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Celeste joga o que sabe e vence líder Med na despedida da Ouro

A cabeça do Med já está lá nas quartas. O líder não é o mesmo sem Aníbal, machucado. A carne seca da M´Boi Mirim faz uma falta danada. Além dele, dois médicos não vieram; de plantão. Coube, então, ao malandro uruguaio – bebedor de pinga, só se for do alambique do Zé Bigode – comandar o Taubaté frente ao Império decadente. Decadência descompromissada. Desapego que ajudou; o time jogou soltinho, soltinho. Agora, porém, era tarde demais.
 
Javier caminhava a passos lentos no ataque. Mão na cintura, olhar de coruja. Quando a bola chegou, deu um tapa maroto nela. Curto demais. Nenhum sinal de arrependimento. Frio que só. Como consequência a bola chegou em Guedes, que tocou para Zuka e esperou receber de volta na área, mas não foi assim que se sucedeu.
 
O Med respondeu no Uruguai. Javier chegou do Cabo de Santo Polônio com o mate na mão e a bola no pé. Chutou prensado na zaga e aproveitou a sobra para cruzar na área. Lá estava Peruca, fininho fininho, para testar a cuia e abrir o placar. 1 a 0.  A chance de ampliar veio no lance seguinte. Di tocou no meio para Fabinho deixar Peruca cara a cara com Gamarra, que salvou o time celeste de levar o segundo.
 
Corneta já falava em reformulação:
 
-        Muita gente não vem. Assim não dá.
 
Edu não veio, Otávio é turista e Guedes machucado. Ainda assim o Império estava de pé. Lutando pela honra. No sacrifício, Guedes entrou no ambulatório, driblou um médico e tocou para Rodolfo, que devolveu na esquerda. O passe não foi na medida e o craque finalizou como deu, pra fora.
 
Rodolfo era só disposição no meio. Parou duas jogadas rivais e puxou os contra-ataques, anulados em seguida pela zaga vinho. Não pôde, contudo, parar Montevidéu. Di tocou para Jardel, que deixou com Javier limpar um beque e chutar colocado. Gamarra espalmou, mas Bruninho pegou a sobra e ampliou. 2 a 0.
 
A resposta celeste foi imediata. Gui Rosis iniciou a jogada na defesa. Tocou para Jonny no meio. Arai recebeu e deixou com Guedes tocar de calcanhar na medida para Zuka bater de primeira no ângulo direito e descontar para o Império. Goooooooooooooooooooooooooooooooolaço.
 
A reação não parou por aí. Corneta e Binho, suspenso, esperneavam. Zuka não se deu por satisfeito e botou pra foder. Arai roubou no meio e tocou para Guedes. Zuka, aberto na direita, pediu e chutou baixo no canto direito pra deixar tudo igual. Gooooooooooooooooool do Império Celeste: 2 a 2. 
 
Aí o jogo ficou bom. Arai deu um bico no ar pra enganar o adversário, cortou para esquerda, mas perdeu a bola para Bruninho. Arai o trombou e sorriu. Falta. Nem é preciso dizer o que o Corneta disse atrás das grades.
 
O Med sentiu um pouco os gols e diminuiu a pressão inicial. A troca de passes não ocorria com a mesma naturalidade. Jonny acertou uma pedrada no canto esquerdo e virar a birosca a favor do Império Celeste: 3 a 2.
 
Guedes ainda teve a chance de ampliar aos 17. Fez boa jogada na esquerda, driblou um proctologista e finalizou forte no canto esquerdo. Ricardo espalmou pra escanteio. Tempo técnico. Di não estava nada satisfeito com o que sucedera. Foi esporro pra todo lado. Deu resultado?
 
Guizinho tentou de cobertura do meio.
 
-        Se faz, heim! Se faz, heim! - exclamou Corneta.
 
-        Só no jogo rebaixado mesmo – lamentou.
 
 
Bola na área grená. A defesa afastou e o primeiro tempo acabou. A partida voltou ainda melhor. Rodolfo entrou forte em Javier no meio. Leal. Ganhou a jogada e tocou para Arai lançar Zuka na ponta esquerda. Cruzou para Gui Rosis, que vinha de trás, soltar a pancada por cima do gol. 
 
Fã de Rick e Renner - mais de Renner do que de Rick - lembrou os tempos de seresta, quando abria o setlist com “feiticeira” e “ela é demais”. Mas isso ficou para trás. O agora e sempre é Juca Teles. Di sabe como é que é. Puxou a jogada no meio. Tocou para Maurício Marques rolar para Fabinho chutar fraquinho. Gamarra vacilou e soltou nos pés de Javier, que não perdoou. Foi até camarada: fez um cafuné no arqueiro. Mas a bola estava na rede. Gooooooooooooooool do Med. Tudo igual: 3 a 3.
 
A Celeste não deixou a peteca cair e voltou a jogar o bom futebol da primeira etapa. Rodolfo tocou para Guedes no ataque – que tentou dar um chapéu no pediatra – mas nisso perdeu a bola.
 
-        Vamos primeiro ganhar; depois vocês brincam – gritou Binho atrás das grades.
 
Resposta do Med: Fabinho tocou para Di chutar forte no canto direito. Fora.
 
Zé saiu jogando com Gui no meio. Guedes recebeu na direita, chutou colocado no mesmo canto e pôs a celeste na frente novamente. Gooooooooooooooooooooool do Império: 4 a 3.
 
Ao contrário de outros jogos, quando o time sofreu a virada em cinco ocasiões, o Império não se afobou. Manteve a pegada, controlando a posse de bola. O Med não estava morto. Javier fez boa jogada na intermediária. Tocou para Bruninho na direita bater cruzado, rasteiro. A bola saiu à esquerda, muito próxima a trave. Javier lamentou.
 
O que foi isso? Maurício Marques tocou para Gustavo chutar colocado no canto direito. Gamarra se esticou e desviou na ponta dos dedos. Bruninho meteu a testa nela e, quando saía pra comemorar, a zaga celeste cortou em cima da linha. (A quem dou o crédito? Posta aqui no site!) Javier, na sobra, chutou forte no canto direito – a bola passou triscando a trave. Uhhhh!
 
O Império sofria pressão, mas não se acuava. Gois tocou para Zuka na ponta direita. Jardel o parou com falta. Rafinha rolou no outro lado para Guedes isolar. Um minuto depois, o craque tabelou com Gois no meio. Este tocou na direita para Zé Victor soltar o tiro no mesmo canto. Dos Santos espalmou. Uhhhh!
 
A última chance do Med foi na raça uruguaia. Javier driblou Gui Rosis no meio, Rodolfo na direita e cruzou na área. Para ninguém. A zaga afastou e a bola caiu nos pés de Guedes, que soltou a pancada no ataque. Alta demais. Fim de jogo.
 
O empate do Mulekes beneficiou o time de Aníbal e cia., que, apesar da derrota, termina a fase de grupos na liderança devido ao maior número de vitórias (6 contra 5). O time terá duas semanas para digerir a derrota – se é que foi afetado por ela – já que, como líder, folga na primeira rodada de mata-mata e agora aguarda o vencedor do confronto entre Bacana e Coringa pelas quartas de final.
 
Alguns impérios precisam tombar para se reerguer. Mais fortes, mais unidos. Só assim a glória pode ser alcançada. A celeste se despede da Ouro com a certeza de que tempos melhores virão. É o que garante Gui Rosis: “A sensação é de que dava para não ter ido. Agora é ficar esperto porque a Prata está mais forte. Mas vamos voltar. O time é unido, é todo mundo amigo”, decretou.
 
E nós estaremos lá para cobrir.
 
Ficha Técnica
 
Med Taubaté 3 x 4 Império Celeste - 9ª rodada do XVII Chuteira de Ouro
 
Gols: Peruca, Bruninho e Javier (MT); Zukauskas (2), Jonny e Guedes (IC)
 
Cartão amarelo: Gois (IC)
 
MVPs: 1 – Zukauskas (IC); 2 – Javier (MT); 3 – Rodolfo (IC)
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