O Juvena entrou no aeroporto, fez o check-in e esperava embarcar no avião rumo à Série Ouro. Faltava um pontinho e o clima para o duelo contra o Divino era tranquilo. Por falar no adversário do time laranja, o sonho de terminar a fase classificatória na vice-liderança ainda existia, porém, o fato de estar nas quartas de final fez com que a esquadra “evitasse a fadiga”. Sem dificuldade, os juvenistas venceram por 3 x 1 e gritaram em alto e bom som de que chegaram na elite.
A primeira espetada do duelo matutino foi do Divino. Klysnmann pedalou pelo lado esquerdo e enfiou um belo passe para Profeta finalizar em cima de Calado. O rebote ficou com Rafinha, que tentou surpreender o arqueiro, mas exagerou na dose e isolou. Depois do momento divino, o Juvena colocou as cartas na mesa e mostrou que também podia assustar. Filé conectou Fazenda, que ganhou a disputa contra dois defensores, porém, atirou para fora. Quase! Na sequência, outra vez o juvena 11 aprontando das suas, passou como quis entre os defensores, invadiu a área, ia fazer um golaço, mas Renan conseguiu fazer a defesa.
Mais Juvena no ataque! Ruiz atirou do meio da quadra, Davi desviou e a redonda levou perigo à esquerda da meta divina. No lance seguinte, Guapo acelerou pela ponta canhota, ninguém ousou pará-lo e a paulada tinha endereço certo, mas Renan voou na gaveta esquerda e executou uma linda defesa! Essa vale como gol, hein! O Divino respondeu com o imparável Klysnmann, que sassaricou contra a marcação, mirou o canto direito, porém, Calado deu um tapinha para fora. Até o momento, os arqueiros são os destaques da peleja!
O lado laranja estava perto de inaugurar o score. Fazenda ganhou no corpo de Rafinha, caminho livre para trabalhar, ciscar e driblar os oponentes, mas na hora de tirar a nota máxima, conclusão em cima de Renan. Está quente! No tic-tac do relógio, chegamos aos 11 minutos com a cozinha divina batendo cabeça, Vinícius aproveitou o delivery e concluiu no centro da meta, sem chance para o guarda-metas 1. Juvena em vantagem! 1 x 0!
Era só o começo e parecia que a porteira ia abrir. No molejo de Vinícius contra Klysnmann, avanço pelo lado direito, chute cruzado e faltou um pé para empurrar. Fora! Depois foi a vez de Filé acionar Ruiz na esquerda, petardo venenoso em diagonal e Renan apenas rezou para que a pelota saísse. Deu certo! Era o momento do Divino parar o jogo e tentar colocar ordem na casa.
A equipe de Andrade voltou melhor e Klysnmann obrigou Calado a trabalhar ao buscar o melão no canto esquerdo. Porém, havia espaço para os laranjas tentassem o contragolpe e o lançamento do arqueiro juvenista encontrou Davi, que tentou aplicar uma ‘touca’ em Sal, mas não teve sucesso. A sobra ficou com o dono da jaqueta 25, ajeitada para o melhor pé e paulada na trave esquerda. Quase!
Antes do intervalo, Rafinha sofreu falta a poucos passos da área. Biombo armado, muro pronto e nada poderá passar. Porém, Joãozinho tomou posição, atirou por fora da barreira e a esfera beijou o poste direito. Por pouco não rolou o empate! No último lance, Bruno Martins arriscou de longa distância e Calado não teve problema para executar a defesa. Hora do recreio, pessoal!
A segunda etapa começou com o Juvena perto de dobrar a vantagem e a primeira ofensiva foi aquele “jogo de paciência” misturada com excesso de preciosismo. Lançamento de Calado para Davi dentro da área e chute em cima de Ferrugem. O juvena 25 foi persistente, evitou a saída, tentou resolver sozinho, mas esbarrou na parede. Mogi ficou com a redonda, recuou para Klysnmann, que tentou sair jogando, porém, Fazenda interceptou, troca de passes em velocidade entre Davi e Ruiz até a zaga despachar. Filé ficou com a ‘enésima’ sobra, trocou figurinhas com Vinícius até ser barrado pelo muro divino. Com a pelota parando de pé em pé, até o cronista ficou tonto.
Aos 5 minutos, o Juvena ampliou e a Série Ouro estava muito perto. Ruiz recebeu da quadra defensiva e lançou Vinícius na ala esquerda. Rota para o meio, Rafinha e Mogi ficaram na saudade, assistência para Filé, próximo da entrada da área, chute cruzado e sem chance para Ferrugem. Desta vez, o toque de bola funcionou! 2 x 0!
Depois do tento, o Divino não teve força para reagir e Ferrugem precisou trabalhar. Primeiro, Vinícius colocou Fazenda na cara do gol, mas a finalização parou no paredão divino. Em seguida, Mogi perdeu a disputa para Filé, velocidade máxima, contra-ataque armado, quebra de tackles e bolão para Davi atirar sobre a meta. Quase! Aos 10 minutos, o passaporte dourado estava pronto. Lateral cobrado por Werner, Davi recebeu, girou e deu um tapa no canto direito. O Juvena é Série Ouro, pode subir no avião! 3 x 0!
Com a peleja decidida, o Divino tentou o seu gol de honra, mas o chute de Andrade ficou nas mãos de Calado. No lance seguinte, paulada de Neto do meio da avenida e o guarda-metas juvenista voou no canto esquerdo para espalmar. Defesaça digna de sair na foto! Está quente! Faltando quatro minutos para o término do tempo regulamentar, Rafinha tabelou com Sal, recebeu de volta e acertou o canto direito de Calado. 1 x 3!
Será que teríamos um milagre nos instantes finais? Eis a questão! Klysnmann cobrou lateral na esquerda, Rafinha tentou de bicicleta, mas Calado executou a tranquila defesa. Na sequência, Ferrugem arriscou da quadra defensiva, Andrade esticou o pé e quase venceu o arqueiro juvenista. Sem tempo para outros ataques e os tios trilaram o apito pela última vez. O Juvena subiu!
Acesso garantido com justiça! O Juvena é o único invicto na atual edição prateada e tem o segundo melhor ataque com 21 gols. Será que Fazenda e seus comparsas vão brigar pelo caneco? Fica a questão e o seu adversário nas quartas será o Real Madruga. Do outro lado, o Divino registrou sua terceira derrota no certame, e caso queira chegar longe, terá que despachar outra equipe que garantiu o acesso: o Lokomotiv.
Ficha técnica
Divino 1 x 3 Juvena – 5ª rodada do Grupo A do XXIII Chuteira de Prata
Gols: Rafinha (D); Vinícius, Filé e Davi (J)
Cartões amarelos: Dudu e China (T) (D); Werner (J)
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