TáLigado e Vingadores fizeram um dos melhores jogos da rodada inaugural da 21ª edição da Ouro. De nada bastou a experiência dos homens de camisa preta, que não conseguiram traduzir suas chances em gol. Melhor para a eficiência da esquadra celeste-elétrica, que saiu vitoriosa após uma partida brigada até o último minuto de bola rolando.
 
A reestreia ligada na primeira divisão do Chuteira começou já em grande estilo: jogada rápida, bola alçada na ponta esquerda para o reforço Ritolê e passe para Guiba, que balançou a rede com apenas 34 segundos de jogo. Já atrás do marcador, pouco restou ao Vingadores que não ir atrás do resultado imediatamente. E foi o que eles fizeram.
 
As primeiras tentativas vieram com chutes potentes da entrada da área: primeiro R10, que jogava com a 7, e depois, num chute de distância ainda maior, Vini. As duas chances assustaram Léo Voador, mas o arqueiro só foi vazado aos 4 minutos, quando Osso enfiou grande bola sem sequer olhar para o camisa 5 Vini, que preferiu bater mesmo sofrendo o contato de Léo. Decisão acertada e jogo empatado.
 
Uma vez a igualdade conquistada, pareceu que o TáLigado foi aos poucos perdendo o entusiasmo inicial que marcara seus primeiros minutos – ou pelo menos o primeiro. Osso encontrava bastante espaço e dava bons passes, além de levar perigo como em uma patada que quase virou a partida antes dos 10. As coisas complicaram ainda mais quando Diogão chegou à quadra.
 
O TáLigado resistia a muito custo. Após cruzamento para a área, ninguém cortou e R10 quase marcou de casquinha. Vini, arriscando frontalmente, colocou Léo Voador para trabalhar. Uma batida de falta de Diogão pediu nova intervenção do goleiro. Na defesa vingadora, Iglesias grunhia mais que o Hulk. O TáLigado se segurava da forma que podia, mas via Lukinhas e Zaidan em uma tarde pouco criativa. Diogão, passando pela esquerda, tentou novo lance de perigo, mas Léo Voador surgiu para salvar.
 
Com o passar do tempo, o TáLigado foi conseguindo neutralizar a pressão, mas ainda parecia preso ao seu campo de ataque. O Vingadores, por sua vez, trocava bem a bola, mas sem converter a posse em gols – nem mesmo quando Diogão serviu R10 de maneira espetacular: a finalização parou no poste. Queijinho também tentou, mas encobriu a meta.
 
Cabe aqui um dos maiores jargões da história do futebol e, por consequência, do Chuteira: quem não faz leva. Tal ditado foi reforçado quando o TáLigado, em sua segunda chegada efetiva ao ataque, marcou seu segundo tento. A zaga vingadora dormiu, Kevin cobrou bem o lateral e Janequine surgiu livre para testar. Sorte? Não, eficiência ofensiva.
 
Em desvantagem, o Vingadores apertou o ritmo. Diogão inventou novo passe para R10, que, mais uma vez, foi brecado por Léo Voador. Na jogada seguinte o camisa 7 rabiscou na lateral, deixou Janequine na saudade e cruzou para a área, mas ninguém surgiu para dar aquele empurrãozinho. O Vingadores levava a melhor em grande parte das disputas de bola, muito por conta da diferença de estatura entre os times, mas a força não se convertia em gols. Faltava jeito e pontaria. A bomba para fora desferida por Queijinho no último lance do tempo ilustrou o momento.
 
A volta para a segunda etapa deu a impressão que o TáLigado arrumara a marcação: Queijinho recebeu na área para empatar, mas foi desarmado por Faria na hora do chute. O jogo de defesa contra ataque perdurou até os 8 minutos, quando Osso e Diogão tabelaram no campo de ataque até invadirem a área; a zaga conseguiu espirrar, mas a sobra ficou com Rapha, que deixou tudo igual. 2 x 2!
 
No segundo seguinte, Diogão deixou o mesmo Rapha em ótimas condições para a virada, mas a estrela de Léo Voador brilhou novamente, e o arqueiro salvou com a pontinha dos dedos. A saída do TáLigado foi pedir um tempo técnico. Na volta, a eficiência do ataque voltou a fazer diferença: Leandrinho inverteu da direita para Ritolê na esquerda, que fuzilou e recolocou os ligados na frente. Nem deu tempo do Vingaoores (e do repórter!) processar o gol sofrido e já estava Ritolê na área mais uma vez para marcar o quarto, em uma reviravolta relâmpago que pegou o Vingadores de jeito.
 
Os super-heróis tentaram a bola alta, mas agora o momento era do rival. Zaidan, em chute cruzado, por pouco não anotou mais um. Guerra deu alguma sobrevida ao time defendendo chute à queima roupa do ataque. Foi a vez do Vingadores solicitar uma parada. Na volta, nova tentativa de Queijinho e mais uma boa defesa de Léo Voador.
 
A esse momento, o Vingadores já era todo ataque. Osso arranjou bom passe para Teté, mas este não soube aproveitá-lo apesar do caminho livre. Já aos 24 minutos, R10, chutando de fora, acertou a trave de Léo Voador; o rebote caiu nos pés de Diogão, que não perdoou e diminuiu a 4 x 3, incendiando a partida. O Vingadores foi para cima e Léo Voador foi herói ao impedir o empate de Rapha após jogada de Diogão e passe de Osso.
 
A investida deixou espaços na retaguarda e o TáLigado, como já vimos, não estava em dia de desperdiçar suas chances, ainda que Zaidan tenha perdido boa oportunidade em jogada pela ponta. O mesmo não ocorreu com Guiba, que, já aos 27, recebeu grande passe (aéreo e meio que de calcanhar) de Kevin e cabeceou para sacramentar o grande triunfo do TáLigado.
 
Os três pontos garantiram a terceira colocação ao time celeste, que folga na próxima rodada. Já o Vingadores ficou em sétimo e vai pegar o atual líder Roleta.
 
Ficha Técnica
 
TáLigado 5 x 3 Vingadores - 1ª rodada do XX Chuteira de Ouro
 
Gols: Ritolê (3), Janequine e Guiba (TL); Osso, Rapha e Diogão (V)
 
Cartões amarelo: Iglesias e Osso (V)
 
MVPs: 1 - Diogão (Vingadores); 2 - Ritolê (TáLigado); 3 - Osso (Vingadores)