Antes que a patrulha cibernética do século XXI denuncie o título desta matéria - sob alegação de blasfêmia ao “maravilhoso e totalmente íntegro e honesto” Hino Nacional dos Estados Unidos do Brasil – é bom deixar claro: a culpa foi do GalataSarrei ao aplicar uma surra no Ipiranga pelo placar que desmantelou a sociedade em 2014: o famigerado 7 x 1. Destaque para Alex com três tentos (ou ‘hat-trick’ à atual juventude desvairada) na etapa final.
No empate na estreia, ficou claro que os galatassarristas brigariam por uma vaga na fase final. Mostraram bons valores e queriam seguir adiante com o plano. Então a saída dada para Chalita fazer prejuízo à trave – vai precisar de tinta após o chute da meia-quadra – dava pistas da objetividade vista durante todo o match. Já o Ipiranga se segurou com Jotape, Alemão, Finha, Eichen, Luck e Pit por 4 minutos - tempo exato do início que resultaria em goleada.
Gusta rompeu pelo centro aproveitando contra-ataque rápido e assustou Thigas. Trinta segundos se passaram e Mitev fez lançamento mítico para o pivô Diego abrir na direita até Thiba e receber a assistência dentro da área para completar! 1 x 0! Mais 30’’ e os galatassarristas já estavam trocando passes para Gusta mandar o cruzado! 2 x 0! (Uma informação aos que estavam em quadra pelo GalataSarrei: o banco inteiro os cornetou por essa troca de passes (ouviu-se um “para de ficar girando” antes do gol inclusive)).
A tranquilidade obtida manteve o time de PH no controle do game, tanto que Chalita arriscou em falta pela direita para ver se aumentava a fatura – uma vez que os ipiranguistas descolaram uma falta pela direita aos 11’ e Loje soltou a perna esquerda para descontar! 1 x 2! Parecia que teríamos um jogo até a entrada de Alex (daqui a pouco falaremos mais sobre este rapaz), já que o lençol dado pelo próprio Loje para Chalita se cobrir durante os 2’ obrigatórios de descanso poderia ter rendido o empate na cobrança que foi na barreira.
Um outro panorama na Arena Chuteira de Ouro 6 momentaneamente. As equipes passaram a alternar criações e destruições de jogadas. Aos 13’ Thiba surgiu de frente para Thigas, que operou seu milagre do dia! No minuto seguinte a resposta de Finha, acionado na direita para mandar cruzado e rasteiro, mas pela linha de fundo. A partir de então entraram as destruições e o excesso de faltas do Ipiranga que deixaram a equipe pendurada por pelo menos 5 minutos.
A etapa inicial alcançava o 20° minuto e a trilha que embalava a peleja era Seek & Destroy. Só Metallica na veia para explicar tantos maus tratos à gorduchinha. Inclusive, Leme deu na cara do companheiro Marcus Vinicius sem dó! Calma, leitor(a): foi uma bolada na tentativa de afastar o perigo vindo do Ipiranga! O relógio apontava para 22’ e, aleluia, uma parada técnica pedida pelo GalataSSarrei – até porque a tabelinha de Marcus Vinicius e Biro antes em nada resultou em tento.
A reta final teve: um bate-rebate danado até Pato chutar de longe ao encaixe de Thigas; Loje respondendo por cima do arco; saída errada atrás para Marcus Vinicius chutar mascado e Xima não completar. O intervalo era uma benção – à espera do elemento que mudaria todo panorama.
Diminutivo de um dos maiores nomes da história – Alexandre, o Grande. Homônimo de um dos maiores jogadores da história do Brasil, fazendo história no Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe. O GalataSarrei apresenta ao Planeta Chuteira de Ouro o grande Alex!
Antes o Ipiranga tinha dado seu último suspiro de colocar pimenta na comida alheia: De La Torre recebeu em contra-ataque e arriscou de pé esquerdo, mas só arrancou um “Boa” de um torcedor que ficaria desiludido com Alex sentando a botina na bola para Thigas dar rebote e Leozin fazer 3 x 1! Igual ao início da 1ª etapa, os galatassarristas mataram o confronto em seguida. Culpa do Alex: pela ala esquerda ele foi levando e, despretensiosamente, mandou o pé direito para fazer o melão explodir na rede do ângulo oposto! 4 x 1! Um simples “Baralho” vindo do banco de reserva traduz a pintura!
Atordoado, o Ipiranga levaria o 5 x 1 ainda com 5 minutos, quando o lateral da direita encontrou o pé direito de Alex – aí foi bater de primeira no canto esquerdo! No entanto, o embate caiu prontamente num marasmo. Ficou fácil para ninguém produzir boas ações até os 8’ - quando Diego completou de cabeça para fora um lançamento. No minuto seguinte Loje pegou o próprio rebote de uma falta e arrancou do meio para a esquerda, mas bem cercado atirou para fora. Aos 12’ foi a vez de Chalita provar por que é escolhido MVP ao travar Finha na bola em contragolpe ipiranguista promissor! (Nem vou contar que o galatassarrista 3 tirou outro doce da boca adversária no minuto seguinte...)
O GalataSarrei aumentou quando Lupera e Thigas se emocionaram pelo lado direito da defesa. A falta foi girada, girada, girada, girada, girada... até o lado esquerdo para Biro fazer 6 x 1! Mais 30 segundos e Loje tentou descontar na raça, com Mitev dando rebote para Luck acertar Marte! Mais 30’’ e a prova de que nada mais entraria na meta galatassarrista: após uma boa trama (impossível descrever o monte de passes dados), Mitev estava fora do gol e Loje cacetou, mas a cara e a coragem de Xima em cima da linha prevaleceram!
A reta final ainda foi animada. Típica pelada do churrascão da firma quando a Covid-19 não era nem sonho. Kleber tomou atrás e mandou rasteiro no canto para Thigas salvar a escanteio! Mais tarde ninguém queria chutar, até Loje arriscar de longe mas acertar o Shopping Bourbon. De La Torre ainda ganhou um prêmio especial no final – uma saída mais cedo para evitar aglomerações, além de uma folga na próxima rodada – mas não avisou os amigos: com um a menos por 2 minutos, ficou fácil para Alex fechar o 7 x 1 e sair como o ‘Rei do Brasil’ de quadra!
Ficha técnica
AE Ipiranga 1 x 7 GalataSarrei VC – 2ª rodada do Grupo B da VII Copa Estrelato
Gols: Loje (AEI); Diego, Gusta, Leozin, Alex (3) e Biro (GVC)
Cartões amarelos: De La Torre e Lupera (AEI); Marcus Vinicius, Diego e Leme (GVC)
Comentários (0)