Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Caique Campos lidera um time que ainda vive sob os holofotes da desconfiança, mas avisa que o Real Madruga chegará: “Se não vier agora, com certeza no ano que vem”

É difícil prever se uma equipe pouco conhecida fará sucesso ou não dentro do Chuteira de Ouro. Muitas promessas vingam, outras, desaparecem. Na temporada 2013, isso ocorreu com o Real Madruga. Tímido, sem pompa, disputou a Série Bronze como mero coadjuvante de Lodetti e Bengalas, e até o Bacaninha, times favoritos à conquista do título. Porém, os devotos do morador da casa 72 da vila do Chaves foram avançando de fase e, pronto: prazer, Madruga!
 
Um dos responsáveis por ajudar a montar o time de amigos, além de ser jogador, Carlos Campos, ou simplesmente Caique, acumula também a função de manager e, ao lado de Rafa Ornelas, mantém o padrão e a organização de um dos times mais elogiados.
 
Porém, um estigma ainda pesa: duas decisões e nenhum título. “Acredito que tenha faltado maturidade contra uma equipe experiente, apesar de quase termos revertido o placar desfavorável. Já na final contra o Bengalas, na Prata, tivemos muitos problemas com lesões. Além disso, enfrentamos uma equipe que é forte e estava muito motivada”, comentou Caique.
 
Confira o que disse o camisa 8 do Real Madruga em entrevista exclusiva ao Chuteira News:
 
Hala Madruga! Time chega à Ouro pela segunda vez, e Caique aponta que time está mais maduro

O Madruga quebrou um longo tabu no último sábado ao derrotar, pela primeira vez, o Roletinha. Ao final da partida, os jogadores comemoraram muito. O entusiasmo foi mais pelo fim do jejum ou por ter conquistado seus primeiros pontos na competição deste semestre?
Acho que foi uma junção dos dois fatores. O jogo foi de muita raça e com um placar justo. No final, os jogadores viram a importância desse resultado para o campeonato e, além disso, conseguimos quebrar um longo tabu, aumentando a euforia pelo resultado.
 
Vocês subiram para a Ouro no 1º semestre sem ter vencido seu grupo na primeira fase da edição 13 da Prata, e sem ter chegado à decisão do torneio. Esses fatos têm a ver com a campanha irregular do time nesta temporada, com apenas uma vitória em 4 partidas? Por quê?
Não. No outro semestre que subimos para a Ouro (edição 11 da Série Prata), ficamos em primeiro do grupo na primeira fase e chegamos à decisão contra o Bengalas. E, mesmo assim, tivemos dificuldades com a divisão, ocasionando um rebaixamento. A Série Ouro é muito diferente de todas as outras, e nosso time, algumas vezes, tem altos e baixos em uma mesma partida, ou então alguns minutos de apagão. E isso é imperdoável nessa série, sendo muito necessário regularidade e maturidade para enfrentarmos times que estão há anos dentro da competição.
 
A temporada dos sonhos talvez tenha sido a do 2º semestre de 2013, quando chegaram à decisão da edição 7 da Bronze. Conte mais sobre o mágico momento no qual o Madruga quase cravou seu nome na galeria dos campeões do Chuteira. Conte, por exemplo, qual o momento da arrancada do time na competição, os confrontos ante os principais rivais etc.
Acredito que, em termos de regularidade, a 11a edição da Prata foi nosso melhor campeonato, quando conseguimos o acesso à Ouro na fase de grupos, apesar do vice-campeonato. Entretanto, realmente, essa Bronze foi onde praticamos o melhor futebol. Apesar de uma primeira fase irregular, que terminamos em 4º lugar com a mesma pontuação do 5º (Bonde dos Abelhas) e do 6º (Magnatas), fizemos um mata-mata espetacular, desbancando favoritos, quando éramos tachados de “cavalo paraguaio”. O primeiro mata mata, contra o Corleone, conquistamos a vitória nos minutos finais em um sábado chuvoso, e nos animamos muito para enfrentar o time de melhor campanha, o Kansado. Isso, somado ao que lemos durante a semana, de todos colocando já o Kansado como finalista ao lado do Lodetti, nos impulsionou, levando-nos a um dos jogos mais memoráveis da história da equipe, onde aplicamos 5 x 0 sem dar chance para o azar, calando a boca de muitos e mostrando que tínhamos muito a dar. Na semifinal enfrentamos o Cachorro Velho, em mais uma ótima atuação da equipe, e aplicamos 5 x 1 sem dificuldades. Na final, o Lodetti era apontado como favorito no confronto. Talvez por falta de maturidade, não entramos concentrados e fizemos um 1º tempo para se esquecer, com um 5 x 1 adverso. Entretanto, após uma conversa e de todos olharem um na cara do outro, sabíamos que tínhamos condições de sair daquela situação. Voltamos ao 2º tempo e, em menos de 15 minutos, construímos 3 gols, deixando a decisão em um franco 5 x 4. Nos 10 minutos finais pressionamos muito, mas infelizmente o goleiro deles, a trave e a qualidade do time adversário nos impediram de levantar o caneco. Fizemos um 2º tempo de botar medo em qualquer adversário, o que ajudou aquela final a ser memorável.
 
Caique em ação: time joga junto desde os tempos de colégio; só falta o Catatau vestir o manto azul

Como foi formado o Real Madruga? Dizem que quem manda é você, está certo?
Éramos um grupo de amigos da escola que sempre jogaram bola juntos. Além de campeonatos escolares, montávamos times para disputar competições de futsal em clubes. Um dos amigos, Catatau (no Roleta Russa Olímpico), começou a disputar o Chuteira, se não me engano em 2011, e apresentou com ótimas referências da competição para mim e para o Rafa Ornelas. Nos interessamos pelo campeonato e, a partir desse grupo de amigos, outras amizades feitas em times de várzea e em times das faculdades, fundamos o Real Madruga. Atualmente, eu e o Rafa continuamos concentrando as decisões do time.
 
E como é administrar uma equipe de amigos? Quais as vantagens e dificuldades?
Apesar de ser um time de amigos, todos têm a mentalidade de querer vencer. Isso, algumas vezes, causa alguns problemas, porque jogadores que estão em piores momentos que outros acabam jogando menos ou nem jogando, gerando certas insatisfações dentro do elenco. Entretanto, a amizade sempre prevaleceu e conseguimos constituir uma família.
 
Inevitável perguntar sobre o nome da equipe. Por que e de quem foi a ideia? E por que a cor azul?
Após a formação inicial da equipe, sugerimos ideias de nomes a todos os jogadores. Foi quando o nosso capitão, Cesão, sugeriu o nome de Real Madruga. Todos gostaram e resolvemos utilizar. O símbolo foi uma consequência do nome, utilizando a forma do escudo do Real Madrid com a caricatura do personagem homenageado, feito por um amigo do time. A cor azul foi um consenso, de preferência dos jogadores.
 
O estilo de jogo e filosofia do time é inspirado em alguém? Quem seria(m)?
Não tivemos nenhuma inspiração. Vimos que temos um esquema de jogo defensivo muito bom, sendo em algumas oportunidades a melhor defesa do campeonato. Com isso, priorização da marcação e o toque de bola, porque sabemos que as oportunidades de gols são consequência.
 
Incomoda-te o fato de o Real Madruga ser visto na Ouro como uma equipe fadada a rebaixamento antes mesmo de a competição começar?
Não. Em todos os campeonatos que passamos, seja Aço, Bronze, Prata, sempre fomos tratados como zebra ou então um time de sorte. E sempre fomos subindo de um semestre para o outro e chegando em duas finais consecutivas. Vamos mostrar que também será diferente o que pensam de nós esse semestre, um pouco mais encorpados e maduros para o que exige a competição.
 
E a estigma de ser uma “equipe da Prata”, já que fazem grandes campanhas na divisão mas acabam sofrendo na Ouro? Como lida com isso?
Em duas vezes que jogamos a Prata, ambas conseguimos o acesso, e isso mostra que o Madruga não é equipe de Prata, porque sempre lutamos pelo título. O que nos resta é estabilidade na Ouro para mudar esse fardo.
 
Tem explicação para o time ir bem na Prata e sofrer na Ouro?
A Ouro é uma divisão muito nivelada, não existem equipes tecnicamente ruins. E, além disso, demanda maturidade, que em algumas ocasiões o Madruga acaba pecando.
 
O Madruga pensa em reforços ou o elenco atual é satisfatório?
Trouxemos 3 jogadores para este semestre. Um é conhecido do Chuteira, o Peter (ex-Ras Time), que está voltando de lesão, e outros dois conhecidos do time do futebol universitário. Apesar de termos duas baixas para este semestre, do Cardoso, com uma lesão grave no joelho, e do Caio Rocha, que foi viajar, acreditamos que com esses três reforços e a volta do zagueiro Gus estamos com o elenco fechado para este semestre.
 
No Chuteira, foram duas finais e dois vice-campeonatos (VII Bronze, x Lodetti e XI Prata, x Bengalas)

Vocês participaram da 1ª edição da Aço, que tinha, entre outros, Futsamba, Kansado, Lodetti, Bengalas e Real Paulista Classic. Hoje, as equipes citadas, além do Madruga, compõem a Série Ouro. Por que ascensões tão rápidas?
As ascensões foram rápidas porque são times de muita qualidade, que viram com a abertura da divisão Aço a oportunidade de entrarem em um campeonato divertido e com uma estrutura boa, sem a necessidade que antes tinha de conquistar uma taça para ingressar ao Chuteira. O Madruga sempre foi subindo de divisão com essas equipes até a Prata, mas apenas nós, Bengalas e Kansado que tiveram todas as promoções até a Ouro. Total de 3 semestres até a chegada à principal divisão. Fazer parte desse grupo de equipes mostra a força do Madruga, devido à qualidade que as outras têm, algumas que hoje são até rivais, diante a quantidade de jogos que já ocorreram.
 
O time foi finalista por duas vezes, mas perdeu nas duas ocasiões. O Madruga é pipoqueiro ou apenas lhe falta sorte?
Na final ante o Lodetti, na Bronze, acredito que tenha faltado maturidade contra uma equipe experiente, apesar de quase termos revertido o placar desfavorável. Já na final contra o Bengalas, na Prata, tivemos muitos problemas com lesões, antes e durante o jogo. Além disso, enfrentamos uma equipe que é forte e estava muito motivada, e com todos os jogadores disponíveis.
 
O que falta para o Real Madruga levantar um troféu no Chuteira de Ouro?
Não falta nada. Se não vier este semestre, com certeza no ano que vem virá.
Comentários (0)