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Menino levado da breca Dany Steinle não deu chances ao FMC; técnico Vitão promoveu estreia do goleiro Bizu. “Pega muito”, garantiu o boa praça da lei

Bigode foi calçado no meio, mas não contou com a atenção do árbitro Marcelo, que ignorou o lance a favor do adversário. Em seguida, Bellão abusou da vontade e acertou Renato na lateral. Neguitinho trocou de lado em vista de melhor sorte alcançar. Somada a índole, deixou um marcador para trás e disparou o chute cruzado sete palmos à direita do delírio.
 
O arqueiro Diniz aconselhou o professor a desempenhar seu trabalho com mais afinco. Mal contava ele, porém, que a reação da justiça seria mandá-lo para o banco – o que atiçou os demais justiceiros a formar um círculo ao redor do árbitro com o intuito de entender a razão da atitude radical. Dom Marcelo explicou que as ofensas proferidas eram de baixo calão e, provavelmente, desagradariam sua progenitora. O argumento foi prontamente rebatido pelos ouvintes, que levantaram a hipótese do espetáculo ter se convertido em culto religioso. A prosa só terminou com um gol desprovido de euforia.
 
Os dois são amarelos. Distingue? Colete verde para o Mostarda. Bizu improvisado na meta do FMC. Que isso? Lá no ataque, Marquinhos por pouco não abriu o placar. Goleirão viu a viúva passar à direita e se benzeu. No outro lado, Bellão cobrou escanteio na cabeça de Dany e vibrou. Mostarda na frente.
 
Nova derrota, nem "São Bizu" salva o FMC; Mostarda mostra que vem para brigar de novo

Bigode é líbero. Avança só quando tem certeza de que a cabra está prenha. Marquinhos pegou no meio, girou para a direita e bateu em baixo da bezerra. Alta demais. Bizu gesticulava. Vociferava palavras em um idioma pouco popular, talvez celta. Apesar de não compreender a morfologia das frases dissipadas, a postura do time agradava o quebra-galho. Cabral avançou pela lateral esquerda e chutou baixo para ver no que ia dar. Polito rebateu.
 
Quando pressionada, a defesa amarela cedeu. Lilo aproveitou e rolou para a conclusão certa de Dany no canto direito. Era o segundo do Mostarda. Sem tempo a lamentar, o FMC foi buscar. E no lance que se sucedeu, Neguitinho cerrou os punhos ao acertar o tiro na meta e descontar.
 
Provocações vindas do alambrado tinham como alvo Bizu.
 
– Se chutar é gol!
 
No que ele retrucou, foi testado. O arremate veio da intermediária e o arqueiro não decepcionou. Bellão cobrou o escanteio nos pés de Gui Simão, que mandou de primeira no travessão. A triangulação do ataque Mostarda desnorteava o rival. Gabri inverteu na ponta esquerda para Lilo, que tabelou com Dany e só não concluiu porque sofreu falta. Biel ajeitou, Gabri bateu e Bizu defendeu.
 
Neguitinho roubou a bola de Gabri no ataque e insistiu na jogada mesmo tendo a camisa puxada. Chutou em cima de Polito e desperdiçou a chance de empatar. Bellão saiu jogando em velocidade com Gabri na defesa. Gui Simão recebeu na ponta esquerda e deixou com Dany, que bateu cruzado e só não comemorou porque um beque amarelo salvou em cima da linha.
 
Bigode foi calçado na intermediária. Marcada a falta, esticou a musculatura do maxilar. Bombonati justificou a alcunha nas costas de Marcelo, que tentou se esquivar sem sucesso na linha de fundo. No outro lado, Gabriel vacilou. Perdeu a bola e Lilo ficou de frente com Bizu. A bola veio rasteira e balançou a rede no centro do gol. 3 x 1.
 
O FMC tinha dificuldade em criar diante da marcação em sua linha defensiva. O jeito era arriscar de longe. Foi o que fez Renato Leme de cabeça baixa. A última tentativa da primeira etapa saiu à esquerda do gol de Polito.
 
Diniz chegou e assumiu a meta resguardada por Bizu. Sinal de que bons tempos estavam por vir – aqueles quando uma ida a Sergipe custava dois dias de trabalho e com sobra para duas doses de Campari e uma tigela com meia dúzia de lambaris sem espinho. Renato Leme insistiu de novo. Aproveitou o bocejo do adversário e com muito esforço conseguiu empurrar a gorda até a linha em que divide os lados – de onde tentou o improvável e mandou a puta parir.
 
Devido à participação verbal no embate, Dany ouvia gemidos vindos de fora das quatro linhas que o acusavam de surto existencial por estar na condição de atleta cobiçando a de legislador. Sem aprofundar-se nos pormenores da acusação, o desportista tratou de fazer o que lhe incumbia. Contudo, não pôde prever a chegada de Thigas – que jamais lhe ocorreu que fosse um ladrão de ofensivas. E quando o faisão viu Neguitinho aberto na ponta esquerda, não hesitou. Agachou e torceu para que algo de virtuoso saísse daquelas chuteiras verde bebê. Frustrou-se.
 
Dois minutos depois, Biel cobrou lateral e viu o árbitro assinalar reversão. A falha culminou na abertura do diálogo unilateral com dois torcedores rivais, que se estenderia por oito minutos ininterruptos.
 
Dany e Bombonatti trocaram olhares pouco afetuosos, após cruzamento da esquerda com destino à área mostarda que, em função do ataque pouco exitoso do rival, a bola cruzou a linha de fundo a duas léguas do paraíso.
 
De modo a constar nos autos, o autor do gol melancólico foi o capitão Cabral. E 3 x 2 para FMC nenhum botar defeito.
 
Na próxima rodada, o Mostarda encara o La Coruja, enquanto o FMC vai atrás dos primeiros pontos contra o Voando Baixo.
                                          
Ficha Técnica
 
FMC 2 x 3 Os Mostarda –2a Rodada do IV Chuteira de Aço
 
Gols: Neguitinho e Cabral (FMC); Dany Steinle (2) e Lilo (OM)
 
Cartão amarelo: Diniz (FMC)
 
MVPs: 1 – Dany Steinle (OM); 2 – Lilo (OM); 3 – Neguitinho (FMC)
Comentários (2)
Set 18, 2014

hahahaha não consegui entrar na brisa do reporter, mas é isso ai! Foi um bom jogo, equilibrado, pegado, mas leal!

Set 19, 2014

O Caio é o melhor repórter do chuteira!! Acho a matéria muito louca, faz o pessoal ler e pensar de uma forma mais divertida no futebol. A cara do chuteira!!!