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Pode parecer inóspita de imediato, mas a ideia de fundir equipes que andam mal das pernas há algum tempo e não querem cerras as portas – casos de Sem Domínio e Originais neste 2022 – deve ser colocada sobre a mesa

Ainda na última jornada da fase classificatória da Série Bronze (há dois sábados) encontrei Rafael Cury, o popular Falcon, e durante os mais de 10 minutos de papo que tivemos cheguei à conclusão sobre a saída para o seu Sem Domínio: a fusão. Não é uma sugestão aleatória, sem embasamento. Pensei enquanto conversávamos, e externo a tese ao mundo neste instante. Antes, convido outro time para a reflexão: o Originais, que ao lado do SD, não demonstrou a mínima evolução de um semestre para outro. Um 2022 de agonia para ambos.
 
A ideia da fusão é inspirada no que realizaram Bicho Solto e o extinto Titans. Viviam situações parecidas com as demonstradas por Sem Domínio e Originais: uma quase total falta de comprometimento perante à própria equipe e à Liga Chuteira de Ouro F7 numa espécie de pirâmide invertida. Explicando: a ausência de animação com a passagem das semanas em relação à campanha, os erros na montagem do elenco, desalento com elementos dos jogos, interesses pessoais, mudanças de comportamentos etc., levam uma equipe à ruína no final – algo visto em Sem Domínio e Originais neste ano.
 
O sonho de ser um manager ainda move algumas ilusões.
 
A vida é feita também de imaginação – inclusive ao projeto de Grinch que existir na face da Terra. Se estamos numa competição amadora, obviamente existe (em partes) uma decepção em função de os caminhos percorridos não terem sido levados ao profissionalismo. O jogador, o(a) técnico (a), o manager, o(a) jornalista, o(a) árbitro(a), o(a) anotador(a)... todos estão na mesma jangada. Encontrar-nos no ponto futuro para o muro das lamentações virar o clube da felicidade e da sorte – que se tornou a Liga Chuteira de Ouro F7 – é o que nos move. O interesse em comum de alcançar o nirvana, unidos por uma simples esfera.
 
As direções de Sem Domínio e Originais insistem justamente numa ilusão que prejudica até a própria evolução das próprias equipes. Entra então o elemento 'sapien'. 
 
Entende-se perfeitamente que é difícil trabalhar a mente para aceitar os limites biológicos do corpo. Abrir mão de sonhos, de planejamentos, de promessas, de desejos, de vontades: não é uma tarefa trivial como ir ao mercado comprar uma subsistência. Porém, para cada geração, uma nova sentença. Enquanto times históricos – como Só Quem Sabe, SPQSF, Basicus etc. – mostram adaptação às realidades de suas divisões e condições, SD e Originais remam para trás. As justificativas para essa afirmação transcendem os números na tábua de classificação: passa também pela contingência presente a cada partida, por exemplo.
 
Uma fusão, penso, seria ideal. Costela e Simon amam seus times tanto quanto os jogadores que compareceram aos seus compromissos com boa frequência. Contudo, foram elencos contados a cada jogo, sofrendo goleadas e colhendo resultados negativos até quando jogaram de igual para igual. Imagino a junção de todos os comprometidos: daria quase dois quadros por partida, um passeio no parque para qualquer técnico.
 
O Bicho Solto pode ser considerado um case de sucesso, sim. Esqueçamos o recorte da goleada sofrida nas oitavas de final da Série Aço – foi eliminado por 8 x 0 pela Família Rocontec – e analisemos o que foi construído ainda em 2021. Quando Du Fernandes e Murilo Ostini (managers de Bicho Solto e Titans, respectivamente) aceitaram a realidade que os cercava – jogadores escassos e/ou sem comprometimento geral para com seus times – e se fundiram. Predominou a estrutura do BS, e Ostini nem fez questão que se acrescentasse algo referente ao seu Titans, exceto jogadores. Contando ainda com reforços do também extinto Senta os Alunos, o Bicho Solto saiu de um patamar baixo para boas performances na fase de classificação – colocando-se nos dois playoffs principais (XIII Chuteira 5 e a atual Aço) da Liga Chuteira de Ouro F7 neste ano. O índice de satisfação retornou.
 
Se você olhar apenas para o prisma do PIB (Produto Interno Bruto), vai achar que o Brasil efetivamente está crescendo desde 2016. Porém, a vanguarda clama por um olhar à alegria das pessoas. Prefiro então encarar o momento de fusão do BS pelo espectro do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O Bicho Solto, antes da fusão, nunca tinha saído do Chuteira 5. Está na Liga Chuteira de Ouro F7 desde 2017 – estreou na primeira edição da Copa Estrelato no Grupo A, terminando fora do mata-mata (curiosamente, o Titans havia caído na mesma chave e, além do BS, a única equipe sobrevivente até hoje da edição histórica é o Ou Não). Só conseguiu o acesso à Série Aço apenas em 2022 – passado 1 ano após a junção com a turma de Ostini.
 
Não quer dizer que seja tudo perfeito. Ainda existem muitos problemas para a direção do BS resolver. Afinal, a turma que agregou ao projeto tem sua metodologia e, inseri-la para caciques históricos da equipe, requer tempo e paciência. Porém, em dois anos não ouvir de Du Fernandes "porra, estamos sem jogador, Dodô" é um bálsamo para a alma deste redator-organizador.
 
O Sem Domínio se juntar ao Originais traria mais harmonia para suas resenhas pós-jogo. Com a volta do sistema de rebaixamento em 2023, quem sabe não veremos os times unidos em um só coração e bem longe da posição que se acostumaram a terminar seus semestres: a lanterninha não seria tão costumeira.
 
Tente outra vez – Caso uma fusão não ocorra para Sem Domínio e Originais, o exemplo do Rabisco na Série Aço tem de ser copiado então. O que a histórica equipe de Murilo Franco, Vitor Varoli, Daniel Jales, Diego e cia. tem aprontado neste semestre é digno não apenas de parabéns, mas um mea-culpa deste colunista, que às vezes assume uma persona desconfiada como diz meu amigo Jalão. Brincadeiras à parte, o Rabiscão não deverá levantar a taça, mas é bom os adversários ficarem bem acordados em relação à força física e mental adquiridas pelos rabisqueiros.
 
O Rabisco completou 10 anos de existência em 2022 e, sem dúvida, o elenco está no ápice de suas formas físicas e mentais à prática futebolística. Juntando também a excelente temporada de Erik Rabisqueiro, Tarja-Preta, Mion, Caetano, entre outros, os rabisqueiros têm um plano tático bem definido e, principalmente, raça. Nas oitavas de final ante o GalataSarrei – um elenco dez anos mais jovem –, o Rabisco fez jus à alcunha de "os meninos de Varoli" tamanho controle sobre Thiba, Manieri e cia., despachando o atual vice-campeão do Chuteira 5 e avançando, pela primeira vez em sua história, das oitavas às quartas de final em uma competição da Liga Chuteira de Ouro F7 (contudo, não é a primeira vez do time neste atual estágio: em torneios passados a rabiscada sempre entrou nas quartas de final). Madureira, cuide-se!
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