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Em um jogo definido no primeiro tempo, a capacidade defensiva superou o talento ofensivo

Para um avião cair, acontecem diversos erros ou defeitos combinados e simultâneos. Para um favorito declinar, também. O Lodetti vinha colecionando acessos, visando sempre a série dourada e jogar a Prata parecia pouco para este grupo estrelado. Mas, assim como nas aeronaves, fatores negativos se uniram e influenciaram na queda do “Golias”.
 
Não que o Inflação seja, de fato, um “Davi”. O vice-líder do Grupo B da Série Prata fez campanha muito regular e só não garantiu sua vaga de forma direta para a primeira divisão pelo equilíbrio notório de sua chave. Mas, na comparação homem-a-homem, o duelo fora de quadra pendia para os leões azuis.
 
O jogo começou com a promessa de ser o mais equilibrado e emocionante da rodada. E o primeiro tempo fez justiça às expectativas. O primeiro lance de perigo foi para o time inflacionado, que chegou pela esquerda na bela trama entre Preto e Danilo, encontrando Canibal atrás da zaga adversária. Mas o camisa 9 tentou de primeira e pegou muito embaixo da bola, batendo por cima do gol. Apesar de ser uma das principais jogadas da equipe, a ligação direta do Lodetti não estava funcionando no início de jogo. Com Bahia e Toretta bem marcados, a zaga do Inflação sempre levava vantagem na bola rifada para o ataque, tornando o setor ofensivo dos azuis ineficiente.
 
Após segurar a pressão do Lodetti em todo o segundo tempo, o Inflação pode enfim comemorar a ida às semi

Por outro lado, a velocidade de Danilo e Canibal dava muito trabalho para Telex e Dih, que, pressionados perto da área, erravam muitos passes e complicavam a saída de bola – prejudicando a linha de passe do time e deixando de municiar o já pouco acionado sistema de ataque. A marcação no campo do adversário deu certo e o Inflação dominava os primeiros momentos do duelo. Aos cinco minutos da etapa inicial, este domínio traduziu-se em gol: Canibal desarmou Dih no meio-campo, passou por Telex e encontrou Danilo no centro da área. O camisa 5 estava de costas para a meta, mas observou a chegada rápida de Salgadinho, que bateu forte de canhota e contou com o vacilo de Allyson, que demorou para cair e deixou a bola passar por baixo de seu corpo. Pane na zaga, começava o desastre aéreo do Lodetti.
 
Ainda insistindo nos lançamentos longos, os leões azuis quase empataram quando Pedro Lodetti encontrou Bahia entre os dois zagueiros. O camisa 12 matou no peito e girou, mas foi prensado pela ótima saída de Sandrinho, que com o corpo evitou o empate. Apesar da chance criada, era o momento do jogo em que parecia estúpido não colocar a bola no chão e ter paciência para buscar o gol, já que o Lodetti tem qualidade técnica para envolver o adversário na linha de passe e administrar as oportunidades de chegar às redes.
 
Porém, se o time mais criativo não criava, o mais eficiente continuava a aproveitar suas chances. Aos dez minutos, Danilo lançou Canibal pela esquerda. O camisa 9 chamou Telex para dançar e passou pelo rival por fora, trazendo a bola para a canhota, e com um arremate violento colocou a bola entre o ombro de Alysson e a trave, acertando a “bochecha” da rede. Um lindo gol e 2 x 0.
 
Mais do que nunca, o Lodetti parecia psicologicamente abalado e sem esboçar capacidade para mudar o cenário do jogo. Para piorar, Canibal estava mesmo em tarde inspirada e deu show na linha de fundo: entre a lateral e o defensor, não tinha opções de passe, nem ângulo para chute, mas o improviso deu as caras e uma carretilha perfeita colocou o atacante em condições de finalizar, mas a cobertura da defesa apareceu a tempo, evitando a consagração de uma jogada plasticamente perfeita.
 
A entrada de Camillinho ajudou a colocar o Lodetti nos eixos. Mais insinuante ofensivamente, o camisa 10 procurava mais passes curtos e rasteiros, aproximando os setores de meio-campo e ataque. Em uma das tramas bem articuladas por ele, Dih serviu Toretta pela direita, mas o camisa 22 bateu no alcance de Sandrinho, que mergulhou para colocar para escanteio.
 
O terceiro castigo chegou aos dezoito minutos, novamente em uma saída de jogo precipitada. Chide roubou a bola de Telex no meio e já armou o chute de esquerda. Com habilidade, conseguiu enganar a marcação, ameaçando bater de chapa, e levou a bola mais para frente, finalizando de peito de pé, cruzado, no canto baixo de Alysson, que não chegou a tempo de defender. Logo no melhor momento do Lodetti na partida, quando o time já abandonara a ligação-direta e trabalhava melhor o toque de bola.
 
O terceiro gol sofrido serviu como estalo para o “gigante” despertar. Em três minutos, dois gols, que, mesmo saindo em jogadas de bola aérea, são essencialmente mais perigosos que as “rifadas” para o ataque. Aos 19 minutos, Pedro Lodetti cobrou lateral com força e encontrou Toretta chegando por trás da zaga, que completou de primeira, com pé direito, e diminuiu a diferença no marcador. E aos 21 minutos, quase um replay: novamente falha da defesa inflacionada, que vinha fazendo partida irretocável, quando Bahia cobrou lateral preciso para Toretta atravessar a área e completar com o biquinho da chuteira para o fundo do gol. Final de primeiro tempo e a reação dos leões azuis parecia ser o início de uma virada, mas o intervalo serviria para o Inflação colocar os nervos no lugar.
 
A etapa complementar começou, curiosamente, mais lenta. Mesmo embalados pelos dois gols no final do primeiro tempo, o Lodetti não recomeçou o duelo com gás total. E o Inflação “cozinhava” o adversário invertendo o jogo e valorizando a posse da bola. A primeira chance clara dos leões só foi aparecer aos 9 minutos, quando Carioca fez pivô perfeito e Camillinho bateu forte, cruzado, mas sem direção. A resposta veio com Danilo, que bateu forte do meio da rua, mas viu Alysson cair a tempo de encaixar.
 
Entre o desespero e a pressa, os passes errados pipocavam no ataque lodettino. Quando a bola chegava “redonda”, era Sandrinho que evitava o empate. Bettoni tabelou com Carioca e recebeu bola rolada para a esquerda. O beque encheu o pé e obrigou o goleiro adversário a praticar um milagre de mão trocada.
 
Contra o ferrolho e o relógio, o Lodetti só tinha a opção de cruzar bolas na área adversária em busca de um desvio salvador. Foram inúmeros laterais e escanteios batidos na direção do gol, mas apenas dois resultaram em reais chances de gol: o primeiro saiu das mãos de Pedro Lodetti e encontrou a cabeça de Bahia, que testou para baixo e viu a zaga afastar em cima da linha; a segunda oportunidade foi um escanteio cobrado por Camillinho que Bahia cabeceou para trás e deixou Carioca cara-a-cara com o goleiro. O camisa 9 bateu forte, mas a bola explodiu no peito de Sandrinho, que não teve medo de se machucar e colocou o rosto quase na altura dos pés do rival. Um milagre que definiu o jogo.
 
Inflação, em tarde inspirada do goleiro Sandrinho, brecou o ímpeto ofensivo do Lodetti

O avião Lodetti caiu. Ora pelo vacilo na primeira fase, ora pela incapacidade de colocar sua vantagem técnica em campo. Mas, no conjunto de fatores, o principal foi a dificuldade que o Inflação impôs, uma equipe que se entregou por inteiro e foi mais eficiente.

Pós-jogo

“Nós utilizamos as duas táticas muito bem. Temos dois jogadores de frente que fazem o pivô e o meio-campo também pode sair tocando a bola. Mas hoje não entrou, faltou algum detalhe, o que é do futebol”, afirmou Pedro Lodetti sobre as demasiadas bolas lançadas no primeiro tempo.
 
“A gente sabia que seria difícil, mesmo sem ter conhecimento de todos os caras de lá. O time foi perfeito hoje e eu consegui aproveitar a bola que tive. Espero continuar assim até a decisão”, comentou Canibal, o melhor do jogo pelo Inflação.
 
No próximo sábado, às 14h45, o Inflação medirá forças diante do Bengalas, buscando uma vaga na grande final da Série Prata e assim garantindo sua vaga para a próxima divisão.

Ficha técnica

Inflação 3 x 2 Lodetti – Quartas de final do XI Chuteira de Prata
 
Gols: Salgadinho, Canibal e Chide (I); Toretta (2) (L)

Cartões amarelo: Lú e Cris (i); Bahia (L)
 
MVPs: 1- Canibal (I); 2- Danilo (I); 3- Toretta (L)
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