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Após início avassalador do Interativo, BDA reage e arranca empate com sabor de vitória

O jogo começou bastante movimentado, em um ritmo que, sob o sol das 14h, parecia que não iria se prolongar. Pelo Interativo, Medina 02 era o comandante no meio, enquanto The Rock aguardava na área a bola chegar.
 
O BDA apostava no jogo coletivo, sobretudo no tripé Camargo, Cris Coppola e Leandrinho, enquanto Dudu, recuado, distribuía pelo meio e reforçava a marcação. Com toques rápidos, o time do suspenso técnico Dé avançava pelas pontas e dos pés de Leandrinho quase viu a abertura do placar. O chute rasteiro passou perto, mas o time negro não se intimidou. E no contra-ataque a bola chegou no matador, que não teve trabalho de tirar do arqueiro Will e comemorar com uma dancinha inusitada o primeiro da partida. Gol de The Roch. 1 x 0.
 
A fera estava mesmo inspirada. Dois minutos depois, na segunda oportunidade criada, o segundo do Interativo. E a torcida caía na risada com aquela dancinha marota de pagode na zona sul. Gol de The Rock. Interativo: 2 x 0.
 
O BDA sentiu o golpe. Estava desnorteado. Camargo ainda tentou no individual, mas não foi muito longe, e o Interativo, embalado pelo momento e apoiado por uma torcida feminina inquieta, queria ampliar a vantagem. Medina 02 quase conseguiu com um tirambaço do meio de campo no travessão. Na sequência, ele recebeu de Denner na esquerda e cruzou rasteiro para The Rock, de novo ele, só empurrar para a rede. 3 x 0!
 
Interativou dominou e achou que estava ganho; de repente o enxame foi pra cima e... empate!

Dessa vez não teve dancinha, apenas um aceno para a torcida inflamada. A fera ficara compenetrada, quase arredia, de forma repentina. O sorriso desaparecera. Nada de gracinhas. Ele parecia prever uma reação improvável do rival. E era bom o BDA reagir, caso contrário ia virar goleada. Isso com menos de 15 minutos jogados.
 
E não deu outra. Taxa iniciou a jogada no campo defensivo. Lukinhas recebeu e deixou para Deyvison inverter na esquerda com Nikolas, que livre de marcação, bateu cruzado para ampliar. Era o quarto do Interativo. The Rock voltou a sorrir. A torcida, extasiada, era um agito só. Tudo pronto para a farra. 4 x 0 no placar, o time voando em campo e a cerveja os aguardando depois do confronto. Só que ainda havia um jogo a se jogar, e este para o BDA acabara de começar.
 
A primeira chance de reação foi na bola parada. Dudu chutou forte no centro da meta e Samuka rebateu com os pés. “Aqui tem goleiro”, esperneou uma torcedora. No lado de lá o BDA vacilou na zaga e a bola sobrou limpa para Deyvison chutar cruzado na trave direita. “Uh!”, gritou a torcida. Medina 02 ainda pegou o rebote, mas isolou.
 
Foi aí que o inesperado entrou em campo e o jogo mudou de uma hora para outra. O BDA iniciou uma reação frenética comandada por um zangão invocado, Dudu. Três gols em três minutos. Três minutos e três segundos para ser preciso. Dudu fez o primeiro. Gabriel Alves o segundo. E Dudu, outra vez, o terceiro. Impossível narrá-los. Um atrás do outro, pá-pum, como se fossem replays, feito um carrossel destrambelhado que em nada lembrava aquela laranja mágica de 74, mas isso pouco importava nesta altura do campeonato. A torcida rival calou-se por um minuto. Depois se queixou: “parem de brincadeira”. Ninguém estava brincando. O jogo era sério. Sério e bom. Com todo um segundo tempo por vir, ninguém poderia prever como ele acabaria.  Fato é que o BDA estava definitivamente de volta à partida.
 
E eles voltaram com tudo, no ritmo do final da primeira etapa, e quase empataram logo de cara, aos 3 minutos. Luizinho tabelou com Crepe no meio. Leandrinho pediu na ponta direita. Bateu rasteiro. Samuka espalmou. No rebote, Gabriel Alves dominou e bateu de peito de pé, cruzado, com gosto, à meia altura, do jeito certo, mas Samuka estava lá para impedir o empate.
 
O Interativo não conseguia ficar com a bola nos pés. Mas aos poucos corrigia a marcação e deixava de correr tantos sustos. O ritmo do duelo diminuiu um pouco, longe da calmaria, mas sem o frenesi inicial. Assistiríamos a um jogo mais estudado – clichê para mascarar a falta de ousadia? Não. Tudo indicava que não. Talvez mais truncado, feio, mas vibrante. Foi então que The Rock ressurgiu. Assumiu o traquejo na bola parada. Só que pegou tão mal na bola que ela só não foi na churrasqueira porque a rede no teto impediu.
 
Melhor jogo da Aço da rodada, partida teve tensão, torcida inflamada, goleada anunciada e reviravolta mirabolante!

O BDA mantinha a pressão. Tocava bem a bola, mas arriscava pouco. Nem chute de longe soltava. A disputa no centro do gramado era intensa. As abelhas conduziam, os interativos recuperavam. O Interativo avançava, as abelhas impediam. E assim foi por nove minutos e trinta e sete segundos. Uma falta aqui, outra ali, nada desleal. Mais faltas a favor do BDA, isto é certo. A torcida feminina chiava, mas não interferia no arbítrio do professor. E quando aquela lenga-lenga parecia não ter fim, o BDA arrancou o empate. Graças a Leandrinho, que cortou um marcador no meio e viu Camargo aberto na ala direita. O meia inverteu com Crepe que deixou com Nêgo mais a frente bater rasteiro entre dois marcadores e vencer o goleiro Samuka. 4 x 4! Tudo igual! Que jogaço!
 
O Interativo reagiu. Parecia que tinha que sofrer o empate para acordar. Assumiu as rédeas e foi com tudo para o ataque. Se não conseguisse marcar o quinto, iria se lamentar para todo e sempre. “Fizemos 4 x 0 e deixamos os caras empatarem”. Medina 02 tentou resolver sozinho. Chutou de longe. Fora. Nikolas recebeu de Gustavo Lombardo e também arriscou. Fora.
 
E lá atrás Taxa segurava as pontas, senão era a virada. Renan Oliveira teve a chance, mas um beque interativo o travou na última hora. A torcida se exaltava. Já não havia tática, técnica ou estratégia. Havia o “vamos pra cima ganhar esta porra”. Era tudo ou nada. Talvez o drama não se justificasse, o empate – pelo que as equipes desempenharam – seria o mais justo. Só que este conceito é um pouco vago no futebol. Justiça, merecimento, o quanto eles importam após a derrota? E o BDA, que teria a melhor das chances de vencer no shoot out, já imaginava em como aquela reação surpreendente poderia culminar em uma virada inesquecível.
 
Dudu ajeitou. Deu dois toques nela antes de ficar cara a cara, corpo a corpo, olho no olho (não, aí já é demais!) com Samuka. Neste instante, o arrependimento. Talvez se ele já tivesse chutado correria para o abraço, o abraço da vitória, da consagração. 5 x 4! Que virada! Mas sua atenção voltou para a realidade, com Samuka em cima dele, fechando os ângulos para o arremate. A conclusão veio fraca. Samuka defendeu. E dessa vez, outra vez, a justiça prevaleceu com o empate. Fim de jogo.
 
No duelo marcado por atuações bem distintas em cada tempo, o empate acabou não sendo ruim para ambos os lados. Melhor para o BDA, que buscou um resultado improvável e saiu de campo com o gostinho da vitória. Agora o time do técnico Dé terá outra parada dura pela frente. É que as abelhas encaram o Valência pela terceira rodada, no dia 2 de abril. Já o Interativo, que teve a faca e o queijo na mão para conseguir a segunda vitória no campeonato, não conseguiu deter a reação do rival e quando acordou já era tarde. Mas o campeonato só está começando. Interativo folga dia 2 e retorna a campo dia 9, pela 4ª rodada.
 
Ficha Técnica
 
Bonde dos Abelhas 4 x 4 Interativo – 2a rodada do VII Chuteira de Aço
 
Gols: Dudu (2), Gabriel Alves e Nego (BDA); The Rock (3) e Nikolas (I)
 
Cartões amarelo: Camargo e Luizinho (BDA)
 
Cartão vermelho: Luizinho (BDA)
 
MVPs: 1 - Leandrinho (Bonde dos Abelhas); 2 - Dudu (Bonde dos Abelhas); 3 - The Rock (Interativo)
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