Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Para chegar na Ouro e lá não fazer feio é preciso uma revolução de mentalidade para a maioria das equipes pratenses – tanto as que subiram no semestre passado quanto as que brigam no momento

Ainda é cedo – foram apenas duas rodadas, com Só Quem Sabe, Paraguay, Divino e Absolutos realizando uma partida até agora (são times que já folgaram) –, mas é possível dizer que existe o embrião para uma tese que poderá se confirmar não nesta edição da Série Prata (a edição 24) e sim na 25: no primeiro semestre de 2023, na 31ª Série Ouro, dos times que subirem, somente o Real Madruga estará estruturado dentro e fora de quadra para aguentar os rojões que virão dos atuais times dourados. Não somente por ser o líder do Grupo A, mas também pelos desempenhos de Lokomotiv, Parceradas e Loloverpool (equipes que emergiram da Prata passada) na atual Ouro.
 
A exceção dos que subiram, por enquanto, é o Catimba – dividindo com o Invictus a liderança do Grupo A dourado. Porém, sabia-se que a equipe de Kiko chegaria forte para a disputa. O manager – que nas horas vagas atua pela USV no Chuteira 5 – é apaixonado pelo que faz, sendo tachado às vezes de "maluco". Mantém uma base com Samuca, Pelé, Guga Valadão, Alemão, entre outros, e trouxe novos nomes para incrementar seu plantel, caso de Negueba. O Catimba não era candidato a título – e talvez seja precoce dizer que já se encontra em patamares como os de Torce Contra, Wake `n Bake, TeJanto e MachuPichu –, mas com certeza já fez o suficiente para debutar na principal divisão da Liga Chuteira de Ouro F7 de maneira honrosa. Inclusive, aplicou uma goleada histórica de 7 x 2 em cima de outro estreante de Ouro, que realizava sua primeira partida: vexame do Loloverpool.
 
O ponto de partida para o futuro é justamente o Loló. Pode até vir a se recuperar logo no próximo sábado no jogo dos enrolados (x IMZT) e amenizar a terrível apresentação diante do Catimba, porém será complicado de Magnata e cia. acompanharem o ritmo aniquilador da Ouro, no qual o jogo é jogado até o apito final – entendedores entenderão a redundância. Na Ouro, a força física transcende a boa forma malhando na academia: é necessário ter inteligência na hora de dividir uma bola, ou puxar um contra-ataque, ou até mesmo responder a uma provocação. Kadu foi esperto no jogo do seu IMZT ante o Torce Contra (Grupo A da Série Ouro) quando resolveu se dirigir a mim para reclamar de um lance onde os árbitros acertaram na decisão: quando notou que poderia ser amarelado pela insistência no protesto contra os homens do apito em minha direção, acalmou-se, segurou a garganta e seguiu normalmente na partida. Mostra a sabedoria necessária para vencer uma partida, por exemplo.
 
Também o gol de Pelé – está no feed do Chuteira de Ouro no Instagram – já no final do massacre do Catimba sobre o Loloverpool é uma prova fundamental para a reflexão dos managers da atual Série Prata: quem visa a brincadeira de Série Ouro, terá de descer definitivamente pro playground imediatamente e, mais ainda, essa recreação será sofrida e doída. O carnaval antecipado patrocinado pela defesa do Loló, com um belo "abre-alas" para a experiência de Pelé desfilar sua categoria (com ridícula facilidade), mostra o quanto é necessário, na Prata, não somente pensar como Ouro, mas jogar como Ouro, ter atitude de Ouro. Para quem for entrar na próxima Ouro. Nunca, em 12 anos de casa, tinha visto um tento de jardim de infância na divisão à qual tenho mais apego por questões históricas de trabalho. Era impensável, até acontecer.
 
O Loloverpool é excelente equipe e deve reagir, porém provou da pior forma o quanto é dura a divisão dourada. Ainda mais perdendo para um time ao qual subiu junto – sendo campeão contra ele já inclusive (Chuteira 100|Bronze). Idem o Parceradas, que também deve mostrar outra postura já contra o Wake ‘n’ Bake, mas perdeu mais feio ainda (de 10 pro MachuPichu) na rodada do dia primeiro deste mês – abertura do certame. O Lokomotiv levou menos (8 do Wake n Bake) na estreia e conquistou seu primeiro ponto no eletrizante 3 x 3 contra o TeJanto, mostrando evolução. Mesmo assim, será uma luta árdua para Lucas Botelho e os lokos colocarem sua equipe na fase final. O mesmo ao Juvena, atual campeão da Série Prata, mesmo reforçado com nomes como o de Andreas. Foi buscar um improvável e importantíssimo empate do MachuPichu – sério candidato ao título. Porém, Daniel Xavier teve de se mexer nos bastidores para colocar uma equipe à altura da Ouro, já que Filé e companhia precisavam de reforços. Esses são os retratos dos times novos na Ouro.
 
Então vem o exercício de imaginação. No futuro, permanecerão 12 equipes das atuais e subirão mais quatro. Esses 12 remanescentes já terão, no mínimo, um semestre de conhecimento do solo lamacento e pantanoso que envolve o caminho para o título. Isso já lhes trarão boa vantagem. Logo, ter bom elenco, entrosado, e disposto para ser dourado... não será garantia de nada a todos da atual Prata. Antes de tudo, não se trata de apologia às mudanças, mas sim de adaptações. O Soberanos é bom exemplo. Foi campeão do Chuteira 100|Aço e é o atual vice-campeão da Bronze. Reforçou seu elenco (o ex-Catimba Renan Assumpção é um deles) e amadureceu em termos de pensamento. Reclama menos com arbitragem durante a partida, provoca cada vez menos o adversário, praticamente nem olha para o lado para achar meu rosto ou de Lucas P. A mudança de mentalidade surte o efeito necessário para liderar um Grupo B equilibrado, ao lado do Astúcia.
 
Mesmo assim, ao Soberanos falta detalhes a serem ajustados caso queira ser dourado e, sobretudo, caso consiga, debutar como o Catimba. Aos outros, muitos detalhes. O Pervas mostrou isso diante do Real Madruga, equipe que teria a possibilidade de vingar na próxima edição da Ouro nas duas primeiras rodadas. Salgado, Barro, Tomate e demais pervas foram competitivos, mas a organização tática e cerebral de Zé Mannis, Barriga, Japa, Ornelas e demais madruguistas – agora sob o comando técnico do professor Pedrão – deram as cartas para o líder do Grupo A prateado. Se tem uma equipe doida para jogar a Ouro é o Pervas – possuindo muitos bons jogadores. Contudo, entraria na próxima edição dourada como sério candidato ao rebaixamento. O mesmo vale para todas as outras equipes.
 
Los Borrachos e Midfielders, por exemplo, se fizessem metade das asneiras que realizaram durante o confronto vencido pelo Mid dificilmente se desenvolveriam na Ouro. Além de a divisão não aceitar os tipos de provocações feitos, provocaria uma antipatia que só poderia ser revertida com título. E, cá entre nós, mesmo LBJ e Mid sendo campeões recentemente (Série Bronze e Chuteira Jrs., respectivamente), não são um Nois Que Soma ou um Baixada de Munique, que chegaram na Ouro e logo levantaram o troféu (aliás, estes dois os únicos a vencerem todas as divisões em sequência). Nem o CAV, no mesmo patamar histórico de NQS e BM, conseguiu tal feito. Para os novatos de Série Prata, neste caso principalmente borrachudos e midfildistas, a máxima "pensar com a cabeça de Série Ouro" já deveria ter aparecido para romper de vez um cordão umbilical que ainda os liga à adolescência. E que os atrasa.
 
Quem ainda aprontará muita surpresa é o SPQSF, outro time acostumado com a Série Ouro tanto quanto o Real Madruga. Não à toa a equipe de Meneguelo ocupa a segunda colocação do Grupo A, mesmo assim, num hipotético (que poderá se tornar real vencendo a chave ou sendo finalista) acesso à próxima Ouro, provavelmente voltariam os mesmos problemas de um passado não tão remoto para os irmãos Dicredo, Darx e demais jogadores de uma das equipes mais longevas da Liga Chuteira de Ouro F7. O mesmo pode se dizer de Paraguay, Absolutos, Astúcia, SQS, o estreante GW Altino, Basicus, Divino e Interativo. São equipes onde sobra vontade, mas falta equilíbrio. Equilíbrio para se disputar uma competição de alto nível que são as divisões da Liga Chuteira de Ouro F7. Porém, ele só começará quando a mentalidade for racionalmente mais estudada por cada indivíduo.
 
Acima de todos – A surpresa por ver o Acima da Média liderando o Grupo B da Série Aço de forma isolada é subjetivamente pessoal. A muitos, o motivo é porque se trata de um time de pós-adolescentes (como se isso fosse aberração de circo do fim do século XVIII). Para mim envolve essa crença esdrúxula também, mas com um adicional: a marcação do sistema defensivo é equivalente à de times da Série Ouro (ou que vão chegar nela fatalmente). Concentrados, os meninos que ainda estão na casa dos 19, 20 anos são implacáveis nas antecipações para os desarmes, não deixando seu adversário continuar a potencial jogada. Alia-se à raça a precisão para colocar a bola na rede adversária (tem o 3º melhor ataque da divisão com 11 gols, ao lado de Madureira e Bicho Solto).
 
Claro, não são os 50 minutos que os meninos conseguem exercer seu estilo, mas quando o jogo aparenta estar morto, é ali que dão o bote. Benoia, Luquinha (quando não está suspenso), Drao, Haxifield, Ezra, Goldmann e demais rinocerontes dos olhos vermelhos (alusão ao mascote da equipe) são entrosados e levam 'primeiras fases' muito a sério. Se continuarem mantendo o atual estilo (falar menos com arbitragem e saber atiçar o adversário na hora certa e do jeito correto), vão surpreender ainda mais. Tem muita água para passar por debaixo da ponte antes de conhecermos o primeiro time a subir pra próxima Bronze via Grupo B, porém o AM já atua pensando no futuro.

Comentários (0)