O Elite é mais líder do que nunca na Aço. O time que quase acabou diante de problemas de comprometimento mostra que existe sim esperanças para renascer. O time de Rafa Marques e RG não ganhou nada ainda, e nem sabemos se vai, mas ao menos há jogadores com vontade e aplicação tática para fazer bonito dentro de campo. Contra o Goleáticos, o “mini quadrado mágico” do time apareceu bem e foi decisivo para o placar de 4 x 2.
O quarteto de baixinhos do Elite é composto por Ramon, Rafa Marques, RG e Mascote. Deles saíram praticamente todas as jogadas ofensivas da equipe. Pelo Goleáticos, Léo Canhoto e Messi eram os que mais buscavam jogo, mas, assim como o restante do time, não estavam com o pé na forma.
Nos primeiros minutos, foi um festival de chutes de longe para fora. Messi começou a contagem para o Goleáticos, seguido de Léo Canhoto. Rafa Marques e Vagner responderam do outro lado. Todas as bolas passaram por cima dos goleiros. O Elite estava recuado e dava espaço para o Goleáticos trabalhar a bola, mas o time roxo não tinha muita paciência e na maioria arriscava de fora. Na primeira boa trama, Santana deu lindo toque para Léo Canhoto, que, já dentro da área, tocou para fora, ao lado do goleiro Diego.
Tirando um toque de calcanhar de Rafa Marques no início que passou muito perto, o Elite nada fez até os 11 minutos, quando pediu tempo técnico. Antes disso, Kanda arriscou chute forte que explodiu no goleiro. A conversa foi ótima ao Elite, que voltou mais antenado e logo marcou seu primeiro gol. A jogada foi de RG, que cruzou para Ramon, sem goleiro, abrir o placar.
À frente no placar, o Elite se postou mais ainda na defensiva, e até o intervalo o goleiro Diego teria trabalho. Messi orquestrava o meio e, se não chutava a gol, buscava companheiros melhor posicionados. Foi numa dessa que Baião recebeu na ponta da área e meteu o bico, mas em cima do goleiro. A resposta foi num lindo contra-ataque que acabou mal: RG meteu bolão a la PH Ganso para Luis Fernando, que acabou desarmado pela defesa.
O Goleáticos mostrava habilidade e vontade, mas sua maior deficiência – responsável pela campanha ainda zerada – é a falta de pontaria de seus jogadores. Messi soltou o foguete de longe e Diego espalmou de punho. A bola subiu e desceu para Baião, que sofreu para dominar, mas conseguiu. Entretanto, isolou em seguida. O mesmo Baião apareceu bem na sequência, mas Diego espalmou mais uma. Depois dessa, um milagre do arqueiro em chute de Messi que tinha o cantinho baixo como endereço. Ele voou e, com um tapinha, mandou para escanteio.
Armado para contra-atacar, aos 21 minutos o ataque azul e branco foi letal. Vagner puxou pelo meio e deu assistência na esquerda para Luis Fernando abrir 2 x 0. Porém, no minuto seguinte, Messi cobrou lateral para Léo Canhoto, que matou, cortou para o meio e chutou forte, rasteiro, no canto. O goleiro nem se mexeu e viu o placar mexer a 2 x 1.
A vida não estava fácil para o Goleáticos. Quando parecia que o time engrenaria, aos 25 minutos, bola cruzada da esquerda encontra os pés de RG para fazer 3 x 1 e levar a cômoda vantagem ao intervalo. Na volta ao segundo tempo, o Goleáticos perdeu muito de sua força ofensiva e praticamente não deu trabalho a Diego. O terceiro gol derrubou os ânimos roxos. Assim, o Elite foi se soltando, enquanto Gabriel, o lenhador, na defesa distribuía bicos na bola para afastar qualquer perigo a sua meta.
O Elite criou diversas chances até marcar seu quarto gol, aos 7 minutos. Primeiro Pferfer pegou sobra de escanteio de primeira e mandou para fora. RG cobrou lateral rapidamente, mas Rafa Marques furou na hora do cabeceio. O mesmo Rafa Marques isolou a redonda no alambrado por duas vezes – numa cobrança de falta ensaiada e num rebote de falta. O gol só saiu quando o melhor homem do jogo resolveu jogar. RG, quase como um pivô, recebeu a bola no meio de dois marcadores e conseguiu ainda se livrar e, num toquinho, matar Juninho e sair para o abraço. 4 x 1.
Por incrível que pareça, foi com o gol que o Goleáticos acordou. A partir daí, o time exerceria forte pressão, com um Elite postado todo em seu campo de defesa e só saindo na boa no contra-ataque. Em bola alçada na área, ela ficou viva e Diego fez outro milagre à queima roupa, em arremate de Léo Canhoto. Porém, na próxima ele não teve a mesma sorte: assistência de Santana em passe cruzado e Baião surgiu livre na frente do goleiro para fazer 4 x 2.
O Goleáticos era posse de bola e ataque, mas continuava perdendo muitos gols. Santana roubou a bola de Rafa Marques e chutou para fora. Messi fez jogada com Léo, que tentou um toque no alto. Fora também. Kanda apareceu na frente e recebeu já dentro da área. Ele girou e um desvio providencial na defesa fez a bola ir a escanteio. Quando RG tentou passe cruzado no meio, Jair interceptou e partiu em disparada, mas bateu para fora. E de novo Léo Canhoto de longe, aos 17 minutos. Ele avançou em velocidade e mandou no canto rasteiro, mas Diego fez ótima defesa mais uma vez.
O quarteto ofensivo do Elite conseguia criar nos contra-ataques, mas o ímpeto do time era se defender nos minutos finais. Mesmo assim, deu tempo de Juninho praticar linda defesa no alto, espalmando por cima do gol chute venenoso. Ramon e Vagner podiam ter deixado as coisas mais fáceis ao líder se não tivessem desperdiçado tantas chances.
O jogo ia chegando ao seu final, mas o Goleáticos não desistia. Entretanto, acertar o alvo e vazar Diego não eram tarefas fáceis. De tanto tentar, Messi calibrou o pé e desta vez acertou o travessão após falta cobrada rapidamente no meio. Na chance derradeira, o próprio camisa 10 carimbou a barreira e viu, no rebote, Léo Canhoto isolar a redonda e o árbitro apitar fim de jogo para Elite 4 x 2 Goleáticos.
O Elite segue 100%, com 4 vitórias em 4 jogos, juntamente ao Di Primeira Expresso, tornando tal confronto como quase uma decisão, na 8ª rodada. Antes disso, há muito chão a percorrer, como na próxima rodada, a quinta, quando o Elite encara o Xoras e o Goleáticos tenta seus primeiros pontos diante do Rabisco.
Ficha técnica
Elite 4 x 2 Goleáticos – 4ª rodada do IV Chuteira de Aço
Gols: RG (2), Ramon e Luis Fernando (E); Léo Canhoto e Baião (G)
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