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Julio, o homem do jogo, marca na prorrogação e leva Séloco à inédita disputa da semifinal da Aço

Séloco e Leões do Brás travaram um dos duelos de tirar o fôlego das quartas de final da Série Aço. As equipes foram parelhas até o último minuto do tempo regulamentar e levaram a decisão para a prorrogação. Júlio foi decisivo para levar o Séloco para uma inédita semifinal em sua curta história. Piero, debaixo do gol, foi outro que só faltou fazer chover.

Decisivo de novo: Julio, que mais parece um jogador de tênis alemão, tem sua chuteira engraxada pelo time

A partida foi iniciada em ritmo eletrizante. Os jogadores do Séloco mostraram-se atentos desde a entrada em quadra e foram para cima do Leões, tanto que marcaram em alguns segundos. Em menos de dez segundos, o esquadrão triangulou pelo lado direito do campo e cruzou para entrada de Júlio na área, que só completou de perna direita para abrir o placar para o Séloco.

A partir do gol, a equipe iniciou a tática que tem dado certo nas últimas rodadas: a defesa de Giorgio, capitão do Séloco, encurtou espaço para que os leões não conseguissem trabalhar a bola no campo de ataque, uma das características do time de Caio Diniz e cia.

A maior preocupação do Séloco tinha nome e números: Berga, 21 gols no campeonato. O atacante estava ligado, pronto para achar uma brecha e arrematar para o gol. De tanto procurar, encontrou esta brecha, mas não imaginaria que do outro lado da moeda estava Piero, arqueiro que vem ganhando destaque durante o campeonato inteiro. Era o duelo entre o MVG e o MVP da Série Aço. No primeiro lance entre os rivais, Piero se sobressaiu. O atacante do Brás recebeu livre pela esquerda, chutou cruzado e Piero se esticou para jogar para a lateral do campo.

O Leões não sentiu o baque do gol logo de início e pressionou fortemente o Séloco, que se manteve em uma postura defensiva, com os 6 jogadores de linha no campo de defesa. O curto espaço para produzir jogadas no ataque obrigou o Leões a atirar de longa distância. Piero tinha de estar atento a todo o momento. Mel conduziu a bola pelo meio-campo e, quando todos esperavam uma assistência do craque da camisa 10, ele arrematou um tiro forte ao gol. Piero se deitou para espalmar novamente para a lateral.

A pressão do Leões era tanta que o Séloco cederia o empate a qualquer momento. Aos dez minutos, a defesa se atrapalhou. Berga veio de trás como quem não quer nada e disparou um tiro pro gol de perna esquerda, surpreendendo Piero, que não esperava o chute forte do centroavante, igualando o placar para o Leões. 1 x 1.

A eficiência do time do Brás foi tão grande que, após 50 segundos, novamente Piero foi batido, só que desta vez por Marcos Vinicius. Após saída errada da defesa do Séloco, ele aproveitou pelo lado direito e acertou um chute no alto, sem chances para o arqueiro. Era a virada. Enfim o Leões deslancharia, como previam quase todos do lado de fora?

Com a virada, o Séloco tentava se reencontrar, mas a defesa não se entendia na saída de bola. Com isso, Julio, o homem de referência no ataque, recuou um pouco e tentou partir com a bola dominada do meio. Mesmo com essa mudança de posicionamento, o Leões continuava bombardeando o arqueiro Piero, que teve de se virar para que a diferença de um gol não virasse uma catástrofe para o Séloco.

Xuxa, arqueiro leonino, puxou contra-ataque rápido para o time de preto e laranja, lançando a bola para Berga, que, com toda a habilidade, fez belo drible para o meio, abriu passe na esquerda para Marcos Vinicius, que chutou cruzado. Piero foi inteligente e saiu em cima do atacante para diminuir seu ângulo.

Artilheiro e eliminado: observado por Caio Diniz, Berga briga pela bola para fazer um dos seus 3 gols na partida

Em mais uma chance de empatar, Berga recebeu aberto na esquerda livre, mas no momento da finalização, o centroavante foi travado por Vitor Gallego que, de carrinho, afastou o perigo para a linha lateral.

Como a partida estava bastante disputada, quem ousasse ficar um pouco mais tempo com a bola no pé era caçado pelos defensores rivais, que não perdiam a viagem. Assim, o Séloco encontrou uma oportunidade de marcar. Calderaro, quando se lançava para o ataque, segurava a pelota no pé até a chegada de um marcador adversário para cavar uma falta perigosa. Em uma dessas tentativas, no fim do primeiro tempo, o camisa 10 do Séloco deixou o corpo para que o defensor do Leões chegasse por trás e o derrubasse. Na cobrança de bola parada, Júlio acertou a bola em cheio e a engavetou no ângulo direito do goleiro Xuxa, sem chances para o grandalhão. Novo empate, agora em 2 tentos.

Na segunda etapa, os times, com o placar igualado, tiveram que sair mais para o jogo para tentar tudo nos 25 minutos finais. E quem começou a embalar as jogadas de ataque foram os guerrilheiros do Leões, que partiram para o  ataque com Mel, chutando no contrapé de Piero, que defendeu com a ponta da chuteira.

Pelo lado do Séloco, a equipe apostou em troca de passes rápida, girando sob a zaga adversária, e foi o que a fez chegar ao terceiro tento na partida. Giorgio, Monicão e Calderaro trocaram passes pela direita do campo. O camisa 10 cortou o marcador para a perna esquerda e chutou no alto, imobilizando Xuxa na jogada, que só assistiu a bola morrer no fundo do gol.

O Leões não deixou barato e Berga tentou, após cobrança de escanteio. O centroavante pegou em cheio de perna esquerda, mas Piero foi de encontro com a bola em uma ponte de se ver somente em cinema e espalmou para escanteio novamente.

Nas jogadas de escanteio do Séloco, todas as atenções foram redobradas a Júlio, pela alta estatura. Mas não é só ele que vinha aproveitando as jogadas pelo alto. O pequenino Calderaro mostrou pela segunda partida consecutiva que, se não ficarem de olho no camisa 10, ele se aproveita da jogada. Calderaro foi lançado no escanteio no primeiro pau e surpreendeu toda a zaga do Leões marcando de cabeça, ampliando o placar a 4 a 2.

Com toda a euforia pelo placar, o Séloco comemorava o quarto tento sem parar e os leões usaram toda a malandragem que tinham e aproveitaram o momento eufórico do adversário para sair rapidamente e pegar a defesa do Séloco totalmente exposta. Berga teve o caminho livre para conduzir a bola pela esquerda e chutar cruzado no contrapé de Piero para diminuir a vantagem do adversário.

Os jogadores leoninos se mandaram de corpo e alma para o ataque, para levar no mínimo a partida para a prorrogação. Mel, que normalmente vem com a bola de trás para arriscar de longe ou dar assistência para quem está no ataque, encontrou Berga no meio. Ao receber a assistência, este retribuiu a jogada para Mel, que disparou uma bomba à meia altura na esquerda de Piero, que foi buscá-la com as pontas dos dedos.

Equipe do capitão Giorgio encorporou o canto dos estádios: raça e vibração fazem um time de guerreiros

Entretanto, no último minuto de jogo, veio o castigo ao Séloco por se plantar totalmente no campo de defesa. Berga novamente recebeu de costas para o gol, girou e bateu de perna esquerda no canto direito da meta de Piero. Ela morreu dentro do gol, para delírio da plateia feminina do Leões, sempre presente em suas partidas. Com o gol, não tinha mais pra onde correr e as emoções finais da partida estariam prometidas para a prorrogação.

No total, foram 5 minutos de bola no chão de um total de no máximo 10. Ambas as equipes se respeitando dentro de quadra, mas em uma brecha da defesa do Leões, Gallego roubou a bola no campo de defesa, disparou em alta velocidade pelo meio, tentou finalizar para o gol, mas foi travado pela defesa. A bola sobrou no pé do craque Júlio, sozinho, livre e cara a cara com o goleiro Xuxa. A categoria do camisa 4 falou mais alto. O centroavante deu um totó por cima do arqueiro, que ficou totalmente vendido no lance. Gol. Era o gol de ouro, o gol da classificação do Séloco para as semifinais. A galera explodiu na comemoração, jogando-se uns sobre os outros em um montinho amigo.

O Leões, que já tem o acesso garantido à Série Bronze, se despede amargamente do campeonato com esta derrota. Tido como favorito ao lado do Primatas, ficou mais uma vez num mata mata antes da final, como foi nas duas participações em Taça da equipe. Já o Séloco, o antigo Família EDL, só que refigurado, mostra que sua maior força vem de dentro, do coração, da vontade que colocam em campo e vibração. Terão teste complicado contra o velho parceiro e conhecido Primatas, de quem tiraram o acesso antecipado na fase de grupos ao empatar em 2 x 2.

Ficha técnica

Séloco 4 (1) x (0) 4 Leões do Brás – Quartas de final do II Chuteira de Aço

Gols: Júlio (3) e Calderaro (2) (S); Berga (3) e Marcos Vinicios (LdB)

Cartões amarelo:  Decicco e Nando (S); Caio Diniz (LdB)

MVPs: 1 – Julio (S), 2 – Calderaro (S), 3 – Berga (LdB)
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