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Basicus bate coirmão em jogo sem muitas emoções; Acidus sofre terceira derrota seguida

É clássico. Caballero, o 10 do Basicus, é ex-Acidus. Estava doido para marcar contra a casa velha, mas veste a chuteira marca-texto até hoje. O sangue agora é rosa, mas a alma certamente continua verde-limão.
 
Na plateia, Dacal observa pouco atento seu pupilo Lenarduci em ação. Choco tira-lhe a atenção, mas há sempre um olho de soslaio. Um olho no gato, outro na peixe, não é esse o ditado? Do outro lado, Barath – outro ex-Acidus – querendo amassar o velho time com quem tantas glórias (ok, nem tanto) viveu. Do lado de fora, um ex-acidiano deu o ar da graça com cara de ex-amigo. Até o mandachuva mor andava por ali. Queria ver as faíscas. Choque de tradição. E tradição não se esquece. Neste quesito ninguém supera o Acidus. Time místico, de glórias passadas, tão vivas nas memórias saudosistas. 10 anos de história em ação que andam sendo maltratadas.
 
O Basicus veio a caráter como sempre: rosa e preto. Olhei no dicionário, a combinação não existe, é única. Está nos pés de Zé Roberto, no boné e prancheta de Barath, uma lousa da Estrela com adesivos da Barbie, onde quer que se olhasse, lá se via o rosa-choque reluzir. Estilo é isso, meu amigo. Tu carrega a marca onde pode.
 
O início de jogo foi um terror. Chutão pra tudo quanto é lado. Bola no chão tocou o Basicus. Alê Bim fazia ela correr. Veneza e Rapha Silva brigavam por ela no meio e Alex Barbosa queria jogo pelas pontas.
 
Sobrou vontade ao Acidus, de Rapha "Louco" Silva, mas faltou toque de bola pra se chegar ao gol

O Acidus também atacava. Aos 7, Victor recuperou no meio, tocou para Rapha, que devolveu. Victor, já estendido no chão, mandou de bico. Fora. A melhor chance foi do Basicus. Caballero. Recebeu na área, girou e bateu de canhota. Urso espalmou.
 
Cássio é bola. Driblou um, dois, três no meio e perdeu para o quarto – Thiago Bim – na frente. Thiago Bim é raça, assim como Felipe Ceciliano. Briga de foice no escuro. Ninguém se atreve.
 
Caballero é mais bola ainda. E ainda há aqueles que discordem que o amor faz milagres. Ele age para o bem e para o mal – tu escolhe o dia que quer cada um, ou, como diz o ditado, não há mal que dure para sempre. Caballero quer ser a prova disso. O corisco de 1,92m, patada número 46 e passadas que chegam a 1,57m arrancou pelo meio, deixou um marcador para trás e mandou a bomba da intermediária em cima de Gui, que cortou com o ombro. 
 
Puff sumido no jogo. Banheira. A bola não chegava. Caballero era quem voltava para auxiliar a marcação. Veneza fazia o mesmo, o que permitia a Alê Bim jogar um pouco adiantado.
 
Aos 16, a melhor chance do jogo. Cássio avançou pelo meio. Driblou duas rosas e bateu forte, alto, no meio do gol. O arqueiro espalmou pra escanteio. Ele mesmo cobrou e Rapha, na área, bateu por cima do travessão. Uh!
 
O Basicus também teve uma chance de ouro. No contra-ataque puxado por Thiago Bim, Puff, o sumido, recebeu na esquerda e bateu cruzado, rasteiro. A bola saiu por pouco, namorando a trave direita. Thiago Bim insistiu e arriscou de longe, rasteiro. Urso defendeu e ligou o contra-ataque. Victor cruzou do meio, visando à cabeça de Rapha, que se infiltrava pela esquerda. Alê Bim subiu e cortou antes do arremate. Fim do primeiro tempo. Jogo movimentado, com poucas chances de gol. Equilíbrio previsto. Zero a zero de doer. Alguns torcedores foram ao bar reabastecer e não voltaram mais. Compreensível.
 
 
Mesmo se o torcedor voltasse ficaria irritado. A segunda etapa começou tão ruim como a primeira – ao menos teríamos gols. Paladino chutou de longe no meio do gol e Henrique encaixou. O Basicus saiu jogando com Caballero, que tentou o passe no meio com Puff, mas antes do urso chegar nela Lói cortou de carrinho. Gui tentou a ligação direta com o ataque, mas pegou muito embaixo na bola e ela subiu demais. Thiago Bim recebeu no meio e bateu – prensado por Cássio. Puff a recuperou no meio. Gingou, gingou e perdeu a bola. Ergueu os braços e o juiz marcou. Falta. Dadá entrou em campo. O time rosa apostava na jogada aérea, mas Lói cortava todas as tentativas. Paladino bateu mascado da intermediária ofensiva. A bola saiu pela linha de fundo. Jogo feio pra burro, meu Deus! Põe amor nessa peleja!
 
Caballero – na plateia, falou-se de CabaLove, dando esperança a este repórter de ainda ver um bonito futebol – tentou em lance individual. Gingou no meio, cortou para a direita e perdeu a bola. Sim, perdeu, como em quase todas, mas seria ele quem resolveria minutos depois. Basta uma bola que dê certo pra catinga virar perfume, pro xingamento virar elogio, pra traição ser retribuída com perdão. Thiago Bim roubou na defesa e acionou Zé Roberto aberto na esquerda. Bola espirrada se oferecendo no meio para Caballero, que ajeitou e bateu rasteiro no canto direito. Por baixo de um Lói que tentou cortar e por baixo do goleiro Marco. Adeus, zero do placar! Bem-vindo, futebol! Gol rosa! Gol do Basicus! Trotes de alegria de Barath no banco e 1 x 0 no placar! Promessa cumprida, o amor pode tudo.
 
O Acidus tentou uma reação, mas não conseguia chegar ao ataque com toque de bola. Tinha a bola parada, mas isso também não adiantou muita coisa, que o diga Modesto – sofrendo isolado quando entrava. Melhor para o Basicus, que ampliou aos 13. Veneza recuperou a bola no campo defensivo e tocou para Zé Roberto avançar sozinho no ataque, tocar na saída do goleiro e correr para o abraço. 2 x 0 e o império rosa desmoronava pra cima dos limões.  
 
Foi no contra-ataque que o Basicus neutralizou o Acidus, para o olhar triste da turma do lado de fora

 Veneza é mesmo uma pantera cor-de-rosa. Ganhava tudo quanto era bola dividida no meio de campo. Vez ou outra errava um passe, mas acertava mais do que errava. Foi o caso quando ele deixou Alex Barbosa em boas condições na ponta direita. O ala bateu forte, à meia altura, e Marco espalmou pra escanteio. Boa defesa.
 
Lói reapareceu. A galera pediu e ele atendeu. Arriscou de bico, desesperado, de longe. A bola saiu fraca, fraca pela linha de fundo. Alex Barbosa queria o terceiro. Dominou na direita, livrou-se de um marcador na área – Puff o acompanhou – mas ele preferiu bater, travado por Lói, que vibrou. “Éhhh!”. O veterano jogo com tanto amor na ponta das chuteiras que poderia dizer que ele seria louco a ponto de fazer uma tatuagem do Acidus no corpo.
 
O xerifão comemora defender-se bem, e com razão, até porque não andam conseguindo fazer gols desde que Vini sentiu o joelho. Mas sabemos que isso – defender-se bem – não é o suficiente para vencer jogos. O time que pouco fez do ponto de vista ofensivo amarga outra derrota. O jogo não foi bom, essa é a verdade. Mas o Basicus foi um pouco mais incisivo e mereceu a vitória.
 
O Basicus se recupera da derrota na estreia e vence a primeira. Tem a pedreira Darcy pela frente. O Acidus precisa ficar esperto. Três derrotas em três jogos. Lenarduci precisa dar um jeito e fazer este time anotar gols. A defesa é boa. E o ataque, vai funcionar contra o Rio-Sampa?
 
Ficha Técnica – 3a rodada do VII Chuteira de Aço
 
Gols: Caballero e Zé Roberto (B)
 
Cartão amarelo: Gui (A)
 
MVPs: 1 - Veneza (Basicus); 2 - Caballero (Basicus); 3 - Lói (Acidus) 
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