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Condor’s e Roleta Russa decidem título da Bronze e colocam frente a frente os dois artilheiros da temporada


Se existisse uma casa de apostas para o Chuteira de Bronze, certamente Roleta Russa e Condor’s seriam citados entre os times que fariam a final desta edição (coloquem Wake ‘n’ Bake e Mulekinhos e seriam os quatro favoritos). Mesmo com campanhas opostas dentro do Grupo B, no decorrer do campeonato as equipes demonstraram bastante entrosamento, técnica e sabedoria para jogar. O Condor’s teve a solidez como marca principal, pois não foi derrotado em nenhuma partida. O Roleta, por outro lado, viveu altos e baixos, e ainda passou por uma punição, perdendo três pontos e importantes jogadores: Rafão e Rafa Martins. Classificou-se na sexta posição, dois pontos acima do sétimo, mas fez bonito na fase final e chegou à decisão.
 
As campanhas dentro do grupo foram distintas. Enquanto o Condor’s terminou na 1ª colocação, com 22 pontos somados e sete à frente do segundo lugar (7v e 1e), o Roleta ficou apenas na 6ª posição, somente dois pontos à frente do sétimo colocado (4v e 4d). Além da campanha estupenda, o time de Bahia & cia. teve o melhor ataque, disparado, com 50 gols, 22 gols a mais do que seu adversário na final, que marcou 28 vezes. Médias de 6,25 e 3,5 respectivamente.
 
Na defesa, pelo menos, o Roleta foi ligeiramente melhor: foram 19 tentos tomados, enquanto o Condor’s levou 21. No final das contas, saldo de 29 gols ao campeão do Grupo B contra 21 do sexto colocado.  A segunda vantagem que o Roleta leva no confronto dos números é na artilharia: Gio, o principal jogador da equipe, já marcou 24 vezes. Bem, Bahia não está tão distante assim: 20 bolas na rede. Entretanto, o camisa 9 do Condor’s já levou o MVP, com 20 estrelas, enquanto o camisa 4 russo teve 13.
 
Os dois são os principais jogadores de suas equipes indiscutivelmente. Enquanto Bahia tem uma rede de auxiliares para ajudarem-no a brihar (Pepinho, Zé, Viola), Gio é aquele típico maestro que rege a turba acima dos demais. No mata-mata ele marcou 9 dos 13 do Roleta em 3 partidas! É, definitivamente, o alicerce ofensivo deste time.
 
Apesar de ainda estar invicto no campeonato, o Condor’s teve jogos apertados na fase final. Por ter sido campeão no seu grupo, entrou direto nas quartas de final, quando enfrentou o Basicus. Mesmo com o favoritismo embaixo do braço, o placar foi apertado: 2 x 1, de virada. Na semifinal, contra o Wake ‘n’ Bake, outro 2 x 1, também de virada. O que sobrou na 1ª fase virou aperto na fase eliminatória, mas sempre com final feliz para os comandados de Roberto Solcia.
 
Na contramão de seu adversário, o Roleta conseguiu fazer jogos eliminatórios com mais de tranquilidade. Nas oitavas, bateu o Fúria Futebol Moleque por 4 x 3. Nas quartas, 4 x 2 no Competition. O Shakthar dos Leks levou sonoros 5 x 0 na semifinal. Se a trajetória no Grupo B não foi tão rica, na fase final o Roleta mostrou que não será presa fácil na decisão.
 
Saindo da teoria e indo para a prática, Roleta e Condor’s possuem muitas virtudes e alguns defeitos. Pelo lado dos pássaros, a atenção maior deve ser em cima de Bahia. O atacante faz excelente trabalho de pivô, tanto dentro quanto fora da área. Gio, o melhor jogador do Roleta, possui a mesma característica. Seu trabalho de pivô também é excepcional, mas com a diferença de que sabe trabalhar desta forma também sem que a marcação encoste, sendo assim, além de dar o passe para quem chega de frente, também gira sobre a marcação, encontra o espaço onde praticamente não há e bate colocado, dificilmente mandando para outro ponto que não seja a meta.
 
Outra jogada forte do baiano, sua principal especialidade, é a jogada aérea no primeiro pau. Se o zagueiro não tomar a frente, o gol é quase certo. A impulsão, a agilidade e a velocidade do camisa 9 surpreendem e, se não for bem marcado, é letal. Pelo lado dos russos, as jogadas pelas pontas são fortes, com a maioria das bolas sendo cruzadas rasteiras, encontrando Gio dentro da área para finalizar. Rafael Gonçalves, pela esquerda, e Caio, pela direita, fazem o trabalho dos pontas. Mas o Condor’s também tem a virtude de usar as laterais, e com extrema rapidez. Neste caso, Pepinho, Zé, Vitinho, Jhonny e Vander Jordão cumprem bem o serviço. Pepinho principalmente, pois atua pelos dois lados do campo. Além da rapidez, é habilidoso, adora costurar a marcação e servir, além de, claro, marcar gols. É o principal garçom de Bahia, e também muito servido pelo artilheiro.
 
Mas nem só de virtudes vivem os dois times. Pelo lado do Condor’s, se por um lado a jogada aérea é um dos pontos fortes, também é o mais defeituoso. Grande parte dos gols tomados pela equipe é em cobranças de escanteio ou lateral, lançados seja no primeiro pau, no centro ou no segundo pau. Pelo menos o time grená tem a segurança de Marcão, MVG cinco vezes.
 
 Os russos, no entanto, pecam quando são marcados no campo de defesa, sofrendo pressão. A saída de bola é precária em casos assim, fazendo com que os homens de frente precisem buscar jogo, matando as jogadas ofensivas. Outro problema da equipe é a queda de rendimento no segundo tempo. O time voa no primeiro, ataca, marca bem, não dá espaços, mas na etapa final parece que todos cansam, possibilitando que o adversário cresça e ofereça mais perigo. A perda do goleiro Rafão seria sentida caso Mineiro e até Alberto não dessem conta do recado. Até aqui, ambos vêm substituindo à altura e sendo também decisivos como guarda-metas.
 
Os russos sofreram, no decorrer dos jogos, com outras suspensões além de Rafão, como do capitão Ceron e, principalmente, Rafa Martins, que fazia dupla infernal com Gio. Porém, outro Rafa apareceu e supriu o vácuo do indisciplinado: o Gonçalves. O camisa 25 se tornou peça fundamental e conseguiu formar dupla com Gio tão boa quanto era com Martins. O entrosamento é visível e demonstra a força do elenco. Por falar em duplas, Bahia e Pepinho também formam outra difícil de ser marcada. Pepinho abusa da velocidade e utiliza do trabalho de pivô ou do posicionamento dentro da área de Bahia para marcar gols.
 
Ainda na fase de grupos, Condor’s e Roleta se enfrentaram, com vitória a favor dos pássaros por 4 x 3. Mas de lá para cá muita coisa mudou, o Roleta se fortaleceu mesmo com os desfalques e o grená manteve sua superioridade na grande maioria dos jogos. Virou clichê dizer que em final não há favorito. No caso, pelo histórico, não há como não apontar o Condor´s com ligeira vantagem. Mas do outro lado tem 10 anos de história, de superação, de altos e baixos, uma vontade impressionante de levantar o caneco. Ah, e tem Gio, claro. Só este já torna o duelo absolutamente imprevisível.
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