrada da área no canto esquerdo. Chute forte. Fora. Mas assustou. O Bacana saiu jogando com velocidade. Caio de Mendonça cortou para direita, mas, antes de cruzar, Alemão, de carrinho, parou a jogada. Amarelo. O torcedor atrás da grade não gostou:
 
- Amarelo? Que isso? - reclamou o japonês.
 
Os dois minutos que se sucederam foram um festival de erros. Dos dois lados. Jacobi cobrou lateral para Serjão, que devolveu de cabeça. Não deu. Felipe, improvisado, repos no ataque pra ninguém. Minhoca e Bob tentaram a tabela. Também não.
 
Sufoco: Bacana saiu na frente, sofreu e virada e precisou dos acréscimos para empatar

Até que Kiwi roubou a bola no meio e tocou para Arthur Neto cruzar da esquerda para Romulo completar dentro da área, já com o goleiro batido. A bola entrou no meio do gol. É rede. Goooooooooooooool. É do Bacana: 2 a 0.
 
O SQS reagiu quando Alemão voltou. Olhinhos de Chico Buarque e pegada de Mr. Catra. É monstro. Serjão fez besteira. Perdeu o gol cara a cara já com Guido na meta pela esquerda. Nisso a bola sobrou para o bárbaro chutar colocado e fora da área. Saiu por pouco.
 
Alemão cobrou lateral da defesa. Jacobi recebeu na esquerda, cortou um bacana, tirou do goleiro e mandou pra rede. Goooooooooooooooolaço do SQS. Fernando socou o ar. Vibrou como um touro quando derruba o peão.
 
Alemão deu o tranco em Cezinha e o juiz interpretou como jogada normal. A lagartixa ficou na bronca:
 
- Ele bateu de frente. Não vai começar, né?
 
Pane no Bacana. Reação fantástica do SQS. O que que é isso?
 
A jogada prosseguiu e Fernando recebeu por trás da zaga bacana e deu um tapinha com aquela sobra da chuteira para empatar. Na comemoração, Jacobi chamou na chincha:
 
- Toca aqui, porra! - gritou batendo no peito.
 
Treze segundos depois, na saída de bola no meio, o Bacana falhou. O pepino caiu no pé de quem sabe: Jacobi. Bateu rasteiro no canto direito e virou. Gooooooooooooooooooooooooool do SQS: 3 a 2.
 
Tempo técnico.
 
- Blá, blá, blá, blá, blá.
 
Um minuto e meio. Caras sérias. Clima de hospício.
 
O esporro comeu solto, mas quando a bola rolou foi o SQS quem aproveitou. Outra vez ele: Jacobi. O neto bastardo de Brizola. O homem que é sangue, suor e lágrima. O coração valente, mas bondoso. A grandeza de um menino magrinho, com barba por fazer, mas que quando a bola cai na chuteira desamarrada vira homem. Dos bons. Dessa vez ele recebeu na esquerda, após roubada de bola na intermediária. Gingou, driblou e tocou de biquinho no canto esquerdo. Tá lá dentro. Pode gritar, garoto: Gooooooooooooooooool. Terceiro dele; quarto do SQS.
 
Aí o Bacana acordou. Já era hora. Kiwi tocou para Caco driblar um beque na direita e tocar para Matheus se livrar da marcação de Serjão e cruzar da linha de fundo para o oportunista Arthur Neto, que com o gol livre, só empurrou pra dentro e descontou o marcador.  Goooooooool do Bacana: 4 a 3.
 
No lance do cruzamento, Serjão chegou junto e atingiu, sem intenção, o cabra-macho-pra-chuchu. Pediu desculpa. No calor do momento, os ânimos se alteraram. Matheus não gostou muito da entrada e houve um princípio de confusão. Mezadri e Cezinha trocaram elogios:
 
- Ô, vai pra lá. Vai pra lá.
 
- Vai tomar no *, seu arrombado – gritou um torcedor mamado.
 
No final, a porra toda não passou de discussão de jogo. Final do primeiro tempo.
 
Antes da bola voltar a rolar, Marcelão mandou:
 
- Pode pôr aí: Vamos virar em 10 minutos. Pode me cobrar.
 
Cinco segundos depois, ele cochichou ao pé do ouvido com assistente:
 
- Tá foda. Me ajuda aí, porra!
 
Quem voltou melhor foi o SQS. No primeiro lance do segundo tempo, Minhoca recebeu de Bob no meio e tocou na esquerda para Tadeu, que bateu no canto esquerdo, sem chances para Guido. Gooooooool do SQS: 5 a 3.
 
E agora, Marcelão? A vaca foi para o brejo?
 
Se dependesse de Matheus, não. Arriscou de longe. Marcelão sacou as mãos do bolso e as levou na nuca. O chute passou por cima do gol. Em seguida, Kiwi trocou passes com Cezinha na lateral direita, mas a marcação encurtou a distância e impediu a conclusão. O Bacana buscava – o que o fez ceder espaços. O SQS não estava para amarrar jogo. Pelo contrário, queria mais. E aproveitou quando a chance surgiu.
 
Foi aos 9 minutos. André deixou com Fernando para tocar na esquerda a Jacobi, que chutou baixo e fez mais um. Goooooooooool do SQS: 6 a 3.
 
O Bacana não desistiu. Era correr atrás do prejuízo. Tempo tinha, mas teria que superar a marcação e um Alemão bravo como o capeta. Lê Leme levou uma trombada do monstro na direita. A carcaça é grande. Falta. Comissão do SQS na bronca:
 
- Ombro. Ombro – gritou.
 
Arthur Neto tocou para Matheus cruzar para Romulo, que aparecia na esquerda, bater cruzado. A bola passou rente a trave e saiu. Rodriguinho e Minhoca bateram boca na zaga. Falta de atenção no lance que por pouco na resultou em gol. Se vacilar já viu, né...
 
Com o relógio mais pra lá do que pra cá, o SQS gastava o tempo. Cadenciava o jogo na defesa. A torcida não gostou:
 
- Não perde a bola aí!
 
Pedrão cobrou Mezadri, que o rebateu:
 
- Não tem ninguém pra tocar.
 
Na ponta do laço, Cezinha fez falta na direita e cedeu o shoot out ao adversário. Romulo assumiu. Passou o pé na gorda, cortou para a direita e Chan saiu. Romulo bateu no canto direito e diminuiu. Gooooooooooooooool do Bacana: 6 a 4.
 
Mesmo com o gol, o time Bacana estava nervoso. Corria atrás do tempo e os jogadores não se entendiam. Kiwi cobrou Victor de Carvalho:
 
- Corre, porra. Vai na bola.
 
Matheus comprou as dores do irmão e também bateu boca com a fruta mais gostosa do verão.
 
- Você fez falta, porra!
 
Victor recuou na direita para Arthur Neto. A zaga negra recuperou e puxou o contra-ataque. Tadeu tocou para Fernando deixar com Serjão na área. A fera bateu cruzado no alto e estufou a rede. Gooooooooooooooolaço do SQS: 7 a 4.
 
O Bacana repôs a bola no meio e chegou ao gol em rápida saída de bola. Matheus tocou para Kiwi deixar Victor de frente para o gol, que não perdoou. Chutou no canto direito e deixou o time ainda vivo. Bola na rede. Gooooooooooooooool do Bacana: 7 a 5.
 
Pressão Bacana na área. Alemão tentou jogada com Henrique Jr – a zaga do SQS recuperou e recuou para Chan, que pegou com a mão. O juiz marcou a falta e assinalou o shoot out. Romulo já se preparava para cobrar, quando o juiz voltou atrás e marcou recuo de bola. Falta na entrada da área; não shoot out. Caco reclamou com o árbitro:
 
- Recuo é falta, professor.
 
- Não é não - rebateu a autoridade.
 
Guido também entrou no bate-papo, de olhos arregalados, com saliva saindo pelos cantos da boca.
 
Fim de papo. Falta na entrada da área e acabou. Não deu em nada.
 
O japa cobrou Pedrão:
 
- Pelo amor de Deus, tira o Serjão. Ele não tá jogando nada.
 
- A gente precisa de marcação – retrucou.
 
Aí ele tem razão. Serjão na marcação é curupira de TPM.
 
Faltando dois ou três, ou só um minuto pra terminar, o jogo pegou fogo. O Alemão do Bacana tocou para Victor de Carvalho cruzar na área para Arthur Neto bater de bico com o pé estendido. Bola no meio do gol. A rede balançou. Gooooooooooooooooooooooool do Bacana: 7 a 6.
 
Aí foi um Deus nos acuda! Quanto tempo falta para acabar? O Bacana queria jogo; o SQS não:
 
- Vai lá pressionar o juiz pra acabar esta porra – disse Fernando na lateral.
 
- Acabou, acabou – gritava o branco negro.
 
Só quem sabe é o juiz, que queria jogo. E foi nos acréscimos que o Bacana empatou!
 
Foi na bacia das almas. Bololô na área negra, Romulo chutou da esquerda; Chan espalmou. Victor pegou a sobra e rolou no meio para Arthur Neto chutar baixo e empatar. Gooooool do Bacana. Tudo igual. Reação incrível. O time foi buscar! 7 a 7. Que jogo!
 
Piiiiiiiiiiiiiiiii. Final de jogo. Começou o tumulto. Indignado, o time do SQS foi pra cima da arbitragem. Fernando era o mais exaltado:
 
- Sai de casa pra fazer esta porra.
 
- Faça o favor: não apita mais jogos do meu time – disse Pedrão, sempre um gentleman. 
 
Os jogadores do Bacana ainda queriam mais jogo.
 
- Ué, acabou? Achei que tivesse mais um minuto.
 
Matheus e Guido pediram acréscimo:
 
- Você não mandou voltar o shoot out? O jogo não ficou pelo menos um minuto parado? Por que, então, não acresceu?
 
Na saída do gramado, Serjão se desculpou novamente com Matheus do último lance do primeiro tempo.
 
- Desculpa aí, meu. A intenção foi a bola.
 
Fernando estava irado.
 
- Quantos minutos de acréscimo? Estava marcando 28 minutos – ironizou.
 
O arqueiro Arthur também reclamou de reversões não dadas em cobranças de lateral do rival.
 
- Era ridículo. Os caras cobravam lateral de qualquer jeito. Ele (juiz) simplesmente ignorava.
 
O árbitro ainda expulsou Mezadri, alegando ter sido ofendido.
 
O SQS jogou muito. Muito mesmo. Principalmente no primeiro tempo e no início do segundo. Mas a reação foi Bacana. Foi do c*! Que jogaço! 14 gols. Teremos outros como este? Parabéns para ambos.
 
O empate foi, sem dúvida, pior para o SQS, que não conseguiu se livrar da zona da morte, mas respira porque o Peneira também perdeu na rodada. Permanece, portanto, a diferença de dois pontos. Terá mais duas chances para reverter este quadro. A briga será boa. Com certeza. Acontece que a próxima parada será duríssima: Mercenários. É matar ou morrer.
 
O empate épico teve sabor de vitória para o Bacana, que não sabe o que é perder há cinco rodadas. Não pode cochilar, todavia, porque os Aroucas vêm um ponto atrás e os Smurfs correm por fora com nove. Ainda não está garantido. Se vencer o Jeremias, que depende só de um empate para assegurar a classificação, na próxima rodada, aí sim pode encher a cara!
 
Ficha Técnica
 
Bacana 7 x 7 Só Quem Sabe – 7ª rodada do XVII Chuteira de Ouro
 
Gols: Kiwi, Victor, Romulo (2), Arthur Neto (3) (B); Jacobi (4), Fernando, Tadeu e Serjão (SQS)
 
Cartões amarelo: Cezinha (B); Alemão, Rodriguinho, Arthur Chan e Mezadri (SQS)  
 
Cartão vermelho: Mezadri (SQS)
 
MVPs: 1 – Jacobi (SQS); 2 – Arthur Neto (B); 3 – Lê Leme (B)
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