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Em duelo equilibrado e com primeira etapa sonolenta, Bengalas acorda no segundo tempo e elimina Maciota's

O jogo prometia disputa equilibrada e de bom nível técnico, mas quase dez desfalques atrapalharam as ambições das duas equipes e deixaram uma partida decisiva com ares de monotonia.
 
De um lado o surpreendente Maciota's, que deu muito trabalho aos grandes adversários do Grupo A e acabou na quinta colocação na classificação final; do outro lado, o Bengalas, de longa história no Chuteira, e campanha atrapalhada por problemas de comportamento.
 
Com apenas um reserva de linha para cada time, o jogo começou pouco animado. A chance inicial foi de Claudinho, que bateu forte de fora da área e a bola passou à esquerda da meta de Loba. A resposta não foi rápida. O Maciota's parecia mais preocupado em se aquecer do frio do que praticar o futebol. Não que o Bengalas estivesse com gás total, muito aquém disso.
 
A bem da verdade, o primeiro tempo foi duro. Duro de assistir. Aos quinze minutos, finalmente uma boa oportunidade. Nery tabelou com Alê e recebeu passe pelo alto. O camisa 11 venceu a zaga na corrida, mas tentou arrematar de primeira e colocou por cima da meta de Bruno Nunes. Também tentando a ligação direta, Panella lançou Philip, que rolou para o camisa 14, Claudinho, testar o goleiro Loba, que se mostrou muito seguro e encaixou uma bola difícil.
 
A última e rara chance da primeira etapa nasceu dos pés de Philip, que mistura velocidade e dribles com precisão. O atacante partiu do meio-campo para a direita e cortou para o meio, soltando uma patada violenta que atingiu o peito de Loba, que bateu roupa, mas fez a defesa. Final de um primeiro tempo desastroso para duas equipes que lutam por uma vaga na Série Ouro.
 
Sem ter mais o que poupar, o segundo tempo começou antagônico ao primeiro. Os dois times se soltaram mais e as chances de gol foram pipocando, transformando o início sonolento em uma partida eletrizante.
 
No ataque, Evandro mostrou disposição pela esquerda e tabelou com Alê, recebeu na frente e bateu de primeira, buscando o canto baixo do goleiro Bruno. Para a sorte do Bengalas, a bola passou perto da trave e não desviou em nenhum jogador antes de encontrar a linha de fundo.
 
Novamente o camisa 17 do Maciota's, desta vez fazendo linha de passe com Nery e batendo com mais força do que jeito. A bola resvalou no zagueiro Wé e subiu, quase encobrindo o arqueiro, que teve que conferir a trajetória e garantir que não seria surpreendido.
 
A resposta do Bengalas veio com Philip, que ganhou bola dividida de Jerry e arrancou pela esquerda. Tirou mais um marcador com uma finta de corpo e bateu forte, mas sem direção.  Claudinho era o companheiro de ataque que ajudava na criação das jogadas ofensivas e também levava muito perigo ao gol de Loba.
 
O jogo era "lá e cá", mas as oportunidades do Bengalas apareciam muito mais por arremates de longa distância do que em jogadas envolventes, trabalhadas por dois ou mais atletas. Foi em uma dessas tabelas que Loba começou a operar seus milagres: Philip serviu Salva, que cruzou na cabeça de Guitolê, que subiu mais que todo mundo para testar para o chão, em movimento perfeito, como manda o manual. A bola quicou e já estava tomando o rumo das redes quando Loba mergulhou com os braços abertos e espalmou para a lateral. Defesa muito difícil, diante da força da cabeçada, da direção incerta que a bola tomou e da proximidade do lance.
 
O troco nasceu em jogada de falta ensaiada. Alê rolou para Ti, que bateu cruzado na área e encontrou Nery mergulhando com os pés em uma voadora para concluir. Mas a bola estava alta demais e o camisa 11 só conseguiu desviar sem muita força ou precisão.
 
Outros dois milagres de Loba aconteceram em sequência: Salva dominou pouco à frente do meio da quadra e arriscou de chapa, colocando a bola no caminho do ângulo superior esquerdo. O camisa 23 saltou e, de mão trocada, realizou uma linda ponte; no lance seguinte, novamente em jogada aérea, Guitolê encontrou espaço e subiu sozinho no meio da área, testando para o alto desta vez; Mas Loba estava impossível e, no reflexo, foi buscar a bola que novamente tinha endereço certo.
 
E quando não dava para defender, o arqueiro contava com a sorte. Ou a falta de competência. Em arrancada pela esquerda, Philip centrou para Salva, que cabeceou em cima do goleiro. No rebote, Felipe, com a 7, pegou muito embaixo da bola e isolou. Detalhe: ele estava só, de frente para a meta, com o goleiro caído. Um desastre.
 
Mas a velha máxima do futebol não se aplicou. E quem não faz, acabou fazendo. Em cobrança de falta ensaiada, Philip ameaçou bater na área e só rolou para Guitolê chegar de trás, livre, e bater entre Loba e a trave. Um gol aos 23 minutos, que poderia decretar a eliminação do Maciota's.
 
Ciente do risco, o time aurinegro foi para o ataque buscando um milagre e deixou espaços na defesa. Foi em novo escanteio cobrado com rapidez que Philip encontrou Felipe, que desta vez só colocou o pé na bola para concluir, marcando o segundo e derradeiro gol da partida. O tento da classificação.
 
O melhor jogador do Maciota's na partida, Nery, falou sobre a derrota. "Nosso time chegou muito desfalcado e sem reservas. Tivemos que nos segurar do jeito que deu. Jogamos bem, levamos dois gols faltando cinco minutos. Vamos continuar nessa pegada, porque permanecer na Prata era um dos objetivos também", analisou o camisa 11.
 
Já o habilidoso Philip promete dias melhores para o Bengalas. "Viemos sem quatro dos nossos principais jogadores. O 0 x 0 estava bom pra eles, porque, com todo respeito, nosso time tem história aqui. Infelizmente, temos que percorrer esse caminho mais longo, mas a gente vai chegar", afirmou o confiante artilheiro.
No próximo sábado, dia 31, o Bengalas enfrentará o difícil desafio, às 16h00, de bater o Kansado, uma das melhores equipes de seu grupo.

Ficha técnica

Bengalas 2 x 0 Maciota's – Oitavas de final do XI Chuteira de Prata
 
Gols: Guitolê e Felipe (B)

Cartões amarelo: Guitolê (B); Evandro e Fabinho (M)
  
MVPs: 1- Philip (B); 2- Guitolê (B); 3- Nery (M)
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