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Amadurecimento de Real Migué e Kiwi, aliado à permanência de Zona Nossa, não devem fazer a Prata a nova terra desabitada como foi a atual Bronze

Seria surpresa caso o Real Migué fosse à final da Prata 26 com direito a acesso à próxima Série Ouro. Sem desmerecer o excelente trabalho desenvolvido por Guto, Biel, Alê, Chris etc. desde 2019, revertido em semifinal prateada cinco anos depois - lembrando que o RM ainda pode herdar vaga dourada caso haja desistência de alguma equipe que possua esse direito por critérios técnicos -, mas o Cacildes de Ramos entrou na Liga Chuteira de Ouro F7 em 2022 pronto para jogar a Ouro. Chegar a esse estágio era o curso natural. A hipótese de o CR ficar na Prata, sem nenhuma chance de subida, deixá-lo-ia como único favorito na edição seguinte. Porém, com a turma de Biel, Pelé, Orelha, Léo Rinaldi, Lolo, Viola, Rafinha, entre outros cacildistas, se colocando no devido patamar, deixou os prognósticos para a Prata 27 - primeiro semestre de 2024 - num equilíbrio de forças sem precedentes. Se a atual edição da Série Bronze vai acabar sem um grande favorito, será a "terra prateada" a próxima a oferecer vagas para favoritos. Sim, ainda é muita especulação, mas o cenário imaginado hoje não fugirá muito da realidade que se concretizará a partir do próximo abril. A não ser que haja alguma reformulação geral em elencos – para nível Série Ouro, óbvio.

A readequação da Liga Chuteira de Ouro F7 aconteceria justamente nesse período do tempo (2023-24), e isso era consenso há dois anos. O vácuo principal ocorreu nas passagens de Panela e Cacildes de Ramos do Chuteira 5 à Série Bronze por necessidade técnica da organização do torneio. Ninguém esperava o Tirinhas Rocontec - campeão da Aço 16 - se desligando da LCOF7, por exemplo.

O buraco qualitativo entre divisões vem sendo preenchido degrau por degrau.

Quando os paneleiros venceram a edição 13 do Chuteira 5 sobre os cacildistas, ambos pularam a Série Aço para encontrar Zona Nossa, Real Migué, Plata o Plomo, entre outros, e deixar a edição 22 bronzeada extremamente forte. O efeito dominó atingiu a Aço 17, vencida pelo Bicho Solto sobre o La Barca (equipe formada por jovens promissores como Adamo, Matheus e G10). A diretoria do BS, à época, foi competente ao trazer para seu elenco parte dos jogadores da USV - a única força do XIII Chuteira 5 que ameaçou Panela e CR. A Aço 17 foi equilibrada tecnicamente, sem nenhum favorito até se desenhar os caminhos daqueles playoffs. Diferente e semelhante ao mesmo tempo ao caso do Fúria ZB na atual Bronze, sendo a distinção somente o fato de decidir o título contra uma equipe experiente, o Sanjamaica.

Se destaquei a atual Bronze como uma terra desabitada aqui (relembre aqui), começo a projetar a próxima Prata após as definições serem escancaradas, exceto quem será o campeão, Entre Amigos ou Cacildes de Ramos. Esses dois partem para a próxima Ouro juntos a Midfielders e Panela (vencedores dos Grupos A e B respectivamente). Vão, sem deixar um herdeiro. Começando pelos dois semifinalistas eliminados: Kiwi e Real Migué. Estiveram a um passo de concretizar o desejo de 9 entre 10 chuteirenses de jogar a Série Ouro. "Estragariam", no bom sentido, a rivalidade sadia estabelecida entre Cacildes de Ramos e Panela. Permanecendo na Prata, serão ainda mais exigidos por boa parte da opinião pública para serem, no mínimo, semifinalistas novamente. Pelos legados, é possível que até conquistem a taça. Porque não se visualiza nenhuma potência entre todos que participarão da festa prateada.

Desceram da Ouro 32 Cachorro Velho, Interativo e Real Madruga. O primeiro tem a questão se irá ou não permanecer mais uma temporada atuando nas divisões ou se migra para o Chuteira Classic. Por puro palpite, creio que vão encarar a Prata 27. Por essa indecisão - além de outras que poderão se tornar até em desligamento da LCOF7 na Ouro e na Prata - ainda não é possível cravar que acontecerá um confronto direto entre Cozinha da Villa x Madureira pelo último acesso disponível neste semestre, da Bronze 23 à próxima edição à qual proponho uma reflexão quanto ao futuro não tão distante nesta coluna. A questão do Interativo é como se dará a reformulação prometida pelo presidente do time, Arthur Neris. Já o RM deverá voltar com reforços pontuais para tentar recuperar um prestígio abalado recentemente com uma semifinal seguida de um rebaixamento na Ouro. São três boas equipes, mas nenhuma se mostra acima da média.

A turma vinda da Bronze 23 chegará sob desconfiança da maioria esmagadora dos remanescentes prateados. Nem os finalistas Fúria ZB e Sanjamaica, muito menos o vencedor do Grupo B Ou Não, se mostraram capazes de alcançarem prestígio tal qual times como Avaí Xurupita e The Homer, que vêm subindo meteoricamente, e Cacildes de Ramos, Panela, Zona Nossa. Inclusive, caso paneleiros e cacildistas tivessem jogado a Aço 17, fatalmente estariam na atual edição bronzeada. Pode crer que a final - também vencedores de grupos - seriam eles a ocuparem os postos. Não teria campanha fantástica do FZB, final inédita para os sanjamaicanos, grupo vencido pelo ON pela primeira vez em sua história. O XXIII Chuteira de Bronze foi o mais equilibrado dos últimos tempos. Só que não servirá de parâmetro pra quem subiu à Prata.

A divisão prateada tem algumas singularidades. Nela, por exemplo, já está definido que uma equipe só terá sucesso se começar a jogar com mais sabedoria para lidar com todos os elementos de um jogo: taticamente, questão de relacionamento com a arbitragem, tecnicamente, entender que o respeito às hierarquias da divisão é necessário (o Zona Nossa aprendeu isso da pior forma ao parar nas quartas pro Kiwi) etc. Outra particularidade é que a maioria, conforme já aventado, faz um esforço fora do comum pela taça prateada e por uma vaga na elite chuteirense ao mesmo tempo. Tem também como característica a adaptação aos tamanhos de quadra. Até a Série Bronze, os times atuam quase 95% da competição nas Arenas Chuteira de Ouro, a famosa "quadra pequena/menor". Os Estádios Chuteira de Ouro são reservados para as Séries Ouro e Prata, pela ordem. Isso quer dizer que há um hibridismo para os prateados: alternam entre "quadra maior" e "quadra menor" a cada rodada. É justamente o domínio dessa dualidade que faz uma equipe fora do comum se sobressair. Cacildes de Ramos, Panela, Avaí Xurupita e The Homer, por exemplo, são considerados fora de série justamente por jogarem da mesma forma vencedora nos dois tamanhos de quadra. 

Ou Não, Sanjamaica e Fúria ZB (além de ou Cozinha da Villa ou Madureira, podendo ser até ambos) chegam para reencontrar o Plata o Plomo, que alcançou as oitavas de final em sua primeira incursão prateada. O que Bruno Jarra e Rafa Gil e outros históricos platistas notaram: seus físicos, aliados à maturidade, dariam a combinação perfeita, mas era necessário também reforços pontuais e muita estratégia para se segurar neste semestre na Prata. Vai criando casca na divisão e sai em vantagem em relação a quem sobe ou desce. Sim, porque quem vem da Ouro, sofre. O Soberanos confirmou essa tese neste semestre. O ritmo de jogo é outro, e a soberanada demorou a se readaptar.

Ficou gente boa na Prata, mas nenhum é o Godzilla. O SPQSF dispensa apresentações quando o assunto é a divisão prateada, assim como Acidus, Olimpo e Só Quem Sabe. Todos competentes, mas não chegam nem próximo de alcançarem façanha como a do Torce Contra na Série Ouro: será a quarta decisão seguida pro bicampeão na principal divisão, igualando o feito do pentacampeão dourado Nois Que Soma entre 2016\17.

Espera-se uma campanha de segurança do É o Centro Mané, mas serão raras as pessoas a colocarem a trupe que conta com Ribas, BC, Gordo, entre outros, como sério candidato a qualquer coisa boa na próxima Prata - a não ser que aconteça um preenchimento no elenco semelhante ao Entre Amigos. Enfim, você notou que título da Prata 27 já está em jogo. E, o da Prata 28, idem, com a configuração a se imaginar nas divisões para o primeiro semestre de 2024.

Nosso nome tem valor – Com a goleada de 5 x 1 sobre o Divino, o Torce Contra chegou até a sua quarta decisão de Série Ouro seguida, igualando o recorde que pertencia ao Nois Que Soma, conforme levantado nesta coluna. Trata-se de um feito sem precedentes da turma dos irmãos Dener e Renan Germano, que estão na principal divisão da Liga Chuteira de Ouro F7 desde 2018 e confirmam uma dinastia vista somente, na última vez, no próprio pentacampeão dourado NQS.

 
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