Do lado prateado, o Real Baixada tentará inaugurar a sala de troféus chuteirense, mas no meio do caminho tem uma equipe experiente, com aproveitamento máximo em finais e que já levantou caneco do Apertura: o Olimpo. Em pleno 1º de abril (tradicionalmente conhecido como 'Dia da Mentira'), teremos dois jogaços de verdade. Apreciem!
 
Os tropeços na fase de grupos foram fatais para Olimpo e Real Baixada, que poderiam fazer uma bagunça na turma de cima. Enquanto os gregos estão com 100% de aproveitamento em finais, os santistas querem inaugurar a sala de troféus e fincar a bandeira dentro da liga.
 
O Olimpo terminou na 4ª posição do Grupo C, e um time que disputa a elite do fut7 chuteirense não poderia deixar pontos pelo caminho. Fez o dever de casa ao golear o Estrela Verde na estreia por 5 x 2, porém, perder para o Independiente del Baile (4 x 3) na jornada seguinte fez a diferença ao término da fase. Além disso, empatou com o Acima da Média em quatro tentos e apanhou do Roleta Russa por 3 x 0. O negócio foi jogar a Prata mesmo. (Há quem diga que é o que eles querem mesmo)
 
Mudança de chavinha a partir das oitavas e a caminhada para o bicampeonato ficou acessível. Vitória apertada contra o Sauna&J por 4 x 3, e, no estágio seguinte, revanche ante o del Baile, quando não tomou conhecimento ao golear por 4 x 0. Na semifinal, não faltou emoção contra o Sanjamaica, e mesmo ficando na frente em duas oportunidades, cedeu a igualdade no último lance. Enchente e Morcego desperdiçaram suas cobranças de shoot out, enquanto Cachoeira e Thiaguinho foram eficientes para carimbar o passaporte.

"Dominamos a maior parte do jogo, problema é que sem emoção não é Olimpo. Gostamos da Prata. Infelizmente não classificamos na Ouro, ano passado avançamos, mas estamos novamente na Prata e lutando para ser campeão para chegarmos com força máxima no Chuteira", disse Vitinho após a classificação.

Haja emoção ao Olimpão! Em sete partidas, a esquadra venceu três, com dois empates e duas derrotas. Foram 22 gols marcados, 18 sofridos e Gaúcho é o principal artilheiro olimpiano com 8 bolas no balaio.
 
Será a terceira final da equipe, que busca o bicampeonato prateado. Aliás, é a segunda participação nos últimos três anos. O primeiro grito de campeão do Apertura veio em 2021, em um jogo morno contra o Basicus e gol solitário de Zilio nos minutos iniciais (ler aqui). Quatro anos antes, a sala de troféus foi inaugurada com uma goleada por 6 x 2 sobre o Magnatas, pela 10ª edição da Série Aço (recordar é viver).
 
Já o Real Baixada fez parte do Grupo D, por sinal, concorridíssimo com quatro times brigando cabeça a cabeça pela zona de classificação. Na estreia, tropeço ante o Fúria ZB por 2 x 1 e o primeiro triunfo viria na jornada seguinte, goleada por 6 x 2 sobre o Base. O grande resultado da esquadra litorânea viria na 3ª rodada, quando derrotou o Invictus por 5 x 4. Grande feito de Novaes e cia.! No entanto, esbarrou no Basicus na última jornada (6 x 2) e a Divisão Prata é logo ali!
 
O reencontro com o Base nas oitavas foi um verdadeiro passeio, 12 x 4 na conta e o grupo ganhou confiança. Nas quartas de final, nova goleada e quem sofreu com a onda santista foi o Colônia 355 (5 x 1). Entre os quatro melhores da divisão, o embate contra o Lapiros reservou fortes emoções. Depois de sair atrás no intervalo, o rubro-negro caiçara virou a mesa e manteve dois tentos de vantagem, mas Gelba igualou a parada nos instantes finais e alerta de shoot outs no ar! Diego pegou uma das cobranças, Buono e Vilela converteram e final garantida!
 
 “Estamos muito felizes em estar nesta final. Batemos na trave uma vez, ano passado jogamos o Chuteira 5 e caímos na semi. Neste ano vamos voltar a participar do Chuteira 5 e dar sequência ao nosso trabalho”, disse Novaes.
 
O Real Baixada conquistou quatro triunfos, empatou um e perdeu outros dois duelos. Foram 36 gols marcados (4º melhor ataque) e 24 sofridos. Novaes é o artilheiro da competição com 13 gols. Será a segunda decisão dos santistas dentro do Chuteira e busca o primeiro caneco. A esquadra bateu na trave em 2021, quando participou do III Festival Chuteira e perdeu para o Canário por 4 x 2 (ler aqui) – na ocasião, o duelo foi válido pela Divisão Prata.

Destaques

Conhecido pelo bom toque de bola, o Olimpo conta com bons nomes que podem decidir a qualquer momento. Vitinho, Censon, Camunga, Thiaguinho e Cachoeira estavam  naquela decisão ante o Basicus e podem ser os “caras” para desbloquear a zaga santista, sem contar com Saha e Gaúcho, que chegaram depois e parece que a camisa olimpiana caiu como uma luva.
 
Do lado santista, Diego mostra que é um dos principais goleiros desta edição e na semifinal operou alguns milagres para garantir a esquadra na final. Guiga, Betinho e Rafinha são os carregadores de piano e participam do jogo a todo instante, enquanto Novaes sabe o caminho do gol, além de distribuir assistências – na semana passada, o camisa 9 deu quatro passes e deixou sua marca.
 
Temos favorito?
 
Por ter tempo de Chuteira e dois títulos na bagagem, o Olimpo desponta como favorito, mas é bom ficar de olhos abertos para não ser surpreendido. Nas arquibancadas, o goleiro / manager Marcelo Pimentel observou o adversário e mostrou o caminho das pedras do que será a peleja.

"O Real Baixada sabe jogar, toca bem a bola, tem um ataque forte, mas sofrem muitos gols. Eles mostraram fragilidade defensiva e temos que aproveitar, no estilo Olimpo: deixar a bola com eles para sentirem confiança e depois aproveitarmos os espaços para sairmos com a vitória”, declarou.
 
Depois de vencer um time de Série Ouro na fase de grupos, será que o RB repetirá o feito? Novaes também ficou de olho no adversário.
 
"Observamos o Olimpo, é um grande time, vem com uma boa sequência no campeonato e acredito que será uma grande final”, disse o pivô 9. “Temos um grande potencial de chegar nas divisões de cima (principalmente na Série Ouro) e ganhar dos principais times como neste ano. Um exemplo foi o Invictus”, completou, recordando do triunfo por 5 x 4 contra os invictenses.
 
A partir das 11h45, no Estádio Chuteira de Ouro 5, conheceremos o campeão prateado, e quem levar o caneco para casa chegará fortalecido nas suas respectivas divisões.