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Quando a decisão da Bronze 23 entre Fúria ZB e Sanjamaica começar, será um presente às velhas-guardas da LCOF7

Duas equipes de longa data dentro da Liga Chuteira de Ouro F7 farão a finalíssima da Bronze 23 neste sábado. Ao pisarem no gramado do Estádio Chuteira de Ouro 14, às 08h45, para o início de Fúria ZB e Sanjamaica, tanto Kauê Godoy quanto Furta deverão sentir um misto de sentimentos até a arbitragem assoprar o apito inicial. Classificados, de quebra, à próxima edição prateada, tanto zero-balistas quanto sanjamaicanos têm tudo para esbanjar experiência não apenas nos nomes das equipes, mas também entre os jogadores.

Os trabalhos nos bastidores das duas diretorias resultaram nessa decisão, mas não foi de supetão. Desde o retorno das competições via Chuteira 100|Aço, ao qual o Sanja participou, ambos demoraram para engrenar. A turma do Vale do Paraíba chegou à semifinal do torneio de retorno da LCOF7, parou nas semifinais diante daquele que seria campeão – o Soberanos – (leia aqui), para depois encontrar o Fúria ZB na atual divisão à qual decidirão o título dois anos depois, mas na edição 20. Inclusive, começaram ali a rivalidade sadia (relembre). Porém, foi durante esse período que as espinhas dorsais das equipes foram moldadas. Nomes que brilharam na Bronze 23 não vieram neste semestre: estavam nos elencos desde o término do período de lockdown a eventos esportivos.

Piska, Tieppo, Renatinho, Rafinha, Kadu, entre outros zero-balistas, e Morcego, Saracura, Wesley, Thiaguinho, Enchente etc., do lado sanjamaicano, são exemplos. Nas metas, se o FZB tem Miranda - revelado pelo Joga Fácil -, o Sanja responde com Iago ou Gibelli. Se as experiências de Leandro Dias e Renan Barnabé estarão à disposição do FZB no comando técnico, a presença de Nonato tranquiliza o Sanja. Enfim, a divisão mais charmosa da LCOF7 terá uma decisão à altura.

Para agitar ainda mais a finalíssima, fizemos três perguntas a Kauê Godoy e Furta, personalidades de Fúria ZB e Sanjamaica, respectivamente, de uma trajetória que resultará em título para ambos. Resta saber quem conquistará o mais cobiçado, o de campeão da Bronze 23. Confira:

A “terra bronzeada” está para ter um novo dono. Você sentiu que foi uma edição com equilíbrio, ao qual não tinha favoritos no começo, ou acha uma tese exagerada? Como você enxergou as forças da Bronze 23?

Kauê Godoy (FZB) - Acreditava que não existia nenhum grande favorito. Nós do FZB não nos credenciávamos, pois no semestre anterior tínhamos ido muito abaixo do nosso potencial. Ao decorrer da competição fomos enfrentando os "favoritos" (Cozinha da Vila, Bicho Solto, etc.) e  ganhando de todos eles - até com certa facilidade em alguns confrontos. Acredito que na primeira fase conseguimos superar todos os nossos adversários sem grande dificuldade, e no mata mata, o Bicho Solto fez uma partida dura contra a gente.

Furta (Sanja) - Essa Bronze foi a mais nivelada das quatro que o Sanjamaica participou. Concordo com a análise da imprensa chuteirense em relação ao equilíbrio entre os times participantes, não havendo candidatos óbvios ao título (como Cacildes de Ramos e Panela na edição passada). Acredito também que a qualidade do futebol da divisão aumentou. Essa temporada não havia times de baixo nível técnico. Grandes equipes ficaram pelo caminho e poderiam tranquilamente estar disputando essa final: GalataSarrei, Cozinha da Villa, Ou Não e Bicho Solto são exemplos disso. No desenrolar do campeonato, a experiência na divisão e o comprometimento acabaram favorecendo Sanjamaica e Fúria ZB, este que fez uma campanha impecável na fase de grupos e confirmou sua força eliminando fortes times no mata-mata. Nós começamos mal, mas conseguimos nos reiventar e encontrar nosso caminho durante a competição, crescendo na reta final. Enfim, pelo conjunto da obra, FZB, com sua campanha impecável, e Sanja, com seu comprometimento inabalável, mereceram fazer essa decisão, mas as esquadras jovens e talentosas que chegaram nesse semestre à Bronze têm tudo para se desenvolverem e disputarem o caneco nos próximos anos.

Em se tratando dos times, temos uma década de um lado, e a metade, no outro, dentro da LCOF7. Depois da decisão, o destino é a Série Prata – fato inédito para ambos. Vocês poderiam descrever suas respectivas sensações em relação ao tempo, desde os teus inícios, e os das equipes, até a confirmação da primeira decisão da história – quando se trata das divisões – tanto para FZB quanto Sanja?

Kauê Godoy (FZB) - Comecei no mundo chuteirense em 2013, passei por Tucho, Fúria Futebol Moleque (FFM), Imperial, e agora no FZB, que é uma fusão entre dois times, o FFM e o Zero Bala. Essa é a primeira final que disputo mesmo já tendo jogado divisões acima da Bronze, como a Prata e a Ouro pelo Imperial. Nunca tinha chegado em uma final. A decisão, por si só, já é algo que dá um frio na barriga, mas esse jogo também será especial pois será o primeiro que o meu filho vai entrar em quadra pelo FZB. Então, a minha ansiedade é por poder jogar com ele, e também para levantar esse caneco, coisa inédita na história do FZB.

Furta (Sanja) - O Sanjamaica iniciou sua trajetória no segundo semestre de 2018, na saudosa IV Copa Estrelato, que contava com equipes de nível técnico muito alto e que seriam campeões de diversos torneios na LCOF7 como Vendetta, Rachão fc70, Zero13 e Catimba. Começamos despretenciosamente, acredito que como a maioria dos times, mas fomos nos apaixonando pela rotina de sábados de Chuteira de Ouro, resenhas pós-jogo e tudo que envolve a disputa do campeonato. Contudo, nossa trajetória foi tardiamente iniciada, a maioria dos jogadores já estava chegando na casa dos 30 anos naquela época, o que dificultou nossa evolução nos primeiros semestres. Era difícil cobrar comprometimento e futebol com filhos nascendo, rotina puxada de trabalho etc. Para piorar, ainda perdemos dois anos com a pandemia. Mesmo assim, aos trancos e barrancos, fomos subindo as divisões com jogos épicos: como as quartas do Chuteira 100|Aço contra o GW Altino e a semi, decidida no shoot out, contra o Soberanos. 
Na volta pós-pandemia, o Sanjamaica passou por sua pior fase, desempenhando abaixo do esperado, e tendo um 2022 sem nem conseguir se classificar para as fases eliminatórias das duas Bronze que disputamos. Essa fase ruim foi um divisor de águas. Fizemos uma reformulação no elenco, mantendo os jogadores que ainda tinham tesão em competir e fomos atrás de novas peças para criar um time com capacidade de disputar títulos em 2023. Neste ano, o time evoluiu muito. As peças novas se encaixaram bem, e quem já estava antes evoluiu o desempenho, se comprometendo mais com o time e com a competição. Voltamos às quartas de final no primeiro semestre, sendo eliminados pelo Panela em um jogo duríssimo, e fizemos duas semifinais nos torneios de meio de semestre (Apertura e Bola na Rede). Essa evolução toda resultou nesse fim de temporada incrível, disputando nossa primeira final contra nossos parceiros do Fúria ZB. Quem participa da LCOF7 sabe o quanto é difícil chegar a uma final de Bronze, e só tenho a agradecer aos jogadores por todos os sacifícios feitos nessa temporada para que o time chegasse nesse nível. O Sanjamaica é um time de 30+, feito apenas por amigos de longa data, sem técnico fixo (democracia sanjamaicana), mas que compensa na raça, comprometimento e qualidade técnica.

Para o dia 16 de dezembro de 2023, data do confronto histórico, era esperado o teu adversário da decisão? Quais características do time rival você conhece? Superá-lo como?

Kauê Godoy (FZB) - Quando saiu o chaveamento, acreditei que o Ou Não seria o adversário da final, não por achar que é melhor que o Sanja, mas por ter liderado o Grupo B e entrar para o mata-mata sem a pressão de ter de ganhar para subir de divisão. Nós assistimos à maioria dos jogos do Sanja, eles são um time muito forte fisicamente e muito bom no jogo aéreo, tem ótimos jogadores como Thiaguinho, Furta, Morcego, Wesley e Saracura. Temos que ficar muito atentos em todas os escanteios e laterais próximos à nossa área, e sabemos que, se eles tiverem oportunidade de bater, mesmo que de longe, fazem isso. Acredito que precisamos impor nosso jogo de posse de bola e tentar encontrar os espaços através da movimentação do nosso ataque, temos excelentes jogadores e que estão em ótima fase. Se quisermos sair vencedores temos que estar concentrados e igualar na vontade, se isso acontecer, a chance de ganharmos aumenta.

Furta (Sanja) - Depois de uma campanha 100% de aproveitamento na fase de grupos, esperávamos sim que o Fúria ZB chegasse à finalíssima, pois apresentou um futebol acima da média da divisão. O time é muito qualificado. Possui uma boa mescla de jogadores experientes e mais jovens, com destaques para Fran, Piska, Tieppo, Nattis, Menor, entre outros. Se reforçaram bem para essa temporada e, comandados pelo vitorioso técnico Leandro Dias, evoluíram muito o desempenho em relação à temporada passada. Fomos derrotados por eles na fase de grupos em um jogo duríssimo, com grande atuação do MVP e artilheiro do campeonato, Piska. Acredito que será uma excelente partida, digna de final de Série Bronze.
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