Invictus e Roleta Russa fizeram bom duelo e ficaram na igualdade em 3 x 3. A movimentada partida, porém, se tivesse um vencedor, fatalmente seria o Roletão, que foi mais incisivo em suas atitudes e levou bastante perigo à meta adversária. Thales acabou como destaque, balançando a rede duas vezes, no primeiro empate registrado no Grupo A em cinco jornadas.
O jogo começou com o Invictus propondo mais e com marcação alta. No primeiro bom lance, logo aos 2 minutos, bola com o capitão Moacyr na direita. Ele acionou Léo Chamma, lá do outro lado. Arremate por cima do gol! De novo o Invictus marcando em cima. Leandro Dias, da área técnica, gritando “sem falta, sem falta”. Seu time foi lá e... fez a falta, provocando o primeiro desespero do treinador: “Me ouve, me ouve…”.
Por ironia, na vez do Roleta subir a marcação, saiu o primeiro gol do Invictus. Moacyr recebeu passe na fogueira, mas conseguiu ganhar duas divididas, e a bola sobrou pra Marco Aurélio, que chutou da intermediária. A bola ainda desviou na zaga e morreu no canto esquerdo de Mineiro. Com 4 minutos de bola rolando. 1 x 0!
O Roleta Russa seguiu tentando responder de alguma forma, mas errava o último passe e não conseguia também conter as investidas do adversário. Aos 5 minutos, nova chance para o Invictus. Paulão acionou Marco Aurélio na meia esquerda. Ele chutou bem no canto de Mineiro, que já estava lá pra fazer o bloqueio.
Aos 7 minutos, baixa temporária importante no Invictus. Marco Aurélio, que vinha bem na partida, sentiu e deu lugar a Faustinho. O Roletão tentou visita turística ao ataque e quase foi surpreendido de forma mais que original. Na cobrança de lateral, Léo saiu dando uma cortada de vôlei na bola. Tentativa curiosa de ligação rápida com Gú, mas a bola correu mais que o atacante invicto e saiu pela linha de fundo adversária. Se vôlei fosse, seria uma paralela de respeito, pra tirar petróleo da quadra rival. Na sequência, Roleta no saque viagem e, no bate-rebate, bola de ‘cheque’ para Volt chegar no carrinho antes da marcação e obrigar Léo a trabalhar de novo.
Os roletenses conseguiram equilibrar as ações e seguiram em cima, obrigando o adversário a sair na base do chutão. Volt aproveitou a bola que voltou de graça, matou no peito — pra reclamação do adversário, que pediu mão — carregou a criança pra meia direita, mas mandou longe do alvo. O Invictus se organizou e achou duas chances de assustar o adversário um pouco. Bola na ala esquerda com Rabelo. Ele acionou Tiago, que tinha boa chance de finalizar, mas Denis travou bem e afastou o perigo.
Quase 16 minutos, Rabelo ficou reclamando de empurrão de Cenoura, no ataque do Invictus. O cruzamento acabou passando direto por ele. No lance seguinte, boa troca de passes do Roleta, que começou com Kel entortando a marcação. Ele acionou Cenoura, que tabelou com Bahia no pivô. No arremate do roleta 9, a bola se perdeu à esquerda do gol.
Kel continuou indo pra cima, tentando alguma coisa pro Roleta, quase sempre pela ala direita. Em uma das tentativas, chegou na linha de fundo, mas foi cortado por Derek. No escanteio, o próprio Kel acionou Cenoura na área. Ele subiu mais alto que a marcação, mas mandou à esquerda da meta, sem preocupação pra Léo.
Aos 18, enfim uma resposta do Invictus. Boa trama na esquerda. Léo Chamma veio buscar a bola, tocou pra Paulão, que acionou Tiago. Já na linha de fundo, no espaço curto, ele conseguiu bom drible na marcação e devolveu pro 8 invicto, que chutou forte, com destino certo, mas a bola explodiu nas costas da marcação.
Jogo lá e cá, e quase Cenoura balançou as redes aos 19 minutos. De novo jogada que começou com Kel, que acionou o atacante na entrada da área. O camiseta 9, na raça e na habilidade, primeiro usou a cabeça pra descolar um chapéu em cima da marcação. No que o goleiro veio, tomou também uma touca, mas aí o russo ficou sem ângulo e chutou na rede pelo lado de fora. Faltou pouco pro Cenoura ser o Alex do Morumbi! No lance seguinte, o castigo: Invictus pra cima, trocando passes, Léo Chamma recebeu na direita, cruzou pra Tiago que, sem goleiro, chegou caindo e concluindo a gol. 2 x 0!
O Roletão não desanimou. Aos 20, bola de novo na direita com Kel, que arriscou um chute-cruzamento, o que fosse. Léo bloqueou bem, mandando ela pra escanteio. Oportunidade de mandar a bola na área. A zaga invicta não tirou o perigo e a bola sobrou com Thiago, que não perdoou, calando a boca dos críticos! Jogador bom é assim, decisivo! Marcar em jogo de 12 x 0 pra quê? 1 x 2! Moral roleteira restabelecida!
Pós-gol e o banco do Roletão se animou às manifestações mais frequentes. “Tâmo no jogo ainda! Time deles tá pesado! Ô professor, foi sem querer, mas deixou a mão!”. Sobre essa última, o juiz da lateral do corredor ensaiou até um passo de dança, tentando mostrar que o movimento foi normal de jogo. Com os punhos colados na cintura, ele girava o quadril de um lado pro outro... Não sei vocês, mas eu nunca vi um jogador fazendo isso durante uma partida. Talvez o Edmundo contra o Gonçalves do meu Botafogo campeão de 1997!
Tempo em quadra para os jogadores ensaiarem os próximos passos da valsa. O jogo voltou com uma discussão mais que desnecessária. Um metro pra lá ou um metro pra cá, onde seria cobrado o lateral?
Aos 24, jogo! Thiago cortou o cruzamento do escanteio. Na sequência, bola no peito de Cenoura e lançamento buscando o contra-ataque ligeiro com Kel. A bola ia nele, mas subiu um pouquinho demais, tocando na rede superior. Lateral pro Invictus. Alguém tira essa rede daí, rapaz... sempre isso! Jogador tem que ficar calculando o raio da curva da bola… A gente quer é gol! Fora que seria sensacional o jogo rolando e, do nada, a bola vir de alguma quadra vizinha e atrapalhar geral. Pelo menos, aumentassem esse pé direito aí, meu chapa! Ôoo, Playball!
Os russos seguiam no ataque, levados principalmente pela dupla Cenoura e Kel. Aos 25, duas tentativas do 9. Primeiro ele dividiu e ganhou de Dennis. Na conclusão, a bola desviou na zaga e foi pra fora. Depois, ele recebeu na meia direita, girou e chutou forte. Pelo alto, pra fora do gol.
Aos 26 minutos, mais Roleta! Roubada de bola seguida de drible desconcertante praticados por Caio, que acionou Kel no ataque; ele chutou pra boa defesa de Léo, que mandou pra lateral. Na sequência, Volt recebeu na linha da meia-quadra e chutou colocado, no cantinho do gol defendido por Léo, que, profissão-goleiro, estragou a alegria do povo de novo. Bela defesa!
Ainda deu tempo de Paulão dar uma resposta. Ele foi sozinho até um pouco depois da linha do meio da quadra e bateu rasteiro no canto de Mineiro, que também não perdeu a oportunidade e caiu bem, evitando o terceiro do Invictus.
Primeiro lance do segundo tempo com vacilo do invicto Moacyr. Thales, que é moleque ligeiro, quis nem saber, roubou a bola e bateu na saída de Léo. O capitão se desculpou com a galera. Acontece.... Aliás, o camiseta 5 tinha sido o principal responsável pela construção do primeiro gol do jogo. Tá mais que perdoado. Fato é também que a vantagem construída em todo o primeiro tempo estava perdida logo no início do segundo. 2 x 2! Roleta, mais do que nunca, no jogo!
O banco dos roletenses aproveitou que eles estavam por cima da rapadura e mandou um “vai sentir agora, hein!”, tentando desconcentrar o adversário de alguma forma, enquanto Marco Aurélio, agora já recuperado, voltava ao jogo, para tentar segurar mais a bola na quadra ofensiva do Invictus.
Com o empate, o Roleta pôde esperar o adversário um pouco, ficando em posição mais confortável. Foi assim que Caio conseguiu nova roubada de bola e acionou Borna no meio, que mandou à direita do gol, levando perigo. Aos 3 minutos, vez de o Invictus roubar a bola, com Moacyr, que achou Marco Aurélio, tentando repetir mais ou menos a receita do primeiro gol. A bola desviou na zaga mais uma vez, mas saiu fraquinha, fácil pra Mineiro.
A receita que deu certo mesmo foi a russa. Aos 5 minutos, a virada, com Thales marcando de novo! Contragolpe, bola na direita pro russo 7, que chutou forte. A bola ainda bateu em baixo de Léo antes de entrar. 3 x 2! No minuto seguinte, falta dura de Kel em Gú. A arbitragem pegou o cartão no bolso, deu uma alisada nele, mas guardou de volta. Pegou o jogador do Roleta e o levou gentilmente até a barreira. Na cobrança, bola pra fora.
Quase 8 minutos jogados, novamente boa jogada dos russos. Cenoura roubou a bola no ataque, na ala esquerda, e tocou pra Kel que chegava de trás. Ele passou os dois pés em cima da bola, um de cada vez pra não cair, confundiu a marcação, que ficou vendida, tentou o gol, mas a bola desviou e foi pra fora.
O Invictus pediu tempo para tentar organizar o time. Deu certo! Aos 14, Thiago, que já tinha realizado bons cortes na defesa, se viu obrigado a fazer falta no xará sem h, que avançou rápido pela ala direita. Mini-escanteio cobrado por Léo Chamma. Rabelo chegou na área pra escorar às redes, sem chance pra Mineiro. 3 x 3!
Aos 18, a linha defensiva do Invictus virou tiro ao alvo do Roleta Russa. Caio, sozinho, gastou umas três balas ali, todas em cima da zaga. O técnico Leandro Dias reclamando muito, pro time ficar ligado na segunda bola.
Tempo pro Roleta, mas quem voltou levando perigo foi o adversário. Dennis, aos 22 minutos, recebeu a bola na direita do ataque, tentou o chute quase na ponta da área, por cima, mas com perigo. No minuto seguinte, resposta russa. Bola no meio com Borna, que matou bem, chutou e obrigou Léo a boa participação. Depois, cobrança de falta de Caio, da quadra defensiva. Thales tentou um desvio, mas Léo estava esperto e mandou pra escanteio. Fim de jogo com o Roleta propondo mais e o Invictus se segurando.
Mais uma boa chance para Cenoura, pela esquerda. Ele tentou o gol, e ela, teimosa, explodiu na trave. A arbitragem apontou 2 minutos de acréscimos, para desespero do Invictus. Aos 26, Cenoura, sem ângulo, tentou mais uma. Léo defendeu bem e o Invictus conseguiu, enfim, se organizar de novo na quadra depois de alguns minutos acuado. Os comandados de Leandro Dias ainda tentaram uma subida pro ataque. Um dos juízes apitou falta em cima de Rabelo, mas o outro queria o fim de jogo. Como os cronômetros já marcavam 27 e meio, foi fim de papo mesmo! Empate em 3 x 3!
Ficha técnica
Roleta Russa 3 x 3 Invictus – 5ª rodada do XVII Chuteira de Bronze
Gols: Thiago e Thales (2) (RR); Marco Aurélio, Tiago e Rabelo (I)
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