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4 x 0 do Nóis Que Soma sobre o Mercenários na final da Prata jamais será esquecido


A atmosfera já era atípica antes mesmo do início do jogo decisivo do XIV Chuteira de Prata. Tudo – as arquibancadas lotadas como nunca, a velocidade da organização para deixar a quadra 14 pronta, o semblante dos jogadores que aqueciam no campo no campo ao lado, o tempo assustador (vinha chuva por aí!) – conspirava para a criação de um clima de grande clássico.
 
A final entre Nóis Que Soma e Mercenários foi, realmente, um grande evento. Não só pela história das duas equipes – que se confunde –, mas também pelo que aconteceu dentro de quadra. Chegando como franco atirador, o Mercenários impôs seu futebol na primeira etapa, mas desperdiçando muitas chances. Só na segunda que o Nóis Que Soma encaixou, deu o show o qual estamos acostumados a ver e construiu um aterrador 4 x 0, coroando um ano perfeito.
 
Tanto Bollito quanto Marquinhos optaram por ficar à beira do campo, coordenando suas equipes que, no mais, entraram com força completa. Sob provocações da torcida rival, o Mercenários começou um pouco recuado. Vindo com liberdade da defesa, Paolo arriscou de fora e criou o primeiro lance de perigo do jogo; um desvio levou a bola para escanteio.
Aparecendo mais uma vez como elemento surpresa e sem marcação, o camisa 6 arranjou passe para Felipinho, que não conseguiu finalizar da forma que quis. O Nóis Que Soma ainda não engrenara, mas a postura do adversários nos minutos iniciais facilitava o trabalho. Após cruzamento de Felipinho buscando Luiz Fernando, Tulio por pouco não fez contra.
 
Duelo entre os técnicos Marquinhos e Bollito para ficar na história

Da meta, Alan cobrava uma marcação pressão; Kazu, no banco, parecia ansioso para entrar. Aos poucos, o Mercenários começou a respeitar menos o adversário e Thiaguinho deu grande passe nas costas da zaga para um Teus que passava de foguete e que, justamente por isso, não finalizou da maneira adequada.
 
Na medida que a partida se equilibrava, o Mercenários ia dando suas beliscadas, enquanto o Nóis Que Soma chegava com Paulinho, municiando ora Neres, ora Markinnelas; nas duas ocasiões, seus companheiros erraram os arremates.
 
Lá pelos 15 minutos surgiu uma indicação de que Deus talvez estivesse do lado do Nóis Que Soma: após jogada em velocidade de Teus, a bola ficou para Thiaguinho, que arriscou rasteiro, mas forte. A pelota bateu na trave, nas costas de Tinho e dançou sob a risca do gol, sem entrar, entretanto. Felipinho não teve a mesma sorte no lance posterior, quando recebeu bolão de Neres, mas batendo para o gol muito fraco, ainda que em condições.
 
Pelo Mercenários, a esperança residia em Dri Ferreira (acima), destaque do time na competição;
do NQS, o meio de campo era o destaque de sempre e Markinnelas (abaixo) tinha a missão de parar o ataque verde


O tempo ficava cada vez mais nublado e, para piorar, uma ventania atentava contra as vistas dos jogadores e árbitros. Ainda assim, o Mercenários seguiu apostando nas transições rápidas. Teus, após boa jogada de Dri Ferreira interceptada pela defesa de Luiz Fernando, concluiu cobrança de falta em dois tempos e obrigou Tinho a se esticar para evitar o gol: a bola iria no cantinho, certeira. O revide veio pouco depois, quando Paulinho desceu o pé contra a meta de Alan, cobrando falta sofrida por Gleissinho. O goleiro foi buscar.
 
O fim do primeiro tempo se aproximava, mas o número de faltas – em 4 x 4 aos 20 minutos – preocupava as duas comissões. Mesmo com o cuidado, as chances de gol continuavam a sair. Pelo Nóis Que Soma, Pedro Paulo e Paolo levaram perigo – no lance do segundo, que cortou da direita para o meio e bateu, o goleiro Alan teve que fazer grande defesa.
 
Mas a reta final estava mais para o Mercenários. Após desarme limpo mas contestado de Maciel, o xerife encontrou Fabrício na faixa esquerda: o camisa 13 foi para cima, mas ao invés de servir um companheiro que adentrava livre a área, optou pelo chute, fraco.
 
Chuva caiu durante quase todo o tempo e deixou a partida mais tensa

A melhor chance do Mercenários, contudo, veio no último lance antes da parada: Dri Ferreira conseguiu escapar da marcação e foi mágico ao colocar Thiaguinho cara a cara com Tinho. Mas o goleiro saiu muito bem e defendeu usando o peito ao fechar o ângulo do rival, que ainda ficou com a sobra. Thiaguinho tentou de novo, mas Gleissinho surgiu e afastou o perigo. O Mercenários saiu para beber água ciente que poderia ter construído algo melhor, algo que custaria caro.
 
A bola voltou a rolar acompanhada pela chuva, que logo se converteu numa verdadeira tempestade. Apesar da dificuldade extra, o Nóis Que Soma parecia mais ligado e Pedro Paulo fez boa abertura para Dezinho bater de chapa, assustando Alan. A quadra ficava escorregadia, mas Luiz Fernando seguia vencendo todas enquanto jogava mais recuado. Já Felipinho teve boa chance em falta frontal, mas bateu em cima de Alan, que defendeu sem maiores dificuldades.
 
A equipe já ia se ajeitando quando o pênalti que originou o primeiro gol saiu. A marcação suscitou dúvidas: após enrosco com seu companheiro Alan e o rival Dezinho, Thiaguinho acabou causando a queda dos três. O juiz apontou o cal e deu amarelo para o camisa 7. A chuva também contribuiu para a confusão no lance, visto que uma poça conteve a bola, confundindo os jogadores. Paulinho não estava nem aí para isso, chamou a responsa e bateu firme, no canto direito. Alan acertou o lado e quase pegou, mas o 1 x 0 estava feito.
 
Script armado: saiu o primeiro gol, adversário teve de sair para o jogo e vieram  mais 3 sapecos no contra-ataque

“Não pode perder a cabeça”, era a palavra de ordem no Mercenários, mas a bola já começava a escapar dos pés dos jogadores com uma facilidade não vista na primeira etapa. Uma parada técnica não surtiu efeito sobre a equipe e, aos 12, em um contra-ataque supremo puxado por Felipinho, Pedro Paulo aumentou o placar. Destaque para a saída rápida do camisa 10, que realizou inversão perfeita para o companheiro colocar a bola no único canto disponível entre Alan e a trave.
 
A chuva, aos poucos, diminuiu, mas o gramado seguia matreiro. Não para Luiz Fernando, que, em uma das raras vezes que subiu à área rival, realizou bela tabela com Pedro Paulo. Ambos invadiram a área e o maestro do Nóis Que Soma optou pelo passe para o camisa 18 marcar seu segundo. Que golaço de equipe! 3 x 0! A torcida lá fora não se aguentava e já soltava o grito de campeão. O Mercenários sentira o golpe, mas ainda apostava em uma reação.
 
Tulio, após receber lançamento da retaguarda, teve boa oportunidade de diminuir imediatamente, mas foi afoito na finalização, isolando. Dri Ferreira fez a sua parte servindo Marcos, que disparou, mas Tinho defendeu com os pés. Quando com a bola, o Nóis Que Soma administrava muito bem o tempo. Pelos espaços, o quarto gol ia se desenhando, como quando Guto bateu rasteiro e cruzado, mas com perigo, deixando Alan alerta.
 
Um lance curioso foi o da expulsão de Kazu. Gleissinho, aproveitando a marcação mercenária já frouxa, visto que o time se lançava ao ataque, apareceu diante do marcador, gingou, deixou ele para trás na corrida e tomou o trança pé por trás antes que concluísse. A bola entrou, mas o tento não valeu porque o juizão marcara falta do defensor, que tomou o vermelho de cara. Saiu sem reclamar.
 
Bollito é festejado pelo time pouco antes de receber a taça de campeão do XIV Chuteira de Prata

A cobrança originou o último gol do Nóis Que Soma: de Paulinho a bola foi para Neres, que jogou para Gleissinho finalizar dentro da área. 4 x 0! Agora não havia mais escapatória. A vaca mercenária já havia ido para o brejo e a torcida do Nóis aclamava Bollito e abusava da criatividade. Uma das canções conclavama: “somos o Nóis Que Soma/ não pagamos salário/ sou tetracampeão/ nunca fui rebaixado”. A festa estava armada.
 
Vamos ver do que o time de Paulinho, Luiz Fernando e Felipinho vai ser capaz de fazer contra os times da Ouro ano que vem. O mesmo vale para o Mercenários.
 
Campeão e vice-campeão receberam a taça do grande Douglas Almasi

Ficha técnica
 
Nóis Que Soma 4 x 0 Mercenários – Final do XIV Chuteira de Prata
 
Gols: Pedro Paulo (2), Paulinho e Gleissinho (NQS)
 
Cartões amarelo: Uber (NQS); Thiaguinho (M)
 
Cartão vermelho: Kazu (M)
 
MVPs: 1 - Luiz Fernando (Nóis Que Soma); 2 - Pedro Paulo (Nóis Que Soma); 3 - Felipinho (Nóis Que Soma)
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