Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Erros primários deixados para trás, Vila Mureta e Juvena se pegam na final para tira-teima de quem vive melhor momento

A final do X Chuteira 5 promete grandes emoções na manhã deste sábado 8 de dezembro. Vila Mureta e Juvena, os dois finalistas, chegam ao dia mais esperado da temporada após momentos de turbulência e de serem colocados em xeque sobre suas prioridades.
 
Os muretenses lideraram quase do início ao fim, ao lado do Ou Não, mas em nenhum momento chegaram a convencer (só olhar as magras e nada vistosas vitórias sobre Só Vai e Titans, ambas por 2 x 1), indo contados aos jogos. Já o Juvena intercalou momentos vexatórios – como dar um WO por falta de uniforme e tomar de 13 x 1 de um time eliminado ao comparecer com dois a menos –  com outros de pura magia – vide vitória pra cima do Plata o  Plomo e goleada sobre o Titans. Mesmo assim, juntaram os panos e fizeram o remendo. Chegam à grande final após atravessarem o mata-mata incólumes (dois triunfos por 5 x 2).
 
O Vila Mureta, assim como fez na Copa Estrelato passada, venceu o grupo e subiu de divisão por antecipação. É um time da Série Aço desde a 8ª rodada. Daí uma boa explicação para a derrota na rodada final, ante o Divininho, por 5 x 1, quando tomou incríveis 4 gols em apenas 5 minutos. Além dessa derrota, conheceu apenas outra mais, diante do Plata o Plomo (2 x 4). Na ocasião, o rodízio de jogadores do Plata fez a diferença (14 contra 8 do Vila), além da necessidade de um bom resultado após início hesitante de Dario e cia. Sufocado desde a metade da primeira etapa, o VM sucumbiu ao forte ataque do Plata. Sentiu o golpe e saiu de quadra com a língua de fora.
 
Na 3ª rodada, o Juvena encarou justamente o Vila Mureta e saiu de quadra derrotado por 5 x 2. Maranhão, Miltinho e Felipinho foram os MVPs de um match em que os touros não viram a cor da bola, só correram atrás do toureiro, no caso, o Mureta. Entretanto, o que chama a atenção, pelo lado juvenil, aconteceu a partir da 5ª rodada, quando o time justificou o nome e deu uma de juvenil ao perder para o Divininho de WO. Por quê? Porque o cara do uniforme não chegou a tempo!
 
O WO podia ter sido o pior que aconteceria ao Juvena, que não só perdeu o jogo como outros 3 pontos na tabela e teve de se recuperar. Só que a falta de comprometimento do time voltou a aparecer na penúltima rodada, ante o já eliminado Bicho Solto. Com dois jogadores a menos, deu outro vexame e apanhou de 13 x 1. Terminou a 1ª fase com 12 pontos, na 5ª posição, e um sentimento de que podia ser líder caso levasse minimamente a sério o torneio – afinal, se não tivesse dado WO e vencido o vice-lanterna Bicho Solto, teria os mesmos 18 pontos do Mureta!
 
Apesar de se classificar na rabeira, das três derrotas, vale ressaltar que apenas uma (justamente contra o Vila Mureta) pode ser considerada em condições “normais”, com número de jogadores compatíveis ao adversário.
 
Ataque fulminante

Mesmo terminando a fase de grupos apenas em quinto, o Juvena fez incríveis 37 gols em 7 jogos e tomou 29 (descontado já o WO). Somado aos números do mata-mata, já foram 47 gols marcados em 9 jogos (média de 5,2 por jogo) e 33 gols sofridos (média de 3,66/jogo). Na 1ª fase, o time teve o melhor ataque e a pior defesa entre os classificados! Podia ter sido mais avassalador se tivesse jogado ante o Divininho e não dado WO; sua defesa podia ser a melhor da competição se não tivesse tomado os 13 tentos do Bicho Solto... Enganam os números?
 
Nesse ataque todo poderoso da Laranja Mecânica, o principal jogador atende pelo nome de Paulo Hirakata, ou simplesmente Paulinho Japonês. Ele é o cabeça pensante, o maestro, que distribui a pelota com dinamismo e chega para concluir. DaniLove e Solemene (7 gols), Binho (6 gols), Fazenda e Tinga, além do próprio Japonês (4 gols), comandam a artilharia juvenista.
 
O efeito Felipinho

O Vila Mureta, entretanto, foi bem mais econômico. Marcou 27 gols em 8 jogos. Com a soma do mata-mata, foram 30 gols em 9 jogos (avançou direto à semifinal) e apenas 21 gols sofridos. Felipinho é principal jogador desse time e atual vice-artilheiro do campeonato, com 9 gols – um atrás de Gabs, do já eliminado Titans. Felipinho gosta de jogar e ganhar troféus no Chuteira 5. Semestre passado ele foi um dos MVPs da competição (ao lado de Speda e Andreas) e ficou atrás apenas um gol do artilheiro (Speda) – marcou 17 vezes! Ah, isso jogando pelo IMZT! Com o acesso do Mureta, ele deixou o time, onde jogava com os irmãos Abdulla, para se firmar no ataque do time dos seus amigos do Direito da PUC, mesmo sendo o único que não estudou ou estuda lá! Penetra bom de bola esse!
 
Um ponto a favor do 92 é que ele não fica esperando a bola chegar; ele busca o jogo, arma, aperta o turbo, acelera, breca, faz 1-2 com facilidade e tem um tapa na bola diferenciado, seja com a ela rolando ou em cobranças de faltas, que sempre levam perigo aos goleiros adversários. É bom Rato ou Tsuda se cuidar. Será um duelo de tirar o chapéu, podem apostar!
 
Além de Felipinho, Maranhão e Miltinho alteram de posição e confundem a cabeça dos rivais. É a velocidade de raciocínio aliada ao ótimo poder de conclusão. E também não podemos deixar de citar Digão, o motorzinho do time. O manager marca e ataca bem, além de tirar alguns coelhos da cartola, como no míssil lançado contra o gol de Dani, na semifinal diante do Só Vai. Aliás, esse gol entraria facilmente para uma seleção de gols mais bonitos do campeonato. Com 2 x 1 e jogo tenso, Digão teve a tranquilidade de meter algumas embaixadinhas e soltar um canhão de primeira com o peito do pé e ver a pelota morrer lá onde a coruja dorme! Um verdadeiro gol de placa! Se meter mais um desses na final já pode cobrar a placa, hein!
 
Salto alto?

Se tem uma brecha para o Juvena se dar mal, ela atende pelo nome de soberba, é acreditar muito nos craques e não correr o suficiente. Ou seja, não igualar na vontade e achar que a qualidade vai definir a qualquer momento. Além disso, a defesa juvenista por vezes fraqueja, e o ataque do Vila não é qualquer um, podendo comprometer todo um planejamento.
 
O ponto fraco, tanto de um quanto de outro, foi muitas vezes ir para as partidas com poucos jogadores à disposição, o que poderia ter custado caro para ambos (quase custou a classificação e o campeonato ao Juvena). No caso do Mureta, por exemplo, a derrota para o Plata ainda escancarou a dificuldade da equipe em bater de frente com um time mais forte fisicamente. É a leveza contra a forte marcação que pode acabar com o sonho de ser campeão. Na quadra grande, horário do meio-dia, hidratação e ter todo mundo disponível serão imprescindíveis para manter o ritmo e correr atrás – do resultado ou do adversário.
 
Hora do “vamo vê”

O Vila não pode depender apenas de Felipinho e esperar com a mão no bolso uma jogada do baixola. Assim como o Juvena não pode esperar que Japonês resolva tudo sozinho. Será preciso acompanhar a linha de raciocínio dos craques em um duelo que promete fortes emoções. Que os times não dependam deles, mas que os diferenciados mostrem toda habilidade dentro de quadra em um espetáculo de muitos gols, festa das torcidas e, acima de tudo, clima de paz entre jogadores, árbitros, jornalistas e todos os presentes.
Comentários (0)