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Não importa quanto Mercenários e Nóis Que Soma falem e discordem, ambos estão ligados maternalmente até a morte


O mundo dá voltas e parece sempre retornar para o ponto inicial, o âmago da questão, o ventre materno. Há um ano e meio o Mercenários vivia sua maior crise – debandada de 9 jogadores durante o mata mata da 17ª edição da Ouro. O resultado foi a eliminação e um ano patinando sem sair do lugar. Parece que enfim Marquinhos e cia. encontraram seu caminho e trilharam-no sem grande alarde. Ninguém ali jamais escondeu que o sonho era voltar à elite do Chuteira. Mais ainda: conquistá-la após estar tão perto naquele fatídico maio de 2014.
 
Do outro lado, o Nóis Que Soma surgiu da união de 9 jogadores que se debandaram de outro que tinha tudo para chegar a uma decisão de Ouro. Sim, o Mercenários foi uma espécie de barriga de aluguel para o nascimento do NQS. Sem julgamentos para o que rolou internamente, fato é que o time recém nascido já veio com a áurea de campeão sobre a cabeça. Surgiu e logo no I Chuteira 5 tratou de conquistá-lo. Repetiu a dose na Aço e na Bronze, sempre com campanhas próximas do impecável (quem quiser saber mais pode ler a matéria de Raul Simões sobre a trajetória do time aqui). Na Prata, mais do que esperado que chegasse onde está – na final – e também que seja campeão. Afinal, o time não parece fadado ao sucesso desde seu início?
 
Nesta final da Série Prata, que ganha ares de epopeia por colocar frente a frente dois times cuja semente é a mesma – irmãos siameses, descolados em determinado momento. Distintos entre si, mas irmãos. Da costela do Mercenários nasceu o Nóis Que Soma. Um de cada lado, seguiram seus caminhos que quiseram os deuses do society se bifurcassem na final da divisão. Alguém que conhece a história das equipes não queria essa final?
 
Na frieza do papel, no contorno gélido dos números, o Nóis Que Soma leva imensa vantagem. Mas, tal qual na final da Ouro, em que um time amplamente favorito e 100% enfrenta outro de menor técnica, há um elemento que pode fazer toda a diferença – a rivalidade, o desejo de desforra.
 
É preciso dizer em alto e bom som e já avisar a todos – a desforra deve ser apenas dentro de campo e jogando futebol. O que passar disso será punido. É claro que quem olha essa final entre Mercenários x Nóis Que Soma pensa imediatamente em Marquinhos x Bollito. Se a amizade acabou e ambos apontam que os laços que os uniam foram desfeitos para sempre, eu digo com a maior tranquilidade do mundo que ambos estão tremendamente errados! Vocês estão ligados maternalmente para todo o sempre que vossas equipes existirem! Caso assim não fosse, vocês não estariam almejando tanto essa final, que nada mais que o reencontro após aquela fatídica separação! Só quem tem laços muito fortes anseia tanto por um reencontro como esse.
 
Irmanados pelo futebol, pela rivalidade, pelo desejo de mostrar ao outro que pode ser mais que o outro pensa (bem coisa de irmão), Mercenários e Nóis Que Soma farão a partida mais épica e esperada do Chuteira. É capaz que tecnicamente não seja a maior, mas a história e o futebol sabem transformar pouco em muito, o menor dos conflitos em grandioso, portentoso, épico. A epopeia de Mercenários e Nóis Que Soma, de Marquinhos e Bollito, agora em lados opostos (para quem não se lembra, eles foram campeões juntos no Mercenários da 8ª edição da Prata), terá seu primeiro grande poema narrado neste sábado. Tudo indica que novos capítulos virão na Série Ouro no futuro, mas a primeira delas, a Ilíada do Chuteira, a pedra inaugural, será escrita agora.
 
Que os jogadores entrem em quadra com o espírito grandioso de guerreiros como Aquiles e Heitor. E que saibam, no calor da vitória, discernir e experimentar o sabor doce real da glória em detrimento do sabor pérfido da vingança.
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