O Primatas entrou em quadra para enfrentar o Voando Baixo com duas coisas na cabeça: o sol subsaariano que assolava os jogadores e o confronto entre Cacildis e Séloco, que rolava logo ao lado. Caso os discípulos do Mussum tropeçassem, o Primatas estaria a uma vitória do primeiro lugar da chave e, assim, o acesso direto ao Chuteira de Bronze. O adversário era o Voando Baixo, que não tinha mais nenhuma pretensão no torneio e veio a campo com apenas cinco jogadores na linha e Ceará quebrando um galho no gol. O resultado? 15 x 0 para o Primatas.
Quem inaugurou a imensa conta foi Alê, que, oportunista, aproveitou cobrança de falta e empurrou pras redes. Pouco tempo se passou até que Rafinha recebesse pelo alto e marcasse o segundo de cabeça. Aos 7, Rafinha apareceu de novo: dessa vez ele deu passe para Gus, que chegou batendo e aumentou o marcador. No minuto seguinte, o Primatas encaixou boa troca de passes que terminou com Litho batendo da marca do pênalti e fazendo mais um. Aos 10, mais uma chegada e mais um gol: Gus bateu, Ceará afastou com os pés e Alê aproveitou a sobra. 5 x 0.
Claro que nem toda bola alçada na área resultaria em gol. Tom fez grande jogada e cruzou pra Litho, que bateu cruzado e pra fora. Alê recebeu de Rafinha e acertou a trave. Enquanto isso, o Voando Baixo era apático. O castigo veio em forma de mais um gol. Alê caminhou pela esquerda e mandou uma bomba indefensável. Depois foi a vez de Gus andar em quadra, novamente na esquerda, e marcar o sétimo, numa falha do goleiro. Mas Ceará evitou que Tom marcasse o oitavo antes do segundo tempo.
Enquanto isso, o Cacildis vencia por 3 a 2. Os símios, porém, não se deixaram abalar com o resultado na outra quadra. O Voando Baixo, registro aqui, tentou dificultar a tarde: Dani quase marcou em chute cruzado da direita e Artur também chegou perto de deixar o de honra, só que errou a finalização. Só que o dia era mesmo do Primatas. Tom e Mario Junior fizeram boa tabela que deixou o segundo de cara com o goleiro para marcar o oitavo. Em seguida, Marcelinho bateu de fora da área e Rafinha interceptou, girou e bateu no outro canto, fazendo um belo gol.
O nono veio de mais uma tabela. Tom e Rafinha subiram livres e desimpedidos até a meta do VB e Rafinha mandou pra rede. Rafinha faria mais um logo em seguida, e o gol mais bonito do jogo: depois de bola alçada da esquerda, o camisa 10 encaixou uma bicicleta fulminante. O décimo segundo foi marcado por Mário Júnior, que tabelou com o inspirado Rafinha e fez. O Primatas parecia não ter adversário. Em tempo: os poucos atletas do Voando Baixo já estavam esgotados física e psicologicamente.
O gol de número 13 foi puro azar pro Voando Baixo. Ceará tentou afastar com um chutão, mas Rafinha estava no caminho. A bola bateu nele e caixa. Em seguida, Rafinha apertou Ceará e o desarmou. A bola ficou para Mário Junior, que marcou o seu terceiro na partida e o décimo quarto dos símios. Simas ainda não havia feito o seu e foi ele quem fechou o caixão, em chute potente de longa distância. Um verdadeiro chocolate.
O Voando Baixo terá até 2014, quando começa a nova edição do Chuteira de Bronze, para se recuperar da goleada. Já o Primatas se classificou em segundo na chave (Cacildis venceu por 8 x 3), não conseguiu o acesso direto mas já tem vaga garantida nas quartas de final.
Ficha Técnica
Voando Baixo 0 x 15 Primatas – 9ª rodada do VII Chuteira de Bronze
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