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Na coluna de número 100, Douglas Almasi dá voz e homenageia todos aqueles que fazem do Chuteira de Ouro o... o Chuteira de Ouro!

 
A primeira edição da Contra-Ataque, de setembro de 2017, veio com o título “À primeira vista!” (releia aqui). Noventa e oito colunas depois, a edição histórica 100 será feita por personagens que ajudaram a movimentar a Liga Chuteira de Ouro F7 de lá até hoje. Senhoras e senhores, as reflexões dos últimos seis anos são todas de algumas pessoas que realmente fazem o espetáculo!
 
Marcos Vinicius Freire Ghisloti (Astúcia - 2017 até hoje)
 
O que é Transformação? Qual o objetivo dela? No meu entender, não é um objetivo, mas sim um meio para alcançar um objetivo, para se chegar onde deseja. A transformação está muito ligada à mudança, mas para isso ocorrer são necessárias algumas coisas muito importantes: reflexão, questionamento e diálogo, por exemplo. No dia 6 de maio deste ano, enquanto descansava no banco de reserva diante do confronto com o Pervas e conversava com o capita Bruninho, uma cena nos chamou a atenção: na quadra ao lado, uma discussão com xingamentos entre um jogador e um árbitro. A gente se perguntava o porquê daquilo. Tenho certeza que nenhum dos dois saiu de casa para isso, mas aconteceu. Isso tem sido frequente em diversas partidas.
 
Uma vez ouvi uma frase e acredito nela: "Um insulto, um desrespeito, diz mais sobre quem o faz do que sobre quem recebe". Então a reflexão e o questionamento servem para conseguirmos enxergar e julgar se estamos agindo e fazendo as coisas corretamente, e assim começar a pensar em mudanças para evoluir, se transformar.
 
Outra ferramenta para a transformação é o diálogo. Conversar com colegas de time, com jogadores de outras equipes, com juízes, mesários, organização e colocar suas ideias e questionamentos e tentar entender outros lados é uma forma de crescimento para todos. Essa transformação já é vista nos times dentro do Chuteira de Ouro. Começando pelo próprio Astúcia, que já mudou e se transformou muito desde sua criação em 2015. Essas transformações foram muito importantes para nossos acessos e para conseguirmos compreender melhor nosso time. Óbvio que queremos ser campeões, ganhar todos os jogos, mas esse não é o principal objetivo e, sim, ir jogar todo sábado, competir, se divertir e ficar na resenha comendo nosso frango à passarinho. Vejo que outros times também têm essa resenha pós-jogo, como o Real Madruga, Rabisco, entre outros.
 
A Liga Chuteira de Ouro vem se transformando nos últimos anos, já não tem alguns times históricos como Nois Que Soma, Mulekes, que decidiram encerrar suas atividades; outros conseguiram se transformar e continuam na liga, como Roleta Russa, Acidus, Basicus e outros times jovens que vêm surgindo, como Vendetta, Loloverpool e várias outras equipes que ficarão muito tempo jogando e disputando títulos, mas em algum momento terão que refletir e se transformar para seguir evoluindo.
 
Bom, creio que já tenha filosofado bastante sobre essa mutação constante que nos transforma. Então, vamos continuar nos transformando, transformando nossos times e transformando o Chuteira de Ouro.
 
Gabriel Menin (O’Hara -2017; Olimpo – 2017/18; IMZT – 2018/19 e 2020; Del Porto – 2019; Sagace – 2021; Los Borrachos Juniors - 2021 até hoje; Estrela Verde - 2022 até hoje)
 
Disputar/viver o Chuteira de Ouro é algo apaixonante, não apenas pela competitividade que encontramos nele (fator importante, mas não determinante), mas por todo o contexto envolvido (esse sim o “prato principal”). Como contexto, me refiro às incontáveis manhãs, tardes e, algumas vezes, noites que passamos lá, vivendo o torneio. As amizades e rivalidades (saudáveis) que fizemos e faremos ao longo de todo o caminho, juntamente com os jogos simultâneos e seguidos que vemos todos os sábados, criam uma atmosfera que não vivenciamos em nenhum outro lugar. Atmosfera essa que eu, particularmente, não encontrava desde os tempos de Clube Esperia, onde cresci jogando e acompanhando futebol todos os finais de semana, durante quase 10 anos. Eram os jogos de campeonato interno, seguidos pelos jogos de federação e, muitas vezes, as caravanas com três ou mais categorias para enfrentar algum outro clube “fora de casa”.
 
No Chuteira de Ouro, como bom camiseiro que sou (são cinco ou seis times desde 2017 quando comecei minha trajetória na Liga), tenho bons amigos em diversas equipes, inclusive naquelas que não joguei (ainda) (risos). Dessa forma, ir para o Chuteira de Ouro, aos sábados, se torna, literalmente, o programa do dia, fazendo um ou dois jogos e acompanhando alguns outros mais (sempre fazendo jus à famosa turma do amendoim do meu Palestra).
 
Enfim, são 6 anos de Chuteira e espero que ainda tenha muitos outros pela frente (quem sabe igualando ou ultrapassando os anos de Esperia). Muitos amigos, muita resenha, muita cerveja e poucos títulos, com pouco futebol (risos). Grande abraço, Menin (atualmente nos Borrachos, mas até quando?).
 
Matheus Gonçalves Furtado (La Coruja – 2017/18; Sanjamaica - 2018 até hoje)
 
Desde 2018, a rapaziada de São José dos Campos decidiu adotar e incluir novos rituais em suas mais variadas rotinas. Da mobilização de carros e caronas de quem sai da região do Vale do Paraíba às negociações com cônjuges pelos finais de semana em função do time. Estes rituais mudaram a dinâmica e a vida pessoal dos jogadores, formando e solidificando laços de amizade ao longo desses cinco anos de time.
 
A preparação se inicia na estruturação do plantel que vai competir na temporada. Ali já começa uma apreensão e torcida para que o elenco se fortaleça com jogadores que agreguem no campeonato e na resenha. Quando saem as datas de início da maratona de jogos já mobilizamos o calendário da família, namoradas/torcedoras, feriados, e se intensificam também os treinamentos. Cada um com sua preparação.
 
Durante o campeonato o “ganha-pão” vira um hobby, e a profissão é Atleta do Sanjamaica (já disse isso no meu trabalho). O estudo da tabela, chances de classificação e acesso direto, revanches com times que já jogamos, e confrontos, são informações que sempre tentamos usar de forma útil dentro do campo. Além disso temos os famosos rituais pré e pós-jogo: chegar com uma hora de antecedência; permanecer após o jogo, no bar, independentemente do resultado; mandar áudio de, no mínimo, 5 minutos (podcast) no grupo contando os lances do jogo para aqueles que não puderam participar; xingar quem errou lateral, discutir as possibilidades táticas e técnicas do time e, obviamente, cornetar as opiniões da imprensa no Planeta Chuteira e nas reportagens dos jogos durante a semana.
 
Os rituais vão se criando - se construindo - e é bom ver os amigos e companheiros que estão evoluindo ao nosso lado nesta jornada. A gente sabe que um dia vai acabar (depois dos 30 a idade pesa), mas quer que dure o máximo possível. Todo final de semana, colocando a chuteira e uniforme na mochila, penso: “É sempre isso! Mas hoje tem que dar Sanjamaica de novo!”, e assim o ritual do Chuteira de Ouro reinicia seu ciclo.
 
Fernando Rossi Lameiro (Kiwi SP - 2019 até hoje)
 
Dei uma bela pensada, falei com os moleques, estava pensando numa linha de o que o Chuteira de Ouro representa pra gente. Querendo ou não, a gente formou um grupo muito forte, assim, de amizade, né? Óbvio, tem pessoal de outras faculdades, mas o nosso grupo é assim, tipo, bem unido, enfim. Vai ser um negócio que a gente vai levar para a vida inteira, e graças ao campeonato, mesmo com pessoas passando pelo time, o importante é que a base se foi mantida e o grupo sempre está junto em tudo. Seja viagem, aniversário etc., tá todo mundo sempre junto.
 
Leandro Dias (técnico de Invictus - 2014 até hoje -, 2’Toks – 2018 -, e Fúria ZB – 2023 até hoje)
 
Graças às atuações de nossos governantes, responder que “sim” à pergunta “você é uma pessoa política?”, se tornou constrangedor e, por vezes, por um sentimento de culpa ou vergonha. Embora seja muito raro conhecermos alguém que não seja político. Politicagem é outra coisa. Politicagem é usar o sistema ou o todo em benefício próprio. Ser político é saber a sua responsabilidade no relacionamento e no comportamento perante outras pessoas e sociedade ou grupo.
 
O produto de nossa atividade sempre será maior que nossa atividade. A vitória está acima do desempenho. O gol acima da construção e da movimentação, e aí tudo bem. Defender seu brasão, federação ou empresa é o produto de nossas atividades aos sábados.
 
Mas, no fim - ou no decorrer do dia -, se atente ao seu lado político. Certeza de boas histórias, troca de conhecimento e boas risadas. E, por favor, sem politicagem.
 
Matheus Mazzo (jornalista na Liga Chuteira de Ouro F7 desde 2019)
 
Antes de começar, preciso ressaltar que é um grande prazer escrever para essa coluna, lendária dentro do universo chuteirense. Acompanho os relatos de Dodô sobre o mundo do Chuteira de Ouro desde outubro de 2019, data de minha entrada na Liga, como repórter. De lá para cá, tive a oportunidade de conhecer muita gente e aprender bastante sobre a competição. A grande verdade é que o campeonato é cativante não apenas para os jogadores e espectadores, mas também para a imprensa. Com frequência, após o expediente, costumo me envolver em conversas com os jornalistas Antônio Lemos, Rafa Burihan, e outros colegas, como Lucas P. e Dodô, para discutir o que aconteceu ao longo do dia nas outras divisões e compartilhar expectativas para as próximas rodadas.
 
Fico ansioso para assistir certos jogos, e assim como a maioria dos times, faço as contas e atualizo mentalmente a tabela conforme os resultados acontecem ao longo do dia. Lembro, por exemplo, de um final de semana em 2019, onde abri mão de retornar mais cedo ao meu lar para poder assistir (e escrever a matéria, posteriormente) o jogaço de bola entre Fora de Série x Bacana. Na ocasião, as duas equipes, que estavam na Série Prata, foram à última rodada brigando ponto a ponto pela vaga direta na Ouro. O duelo terminou em 4 x 4, com o FDS conquistando o acesso. Foi um jogo que me marcou.
 
Também dedico espaço para citar as amizades e boas conversas que aconteceram ao longo dessa jornada no Chuteira. Já tive ótimos papos sobre as mais variadas divisões do Chuteira de Ouro, com craques como Chiaroni, Sartori, Gabriel Barcellos, Tiago, Pina, Marquinhos, Menin, Matsuda, Caio Manoel, Caio Nunes, Rodrigo Barath e tantos outros! É sempre um prazer essa troca de ideias, onde mostro um pouco do lado da imprensa e aprendo com os atletas sobre como eles enxergam a Liga, além de expressarem suas felicidades/frustrações em momentos de título ou derrota.
 
Acredito que tudo isso só é possível graças ao diferencial do Chuteira de Ouro: a comunicação e a atenção dedicada a todos os times, independentemente de sua divisão. Onde quer que ocorra uma partida, sempre haverá um repórter pronto para presenciar e transmitir de forma fiel o que aconteceu durante os 50 minutos do confronto. Permitam-me falar em nome de todos os repórteres: é extremamente gratificante receber elogios de jogadores que leram um texto sobre seu time e afirmaram que estava ótimo, compartilhando-o com pessoas de fora do clube. Isso é apenas um dos muitos motivos pelos quais o Chuteira de Ouro é tão cativante. Que tenha uma longa vida, assim como o Contra-Ataque.
 
Gabriel Mendonça Gomes Souza (Futsamba – 2013/14; AAA – 2015; Mulekes – 2016 e 2021; Catado – 2016/19; Torce Contra – 2022 até hoje)
 
Chuteira de Ouro, que muitas vezes pode ser de Prata, Bronze ou até mesmo de lata, não importa, porque o que é mais significativo é a mudança de um dia, a ansiedade para que um dia da semana chegue, e esse dia é o sábado. 
 
Hoje, meus sábados têm outra função. Sábado e dia de estar com os amigos e fazer o que a gente mais ama, que por incrível que pareça, não é beber e sim jogar bola. 
Começa que, só de reunir as pessoas que você gosta para fazer algo, de alguma forma já é sinônimo de felicidade, e é por isso que vem a importância de um dia, de um sábado, de um campeonato, pois passamos a semana toda ansiosos para sermos felizes. Incompreensível para muitas pessoas, menos para nós, que sentimentos na pele. 
 
"Existe vários campeonatos de sábado e por que esse é tão especial?". De alguma forma nos sentimentos estrelas, pois queremos estar nas matérias, queremos ser reconhecidos pelos corredores, queremos ganhar nossos prêmios e isso alimenta nossa imaginação. Faz a gente viver nossos sonhos, pelo menos um pedacinho dele, por isso esse campeonato se tornou tão especial para os participantes, porque vivemos pedaços dos nossos sonhos e estamos com nossos amigos fazendo algo que amamos. Talvez a fórmula mágica da felicidade está aí. 
 
Quem participa nunca mais quer parar, quem vence quer vencer novamente, e quem perde quer uma segunda chance para dar a volta por cima. Vivendo um pedaço dos nossos sonhos, com quem gostamos e fazendo o que mais amamos.
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