Valendo uma vaga na Série Bronze do próximo semestre, a “final” do Grupo B entre HidroNG e Opalas foi tão emocionante quanto a decisão do Campeonato Espanhol, jogada por Atlético de Madrid e Barcelona no outro lado do mundo ao mesmo tempo que a bola rolava na quadra 4 do Playball Pompeia. Se lá o time do “traidor” Diego Costa segurou a pressão, o mesmo não pode ser dito do Opalas. Precisando apenas de um empate para passar em primeiro, a equipe até que foi valente, mas sucumbiu diante do Hidro, que venceu por 3 x 2, terminou a primeira fase na ponta e fez a festa.
 
Logo no primeiro minuto Biriba já levava perigo em cobrança de falta ensaiada: Rosa recebeu na linha de fundo e bateu pro gol, obrigando Lattes a executar a primeira defesa da partida. Pela direita, Fabinho avançou sem marcação e bateu forte, cruzado, mas para fora. Depois Lattes aparece bem mais uma vez, quando Claudemir recebeu de Biriba e cabeceou pro gol. O Hidro começava pressionando.
 
As primeiras chances do Opalas saíram dos pés de Guerra. Primeiro ele recebeu lançamento da defesa, mas concluiu com muita força, perdendo boa chance. Em seguida, Guerra recebeu outro bom passe e chegou a tirar de Sato, mas deu um toque muito forte e a bola fugiu de seu controle, impedindo a conclusão.
 
Pelo lado branco e azul, Biriba arriscou de fora mais uma vez, sem sucesso. Caca respondeu na direita, mas pôs muita força no chute. Na sequência, Rosa saiu livre cara a cara com Lattes e o Opalas foi salvo pelo zagueiro Peixe, que barrou o tiro na hora certa. No escanteio, Rosa encontrou Fulvião dentro da área, que pegou bonito na bola e fez o primeiro do jogo.
 
O opalão custava a pegar no tranco. Guerra tentou lançamento para Guto, que bateu, sem ângulo, para fora. Depois Peixe ensaiou tabela com Fernandinho e levou perigo, mas Sato saiu bem e afastou. O Hidro se postava bem lá atrás e Rubão fazia primeiro tempo sólido, assim como Biriba, perigoso no ataque e consistente na linha de defesa. Mesmo assim, o time tomou uma pressão antes do intervalo. Raphinha invadiu a área e mandou para fora. O mesmo Raphinha quase fez um golaço após deixar Biriba pra trás na lateral e bater forte. Sato defendeu. No último lance do tempo, Biriba cobrou falta perigosa na barreira.
 
Fulvião quase fez o seu segundo no primeiro lance da etapa final: seu chute iria no ângulo, mas, por algum capricho, a bola fez uma curva e saiu por milímetros. Claudemir também esteve perto de fazer um golaço: ele passou por dois e tocou na saída do goleiro, também para fora. Caca quase deixou o seu após pixotada da defesa hidra, mas Sato, esperto, evitou que a bola entrasse. Aos 8, Fabinho marcou o travessão de Coruja – que substituíra Lattes ainda no intervalo. Já aos 10, o Hidro chegou às redes mais uma vez: Rubão fez o desarme e passou para Rosa na linha de fundo, que cruzou rápido para Fabinho concluir e marcar.
 
Fulvião esteve perto de fazer o terceiro após roubar bola da zaga do Opalas. Em seguida, Rosa bateu da direita e Coruja defendeu. Já Sato fez grande defesa quando Claudemir afastou mal da defesa e Fernandinho saiu cara a cara com o arqueiro, que segurou não só o primeiro tiro como também o rebote. Pelo lado do Hidro, Fabinho chutou de seu campo de defesa e Coruja tirou com os pés. Guerra quase descontou aos 15: ele passou na direita e seu chute morreria nas redes se não fosse um desvio no trajeto.
 
Rosa, que havia levado um amarelo em lance isolado, voltou para o campo e foi direto para a área, onde recebeu lançamento longo da defesa e tirou de Coruja para fazer o terceiro. Depois, em jogada ensaiada, Rosa e Fabinho chegaram perto do quarto. A cinco minutos do fim e com uma boa vantagem no placar, o Hidro tirou o pé. O Opalas, por sua vez, ainda sonhava com a reação. Até mesmo um empate serviria para o time se manter na ponta.
 
Caca recebeu bom passe dentro da área aos 21 e parou em Sato. Aos 23, Fernandinho recebeu no meio e chutou forte; Sato não teve chances e o Opalas incendiou o jogo. Um minuto depois Guerra roubou bola na defesa, avançou pelo meio e deixou para Guto fazer o segundo. Em seguida, após jogada conjunta, Guto recebeu na ponta e acertou a trave. A pressão do Opalas surtiria efeito se houvesse mais cinco minutos de jogo, mas já era tarde. Placar final: 3 x 2 para o novo líder do grupo e novo integrante do Chuteira de Bronze, o HidroNG.        
 
ssim que o apito final soou, jogadores de ambas as equipes se prostraram no alambrado para acompanhar o fim de Portelinha x Fúria na quadra ao lado. Os jogadores do Hidro aguardaram a definição para comemorar a liderança, pois vitória do Furinha daria a ponta ao Opalas. Com o empate dos rubro-negros por 5 x 5, o Hidro enfim pode comemorar – e pensar que o Opalas foi líder 8 rodadas. Hidro e Opalas, primeiro e segundo colocados, já pulam diretamente para as quartas de finais e folgam no próximo final de semana.
 
 
Ficha Técnica
 
HidroNG 3 x 2 Opalas – 9ª rodada do III Chuteira de Aço
 
Gols: Fulvião, Fabinho e Rosa (H); Fernandinho e Guto (O)
 
Cartões amarelo: Claudemir, Biriba e Rosa (H); Fernandinho e Raphinha (O)
 
MVPs: 1 – Rosa (H); 2 – Biriba (H); 3 – Guerra (O)