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Bacana vence de virada partida marcada por lambança pra todos os lados

Que jogo foi esse? Nem sei por onde começar. Que no futebol, um minuto – às vezes, segundos – pode mudar o jogo, não é novidade. Que isso acontece com certa frequência, também não. Pode ser um contra-ataque, uma falha do goleiro, um pênalti inexistente, uma expulsão etc. Uma ida ao banheiro, porém, é algo inédito...
 
Mercenários quando chega impõe respeito, né? Kaku Samurai olhando para o horizonte é sinal de que a história não terá final feliz. Bollito de braços cruzados no banco. O que vem por aí? Iago esfregava as palmas das mãos. Sentiu o clima? Chegou o Bacana. Tranquilo até demais. A vitória ante o CAV deu moral. Por vezes, é preciso apanhar pra acordar. Foi o caso. Nem precisou de uma surra, bastou duas bofetadas pra fazer o time engrenar. Mas, engrenou mesmo? Parece que sim.
 
Mas quem começou melhor foi o Mercenários. Felipinho teve a primeira chance da partida. Bateu cruzado no canto direito de fora da área. A bola respingou no travessão e saiu. Sempre contido, só abaixou a cabeça e fechou os olhos.
 
Felipinho mandou bem pelo Mercenários, mas não foi páreo para Rômulo e seus dois gols

 O Mercenários tocava melhor a bola, mas o Bacana estava atento. Chances claras? Nenhuma. O meio era terra de ninguém. Falta daqui e dali. Houve uma a favor do Bacana. Quem bateu? Matheus Carvalho. Por quê? Não requer explicação. Foi na esquerda. Ele bateu colocado no canto direito e Alan espalmou.
 
Felipinho recebeu de Marquinhos na esquerda, cortou um beque, trouxe para o pé bom e bateu rasteiro no canto esquerdo.
 
- Ah, c* – lamentou.
 
O Bacana não deixou por menos. Matheus e Kiwi trocaram passe no meio, Ventura pediu na direita, mas quem recebeu foi Felipe Laet na intermediária, que tentou a jogada com Victor de Carvalho – que entrava por trás da zaga assassina. Kazu, contudo, aliviou. É Kazu.
 
Victor de Carvalho protegia a bola de Luiz Minici – o caçador de cobra. Dá-lhe uma. Dá-lhe duas. Dá-lhe três. Vamos parar por aqui. Não deu em nada. Paulinho levantou o braço; foi lançado. Mas antes da bola chegar, Henrique pôs pra lateral. Em seguida, ele dividiu com Noal no meio. O artilheiro caiu. O banco vermelho reclamou, mas o árbitro mandou seguir.
 
- Professor, não foi nada? - perguntou o caveira.
 
Victor de Carvalho cobrava atenção ao time.
 
- Porra! Erra passe toda hora.
 
Luiz Minici e Markinellas podiam dizer o mesmo. Erraram e cederam lateral. Victor de Carvalho cobrou na área e Kiwi finalizou por cima do gol. Uhhhh.
 
Mais soltos, os times buscavam o ataque e o jogo melhorou. A iniciativa foi do Mercenários. Paulinho tocou para Noal bater do meio. Guido rebateu, a zaga cortou, mas Felipinho, na direita, aproveitou. O garotinho tímido da Vila Matilde entrou na área e bateu rasteiro no canto direito. A bola bateu na trave e entrou. Nem assim ele sorriu. Foda-se. Bola na rede. Gooooooooool do Mercenários: 1 a 0.
 
 Bom de bola os caras. De Kazu para Minici. De Minici para Fê. De Fê para Túlio. E daí? O que ele fez? Driblou um bacana na direita, mas Ventura é macho pra cacete. Cortou pra lateral. Insistiu e recuperou a bola na sequência. Avançou e bateu colocado à meia altura. Alan foi buscar. Quando o arqueiro repôs a bola, o time cometeu falta na esquerda.
 
- Falta aonde, professor? - gritou o banco.
 
Ventura fez sinal, Napolitano, o corta-luz e Alemão bateu rasteiro no canto esquerdo. Kazu afastou.
 
Bollito entrou com garra. Até demais. Cortou Romulo com estilo e...
 
Vai arriscar do meeio?
 
- Oh, Bollito! Poupa nóis, por favor! - bricou um torcedor.
 
Cheganças fez falta na fera no meio e chiou:
 
- Não. Indicador esquerdo; pra lá e pra cá. Sete vezes.
 
Ahaahahaha também teve. Tudo no respeito. O Bacana queria o empate. Napolitano deu passe longo para Lê Leme, que chutou travado por Bollito. A bola sobrou na esquerda com Vitor Cheganças cruzar da linha de fundo. Ninguém chegou pra completar. Final do primeiro tempo.
 
Assim como no final da primeira etapa, o Bacana buscava mais o jogo. Lê Leme passou por Thiago Carvalho na lateral-direita e bateu. Alto demais. Alan pôs na área adversária, mas Felipe Laet afastou de cabeça. Pingue-pongue. Lê Leme cobrou o escanteio e Renato Ribeiro afastou. Cheganças chutou forte da direita para fora.
 
O Mercenários respondia pelas laterais. A pressão era menos, mas com este time não dá pra brincar. Iago cobrou lateral no meio e Bollito... isolou.
 
Renato Ribeiro estava no espírito. Aquele de chefe de família das antigas. Falou tá falado. Ganhou dividida contra o tanque do Romulo na defesa e sofreu a falta de Napolitano na sequência. Jogo pegado. Pra quê? Romulo chegou junto em Paulinho na esquerda e o juiz não viu. Bollito ergueu os braços:
 
- Ei, ei!
 
Renato Ribeiro fez falta em Ventura. Esta o árbitro não deixou passar. Matheus Carvalho tentou o passe no ataque com Victor de Carvalho, mas Luiz Minici cortou. Romulo insistiu. Tentou entrar na área e foi parado por Renato. O time bacana pediu falta. Juizão mandou seguir. Tempo técnico.
 
Romulo sentiu que daquela cana saía suco. Tocou no meio para Alemão, mas o passe não foi legal. Um bagaço.
 
 O Mercenários tratou de resolver a parada. Minici tocou para Felipinho na esquerda, que inverteu com Bollito, que recuou para Markinellas fuzilar por cima do gol.
 
Marcelão discutia com o árbitro, enquanto a mesária foi ao banheiro. Fodeu.
 
- Quem vai marcar as faltas? - perguntou o técnico.
 
Pergunta pontual, convenhamos, mas a verdade é que ninguém marcou. O técnico expôs, com razão, seu ponto de vista de forma contundente. Aqueles olhos esbugalhados assustaram o professor, que pediu para o técnico tomar um ar no alambrado. Perdão pelo eufemismo.
 
Romulo brigou no ataque, driblou um na área e chutou baixo, sem muita força – preciso, contudo, no canto esquerdo. A bola entrou devagarzinho na rede. Entrou. É goooooooool do Bacana: 1 a 1. Tudo igual. Ventura vibrou como um bode no cio, mostrando a camisa bege e a pança – não tão avolumada assim – pra torcida rival.
 
- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! Vamos porra! Aqui é Bacana, caralho!
 
Chupaaaaaaa!
 
Não, chupa ele não disse. Inventei pra apimentar a matéria. Não precisava. Uma combinação de cagadas se encarregaria disso.
 
A mesária voltou em meio ao fogo cruzado. Falta a favor do Bacana. A quinta ou a sexta? Ninguém sabe. Fato é que enquanto ela estava no banheiro – o que durou não mais de quatro minutos, presumível, portanto, que não se tratou de uma cagada, mas de uma mijada – ninguém marcou as faltas. A maior cagada foi do repórter, que assumiu uma função (de marcar as faltas na ausência da mesária) e não a cumpriu. Pressão dos dois lados. Guido avisara que o correto era a partida ter sido interrompida e o número de faltas computado, no momento da saída da mesária. Isso não foi feito.
 
Depois de muito blá-blá-blá, Douglas interviu. Édson, o juiz da lateral, chamou a bronca, bateu no peito e confirmou a sexta falta mercenária. Shoot-out.
 
Bollito aproximou-se da mesária e lhe disse coisas das quais é melhor abstê-las. Que isso, fera? Pegou pesado, né?
 
Erramos. Eu mais que todos. Não marcar o número de faltas é inaceitável. Mas o que foi dito é injustificável.
 
O lance foi capital. Romulo passou o pé na bola, deu um tapa nela e colocou no canto esquerdo, na saída de Alan. Bola na rede. Gooooooooooooooooooooooooooool do Bacaca. Segundo dele! Virada do Bacana: 2 a 1. 
 
Não satisfeito, mais confusão!!! O árbitro de campo inverteu um lateral a favor do Mercenários.
 
- A bola é nossa – disse Bollito.
 
- Não tem nossa – retrucou o árbitro.
 
- Que não tem o quê, Margarida – respondeu, puto.
 
A torcida tirou um sarro. O Mercenários não desistiu. Cheganças arriscou do meio. Trincou os dentes. A bola saiu. Minici sofreu falta na esquerda. E agora, foi a quinta? A sexta? Puta que o pariu. Tudo de novo. Todo mundo perdido. Não era a sexta.
 
Bacana vence a terceira seguida e já mira primeiras posições

Minici tocou para Thiago Carvalho bater da direita, Kiwi cortou. No contra-ataque, Ventura soltou a bomba cruzada da direita. Guido espalmou pra escanteio. Matheus Carvalho dividiu com Markinellas, a bola sobrou para Felipinho na esquerda, que tocou para Paulinho, na área, girar e chutar. Boa defesa de Guido.
 
A cada lance, cada jogada, reclamação. O Mercenários, embora assumisse posição ofensiva, não conseguiu esquecer a polêmica do shoot-out. O Bacana, por outro lado, também pressionava a arbitragem:
 
- Você tá deixando os caras mandarem em você – disse Guido ao árbitro de campo.
 
No último lance da partida, Ventura teve a chance de ampliar. Driblou um beque vermelho no meio e chutou colocado no canto direito. Alan defendeu. Fim de jogo.
 
Time Mercenários irado.
 
- Lixo, lixo, lixo – disse Bollito.
 
Um pouco mais contido, mas sem deixar por menos, Paulinho corroborou. Sobraram xingamentos; faltaram cartões. Ninguém punido.
 
Com a derrota, o Mercenários perdeu a liderança, caiu pra terceiro, mas segue vivo na briga pela classificação. Na próxima rodada, tem confronto direto contra o quarto colocado Arouca Jrs. Já o Bacana vai atrás quarta vitória consecutiva contra o Peneira.
 
Ficha Técnica
 
Mercenários 1 x 2 Bacana – 5ª rodada do XVII Chuteira de Ouro
 
Gols: Felipinho (M); Romulo (2) (B)
 
Cartão amarelo: Lê Leme (B)
 
MVPs: 1 – Romulo (B); 2 – Felipinho (M); 3 – Ventura (B)
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