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Equilíbrio marcou o duelo de idas e vindas no placar; no final, ninguém saiu do lugar

Era jogo bom, decisivo. O Império precisava do resultado pra se livrar do rebaixamento e, quem sabe, beliscar uma vaga entre os seis. Situação semelhante à do TáLigado, que com a vitória entraria na briga, mas caso fosse derrotado ficaria com uma pulga atrás da orelha. Não só pela tabela, o duelo entre os craques também prometia: Guedes x Lukinhas, Zaidan x Eduardo, Pirata x Zukauskas. E não ficou só na promessa. Intenso desde o início, com idas e vindas, emoção não faltou. No final, seis por meia dúzia. O empate não foi bom pra ninguém, mas também não apagou as pretensões de ambos. Fica comigo que o jogo foi bom. Saca só:
 
A torcida celeste chegou fazendo farra. O momento não era dos melhores, mas o time vinha jogando bem. Então, o que faltava? Foi isso que a reunião durante a semana se dispôs a responder. O resultado dela, segundo Corneta, seria determinante ao time: é matar ou morrer.
 
Menos, Corneta. Menos. Não precisa deste drama todo. O time precisa, sim, de vitórias, mas se ela não vier agora, e se a equipe continuar atuando como vem, elas virão. Pode ter certeza. E por que elas estão escapulindo, então? É alguma coisinha ali que não está encaixando. Detalhe. Um pingo no i. Pingo que faz a diferença e, para o azar do time celeste – e pela competência dos adversário –, ele vem decidindo contra o Império. Mas isso pode trocar de lado. 
 
A recíproca é verdadeira, quem diria o TáLigado. O time levou duas viradas na temporada. A primeira na estreia e a segunda na última rodada, quando o time abriu três gols de vantagem no líder Mulekes. Assim como o Império, mesmo nas derrotas o time não vinha mal.
 
Então, eram dois peões disputando a mesma donzela. E a briga foi boa, ô se foi.
 
- Vamos, Império - gritou Eduardo antes do juiz apitar.
           
Quando a bola rolou, o Império fez o de costume: tocava a bola. Na defesa, Edu e Jonny trocavam passes, sem pressa. Guedes pedia jogo na esquerda. Capitão não fugiu da responsa.
 
- Vem, vem. Toca e vai.
 
Rodolfo preferiu o passe para Arai – que também não é gato manso – na direita. O felino chutou forte, mas para fora.
 
O Império tomava a iniciativa. Rodolfo cobrou lateral na área. Zuka era a fera que pedia. A zaga, porém, afastou.
 
- No alto, porra! - lamentou Zukauskas.
 
A torcida celeste já cobrava:
 
- Ô, Guedes! Ô, Guedes! O time tá muito nervoso.
 
- Ô, Jonny! Acalmo o time aí, meu!
 
O TáLigado apertou a marcação no meio e também buscava o ataque. Dennis tocou da defesa para Gabriel Pirata, que puxou para esquerda e bateu rasteiro no canto direito. Gamarra caiu e ficou com ela. Arroyo insistiu pela esquerda. Mesmo marcado por Arai, conseguiu finalizar. Contudo, o chute não saiu legal. A resposta celeste veio com Guedes. O craque acertou um pepino do meio. A torcida se assanhou. Pow! A bola explodiu a trave esquerda e saiu. Só pra acordar a galera!
 
Ele insistiu pela esquerda. Inverteu com Edu – que chegava a mil. Antes dele, porém, Egídio cortou pra lateral. Na sequência, Zukauskas e Pirata dividiram no meio. A bola subiu e o juiz deu lateral a favor do TáLigado. O atacante não gostou.
 
- Nem pegou em mim – resmungou.
 
Jonny segurava a marcação. Arroyo não teve vida fácil. No mano a mano, não ganhou uma.
 
Empate acabou sendo ruim para as duas equipes, que seguem fora do G-6

Pima aproveitou a sobra no meio e bateu prensado pela defesa. Escanteio. Eduardo cobrou e Zukauskas, de cabeça, pôs pra dentro. Goooooooooooooooooooooool do Império: 1 a 0.
 
O banco pedia seriedade. A sina de levar viradas atormentava Binho.
 
- Tá 0 x 0, hein! - gritou.
 
O TáLigado não deixou barato. Egídio acertou lindo chute da entrada da área. A bola explodiu na trave direita e voltou nos pés de Pirata – que teve tempo de dominar, mas na hora de guardar, isolou. Bateu muito embaixo na gorda. Assim, ela não gosta. Subiu muito.
 
- Ahhhhh - lamentou.
 
Egídio baixou a cabeça e a sacudiu. Três vezes, de um lado para o outro.
 
Era lá e cá. O TáLigado corria atrás do empate; o Império queria mais um. E foi atrás. Rômulo bateu firme do meio. Leo Voador segurou. No contra-ataque, Chiarella chutou cruzado. Não pegou legal. Na sequência, Zé Victor fez falta na direita em Zaidan. A sexta. Shoot-out.
 
- Vamos, Zaidan.
 
Compenetrado, o craque pensava na morte da bezerra. Não, claro que não. Era a bola quem ele mirava. Uma história de amor e traição. Dois tapas nela. Gamarra saiu. Ele bateu forte no canto esquerdo. Uhhhhh. Saiu por pouco. Muito pouco.
 
E o TáLigado continuou pressionando. Lukinhas e Pirata trocaram passe na esquerda. Pirata entrou na área, mas foi parado por Jonny – o seringueiro desalmado que não precisa ser protagonista pra mostrar seu valor. Pelo contrário, é maior por não querer ser o melhor. Gui também ajudava na marcação. Às vezes, com falta. Vale. Vale muito. Em outras, na bola. Numa dessas, ele ligou o ataque com Guedes na esquerda, que bateu firme, rasteiro, no mesmo canto. Tá vendo o valor do feijão com arroz? Guedes é craque; pôs na rede. Disso ninguém duvida. Mas se não fosse a roubada de bola de Jonny... O que vale é que o Império balançou. Goooooooooooooooooooooool do Império. É de Guedes. Cerrou o punho na comemoração. Dois socos no ar. Expressão fechada, feito um touro quando entra no coliseu. Vibração contida. Sensação de dever cumprido? Não. Não, ainda. Muita bola pra rolar...
 
No lance seguinte ao gol, Leo Voador fez falta dura em Zé Victor e levou o amarelo. Reclamou com Fischer e sugeriu que o árbitro enfiasse o cartão no c*, segundo o próprio professor. Daí foi vermelho. Zaidan brigou com o arqueiro:
 
- Tomar no c*. Todo jogo faz merda.
 
Gabriel Pirata, improvisado, foi para o gol. Final do primeiro tempo.
 
No primeiro lance na volta do intervalo, falta a favor do TáLigado. Lukinhas cobrou alto no canto esquerdo, a bola desviou na barreira e enganou Gamarra. Goooooooooool do TáLigado. Mãozinhas para o alto feito um passarinho. Não de qualquer espécie. Um pardalzinho de limeira. Aquele que quando menos se imagina, voa. Sorriso estampado na cara.
 
Binho cutucou Fischer:
 
- Vamos deixar o jogo rolar. Não marca qualquer faltinha, não. Só as mais fortes.
 
Agora gostei. Futebol de macho. Entrou no campo tem que ir para o pau. Guedes sabe como é. Tocou na direita para Zé Victor – o homem que manda botar na conta, não paga e ninguém tem coragem de cobrá-lo. O cunhado que todos querem ter. Foi com tanta vontade que saiu com bola e tudo pela linha de fundo.
 
Zaidan tentou jogada individual pela esquerda. Gui Rosis roubou e tocou para Guedes no meio, que deixou com Zukauskas na direita. A bola quicou uma vez e o matador concluiu. O chute saiu mascado e Pirata defendeu com os pés. Arroyo fez falta em Jonny, no contra-ataque. Guedes pediu o cartão:
 
- Parou o contra-ataque! Cadê o cartão?
 
Ficou por isso mesmo. O Império pressionou. Zukauskas finalizou e Pirata espalmou. Do outro lado também tem goleiro. Duas boas defesas. Dennis pela esquerda e Lukinhas do meio. Dois tiros. Ambos no alto. Gamarra buscou as duas. Corneta gostou:
 
- Boa, Gamarra! Ele pega demais. Não tem jeito.
 
Aí foi Gois quem entrou na brincadeira. Acertou um bico do meio. Alto. Voltou pra ajudar a zaga. De carrinho, parou a jogada de Dennis. Mas no lance que se seguiu, Zaidan chamou a bucha. Chutou rasteiro da esquerda – não se sabe se foi uma finalização ou um cruzamento, tampouco importa. O que vale é que Lukinhas – o docinho de coco da vovó Cacilda, o netinho que sempre inicia a oração nos almoços dominicais – estava lá. Entre a zaga, só empurrou pra dentro. Tudo igual. 2 x 2. E agora, Império?
 
O jogo ficou melhor ainda. Guedes e Lukinhas dividiram no meio. A bola sobrou para Arroyo. O capitão chegou junto e fez falta. Fischer, rigoroso, arrancou o amarelo do bolso. Guedes não concordou.
 
- Para de reclamar, Guedes, c* - gritaram Corneta e o assistente que, sinceramente, desconheço a graça, mas é tão corneteiro quanto.
 
O negócio do Império é atacar, né!? Ganhando ou perdendo, o time parte pra cima. Foi o que fez Rodolfo. Contudo, ele demorou pra finalizar e irritou Jonny:
 
- Chuta, c*!
 
No lance seguinte, a virada. Nakano tocou para Zaidan na esquerda – que bateu forte no meio do gol. Pow.
 
Cadê, cadê?
 
Na rede. Goooooooooooooooooooool do TáLigado. Vira-vira pra cima do Império: 3 x 2. Por que será que Corneta e o amigo cochichavam no alambrado?
 
- Aí, não falei. Não falei?
 
Pergunta que soa como afirmação. Seguida de indignação:
 
- P* que o pariu – resmungou Corneta.
 
Ficar bom, largar a muleta e entrar em campo pra ajudar os companheiros, nada. Até lá, mete a boca no trombone, corneteiro! Mas não joga a toalha, não!
 
Rodolfo e Zaidan trombaram na direita. Dividida normal de jogo. Zaidan caiu. Rodolfo pôs o pé na coxa do rival. Cartão. Amarelo? Não, vermelho. C*! Zaidan também levou o dele. Levantou-se resmungando:
 
- Filho da p*, não peguei nele.
 
Vermelho também. Os jogadores deixaram o gramado indignados. Rodolfo não parava de reclamar no alambrado. Ninguém soube o paradeiro de Zaidan. É daqueles que gosta de refletir sozinho.
 
Guedes tratou de animar o time, que perdia e precisava muito do resultado. Soltou a bomba da esquerda. Pow! Na trave! Binho apoiou:
 
- Vamos, Guedes. Nossa hora é agora.
 
O Império reagiu. Gui Rosis acertou um tiro cruzado da direita no ângulo. O que foi isso? Num primeiro momento, nem os companheiros vibraram. Foi na trave? A bola entrou? Sim, ela entrou. No ângulo. Bateu e voltou. Um golaço! Tudo igual outra vez: 3 a 3. O Império foi buscar.
 
Arroyo fez falta em Gui Rosis. Pressão celeste. Dá pra virar? Pima tocou na intermediária para Jonny chutar. Saiu pelo alto. Nakano e Jonny se pegavam na lateral. Disputa boa, sadia. Rodolfo puto:
 
- Agora não é falta, viking? - ironizou ele o nórdico Fischer.
           
Outro bico do meio. Dessa vez de Jonny, à meia altura, no centro do gol. Pirata espalmou.
 
- No chão, c*! No chão ele não pega - gritou Corneta.
 
Não havia mais tempo. Jogadores se cumprimentavam na saída do gramado. Arroyo apertou a mão de Gui Rosis. Time celeste na bronca com Fischer:
 
- Pelo amor de Deus, né, Fischer! Duas faltas alí que...
 
- Faltou critério – disse Edu.
 
- Você expulsou meu jogador sem ele ter feito nada – reclamou Binho.
 
Para Gui Rosis, o time reagiu bem, mas ainda falta um pouco de experiência. “Somos um time jovem. Na Prata, você erra e ainda dá pra recuperar; na Ouro, não. E estamos errando.” Realista, o autor do gol do empate disse que a próxima rodada será decisiva à equipe. “Vamos ver no próximo jogo se vamos brigar pra não cair ou, quem sabe, beliscar uma vaga no G-6, mas acho difícil”, consentiu.
 
E o duelo não será nada fácil. Pela frente o SNG, uma posição acima na tabela e também neste impasse: G-6 ou Prata? Já o TáLigado, uma posição abaixo da zona de classificação e duas acima do rebaixamento, encara o quarto colocado Coringa.
 
Ficha Técnica
 
TáLigado 3 x 3 Império Celeste – 6ª rodada do XVII Chuteira de Ouro
 
Gols: Lukinhas (2) e Zaidan (TL); Zukauskas, Guedes e Gui Rosis (IC)
 
Cartões amarelo: Chiarella (TL); Guedes e Pima (IC)
 
Cartões vermelho: Leo Voador e Zaidan (TL); Rodolfo (IC)
 
MVPs: 1 – Jonny (IC); 2 – Lukinhas (TL); 3 – Gui Rosis (IC)
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