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Carvalhos e Venturas jogam muito; Bacana e Jeremias estão classificados

Olha só quem está de volta? Luiz Fernando Ventura: o pernalonga do Chuteira. O homem que não trocaria um fusca por nada. Churrasqueiro de mão cheia. E desde que se livrou da barbicha, tem jogado muita bola. O time também vem ajudando. Prova de que a soneca das primeiras rodadas é coisa do passado. Será? O time estava de luto pela morte do pai de Romulo, mas não se deixou abater dentro de campo.
 
Aliás, Ventura não foi o único a retornar. Felipe Alves voltava depois de cumprir suspensão. Praticamente classificados, os times brigavam – entre si inclusive – por uma melhor colocação na tabela – que para fim prático não serve para porra nenhuma. O que importa é classificar; ambos o fizeram com a derrota do Fora de Série.  
 
Dois minutos com DVD:
 
- Esquece o corredor.
 
- Eu não quero ninguém nesta linha.
 
- Aqui, Ô! – apontou com o braço.

- Quando eu gritar lá em cima é lá em cima.
 
- Quando eu gritar aqui em baixo é aqui em baixo.
 
Parou. Respirou. Pensou. Prosseguiu:
 
- Alguma coisa boa a gente tem que ter tirado do último jogo.
 
O jogo começou e ele continuou:
 
- Vamos, Jeremias!
 
- Vamos, compactar isso aí!
 
- Pelas costas, Dunder. Pelas costas.
 
- Ou tira ou fica.
 
- Meia quadra. Meia quadra. Meia quadra. Meia quadra.
 
Meia quadra mais 13 vezes.
 
Disputa acirrada no início. Matheus de Carvalho chegou forte no meio e roubou a bola. Dunder retribuiu o favor e a pegou de volta. Chutou sem jeito de longe e isolou. No lance seguinte, Ventura chegou junto no camisa 10, que caiu e recebeu a falta. Ventura não concordou e fez cara de choro. O que jamais veremos é algum jogador apertar a mão do árbitro e falar:
 
- Meus parabéns! Você foi do c*!
 
Não, isso não vai acontecer. Alguém me prova o contrário?
 
Ventura fez boa jogada na ponta direita. Alê cortou por baixo na bola. Cedeu lateral.
 
- Boa, Alê – apoiou DVD.
 
Ventura recebeu e tocou no meio para Victor de Carvalho. O curió forrozeiro chutou colocado no alto e Challupe espalmou de mão trocada por cima do gol. Lê Leme rolou da direita e Carvalho bateu rasteiro no canto esquerdo. Fora.
 
- Vocês estão esperando o quê? - gritou DVD.
 
- O jogo já começou.
 
- Meia quadra. Meia quadra. Meia quadra, Darx!
 
Depois tenho que perguntar para ele por que esta obsessão pela “meia quadra”. O que tem nela de bom? Chopp liberado? Churrasco-grego à vontade? Uma popozuda a fim de uma boa diversão? Tira esta dúvida aí, fera!
 
Bacana mostra força e volta a vencer; disputa agora é por posições apenas

Tingão tocou para Darx no meio, que deixou a peteca com Dunder na direita. O artilheiro intelectual acertou a trave e levou as mãos à cabeça. Uhhhhhh!
 
Dunder sofreu falta na esquerda. Migué? Não, foi falta mesmo. Adiantou a bola e a ajeitou com carinho. Ventura chiou:
 
- O cara tirou a bola dali e a trouxe até aqui. Pode isso? - questionou o árbitro.
 
Dunder arregalou os olhos. Expirou. Chutou colocado no canto esquerdo. Alto.
 
Ventura ainda batia boca com o juizão:
 
- Não pode falar com você?
 
- Não. Vamos jogar bola – respondeu pardal.
 
- Você quer aparecer mais que os caras – gritou um torcedor.
 
- Não pode falar com você por quê? Que palhaçada é esta aí? - perguntou outro.
 
- Não tem diálogo. Você quer aparecer mais que o jogador – reforçou o torcedor bacana.
 
Ventura levou tranco no ataque e caiu. Abriu os olhos como uma coruja. Nada. Jogo que segue. Torcida pressionava.
 
Felipe Alves sofreu falta na ponta esquerda. Falta.
 
- Futebol é pra homem, porra! - veio o grito da torcida.
 
DVD foi dar uma conferida no que sucedera e Marcelão interviu. Mandou DVD para o canto dele. O técnico do Jeremias fazia sinal com as mãos:
 
- Menos. Menos.
 
Romulo coçava a barbicha. Queria jogo. No meio, tocou para Lê Leme na esquerda, que cruzou na área para Carvalho finalizar esquisito. A bola saiu à esquerda.
 
Marcelão só movia os olhinhos. De um lado para o outro. Como uma partida de tênis. Mas o lance que chamou sua atenção foi aos 19 minutos, quando Alê recebeu na fogueira no campo de defesa e Romulo, esperto, ficou com ela. Girou e bateu cruzado à meia altura para tirar o zero do placar. A rede balançava quando a fera correu para o abraço. Bateu no peito e vibrou. Gooooooooool do Bacana: 1 a 0.
 
Alê encarava o árbitro. Felipe Alves foi tirar satisfação.
 
- Foi mão, professor. O cara dominou com a mão – cobrou Preto.
 
Ventura estava empolgado. Marcelo prometera pagar uma Bavária se fizesse um gol. O frio apertou. Um torcedor reclamava do gramado “todo remendado”. O outro não estava nem aí: queria mais era ouvir RPM e confirmar se o samba estava certo para mais tarde. Teve gente que queria “vale-night”, mas não teve coragem de pedir. O pernalonga gingou e tocou para Carvalho na ponta esquerda, que chutou quase sem ângulo. Chaluppe defendeu.
 
Saída de bola rápida do time azul. Dunder recebeu no ataque e trombou com Guido. Pronto. Confusão no gramado:
 
- Eu caí por cima – disse Dunder, fazendo sinal com as duas mãos.
 
- Vai tomar no ** – xingou o arqueiro.
 
- Chutou ele sem bola, professor – pressionou um bacana.
 
- Ná próxima você já sabe, né? - o árbitro intimou Dunder.
 
- Na próxima. Na próxima. Na próxima até quando? - ironizou Ventura.
 
Felipe Alves se aproximou e deixou um recado ao pé do ouvido do árbitro.
 
- Você tá caindo na pilha dos caras – gritou um torcedor do Jeremias.
 
Estava na hora de parar de reclamar e jogar bola. Foi o que fez Tingão, até então sumido na partida. Tocou na esquerda para Dunder cruzar na área para Vic, que chutou baixo no meio do gol. Guido rebateu com as pernas.
 
O contra-ataque foi certeiro. Carvalho tocou para Vitor Cheganças no meio, que adiantou a bola para Lê Leme no ataque. O matador bateu forte no canto direito e ampliou. Goooooool do Bacana: 2 a 0. Final do primeiro tempo.
 
- O que você falou com o meu jogador? - perguntou DVD ao juiz.
 
- Vamos, Darx. Vamos, Darx – gritou o treinador inquieto.
 
O Jeremias voltou disposto a agradar seu treinador. E quem não fugiu da bronca foi Lucas Oliveira, que arrancou da defesa, trouxe para o meio, abriu para a direita e chutou forte no alto. A bola passou rente à forquilha direita. Uhhhhhhh!
 
Caio de Mendonça roubou no meio, tocou no meio para o “americano” Luisinho, em visita ao Brasil para prestigiar a Copa do Mundo, que viu Romulo aberto na esquerda. O craque tentou o elástico, mas a bola descolou do pé. Ainda assim ele conseguiu passar para Ventura, que de fora da área, bateu como deu. A bola nem assustou. Um mostrou o polegar para o outro.
 
Felipe Alves brigou pelo que é seu de direito. Ganhou. Driblou um. Outro. Mas perdeu na intermediária rival. Henrique tocou para Felipe Laet, que avançou até se atrapalhar com a bola e cair no ataque. Levantou e roubou a bola. Tocou para Ventura na lateral direita e a recebeu de volta. Contudo, ele furou de novo. O que acontece, atleta?
 
Raça ele tem. Voltou para marcar. Trombou Lucas Rangel no meio e a bola sobrou para Matheus de Carvalho deixar com Vitor Cheganças no meio. O bacana cortou para direita e cruzou no meio para Ventura, que não perdoou. Deu um tapa na gorda e a bola entrou bem no cantinho direito. Mandou beijos para torcida. Ou para alguém em especial. Tá lá dentro! Gooooool do Bacana: 3 a 0.
 
Não sossegou. Sofreu falta no meio e, bravo, encarou o árbitro:
 
- Não foi nada, não? Não foi nada, não? - contestou mostrando a marca na canela.
 
O vermelho estava lá. Uma lupa ajudaria a enxergar. O time bacana cercou o árbitro. Dunder foi tirar satisfação com um torcedor bacana que não parava quieto. Ventura discutia com Felipe Alves:
 
- Vamos jogar bola, vai!
 
- Vai dar entrevista até quando? - ironizou DVD.
 
Felipe Laet tocou no meio para Vitor Cheganças – que abriu na direita com Matheus Carvalho. O capitão desceu a bomba. Pow! Chaluppe espalmou por cima. Boa defesa. Ventura cobrou o escanteio e Thiago Bim afastou.
 
- Cadê o Romulo? – perguntou uma trocedora.
 
- Ele tava tão bem no jogo – exclamou.
 
Gamito em campo. O castor. Agora sim!
 
Luisinho tocou para Caio de Mendonça no meio, que deixou com Cheganças. O ala inverteu para Matheus Carvalho soltar a pancada sem chance para Chaluppe. Bola na rede. Gooooool do Bacana: 4 a 0.
 
- Tá foda, hein – protestou DVD.
 
- Jogar contra os caras e os dois juízes – desabafou.
 
Ficou mais foda ainda. Henrique ganhou a bola no meio, tocou para Luisinho, que driblou um beque e rolou para Victor de Carvalho na esquerda. O chuchu que dá gosto na salada russa da dona Carminha, o homem que desobedece o PSIU e rasga a multa na frente do juiz, chutou baixo no mesmo canto e ampliou. É goleada! 5 a 0.
 
DVD pediu tempo:
 
- Alguém me explica o que está acontecendo? Cadê a vontade de ganhar? Esquece o juiz. Ele não vai marcar nada mesmo.
 
O esporro surtiu efeito. Mas quem teve a chance de marcar foi o Bacana. Romulo fez boa jogada na direita. Tocou na entrada da área para Victor de Carvalho, que chutou rasteiro no canto direito. Fora.
 
Olha o Jeremias esboçando uma reação aí! Henrique parou jogada de ataque do time azul. Falta. Shoot-out.
 
Lucas de Oliveira assumiu. Deu um tapinha pra frente e desceu a pancada à meia altura no canto esquerdo. Tá na rede. Gooooooooooooooooooooool do Jeremias.
 
- Pega a bola. Pega a bola – gritou o esperançoso DVD.
 
Lucas Oliveira passou o trator em Felipe Laet e agarrou a bola. Cravou ela na cal e jogo que segue.
 
Vinte e três segundos depois, Thiago Bim ganhou a bola no meio, tocou mais à frente com Preto, que deixou com Diogo Sala tirar do goleiro e descontar. Goooooooooooooooooool do Jeremias.
 
- Pega a bola. Pega a bola – gritou DVD com ainda mais entusiasmo.
 
Nem puderam repô-la na cal desta vez. O juiz apitou. Final de jogo.
 
Ficha Técnica
 
Bacana 5 x 2 Jeremias – 8ª rodada do XVII Chuteira de Ouro
 
Gols: Romulo, Lê Leme, Victor de Carvalho, Matheus e Luiz Ventura (B); Lucas Oliveira e Diogo Sala (J)
 
Cartões amarelo: Felipe Laet, Henrique e Luiz Ventura (B); Thiago Bim e Vic (J)
 
MVPs: 1 – Romulo (B); 2 – Vitor Cheganças (B); 3 – Matheus Carvalho (B)
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