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Divino engole Madruga, segura o placar e nocauteia com um grande 4 x 1 na reta final para levantar a taça!

No papel, Divino contra Real Madruga era a final que todos queriam ver nessa edição da Prata. As duas equipes fizeram campanhas parecidas, crescendo na hora certa e acabando na liderança de seus grupos na primeira fase, fizeram bons jogos no mata-mata e prometiam um confronto equilibrado pela taça. Ainda que a pirotecnia desnecessária na hora de entrar em campo, pelo lado do Divino, apontasse alguma mística azarenta, foi o time de Andrade quem amassou e engoliu seus adversários para fazer uma grande partida e sair com a taça! Ranny, Caique e uma pitadinha de Giro fizeram tudo funcionar no primeiro tempo para construir uma receita divina, e a dificuldade de disputar e reter a bola por parte do Madruga foi o grande diferencial para Ornelas, Cainho e Flavinho passarem longe do cardápio.
 
Quem nunca abocanhou qualquer coisa crua que jogue a primeira pedra. Antes mesmo de arrumar a cozinha e organizar um mise en place, o Divino já chegou beliscando. Luisinho tabelou com Caique pela direita e invadiu a área para receber. Carioca saiu do gol no desespero e o divino 12 tentou encobrir o goleirão, mas mandou para fora! Quaaaseee!! O placar poderia ter sido aberto com 20 segundos de partida!
 
Ornelas falhou em segurar as primeiras tentativas de ataque madruguenses, e o Divino foi excelente em capturar toda disputa de bola na meiuca. A conjuntura ficou perfeita para o brilho do chefe da cozinha: Ranny. O divino 18 foi um verdadeiro maestro por todo o primeiro tempo, ditando o ritmo do jogo.
 
Lógico que parte do sucesso do Divino foi estruturado a partir dos próprios erros do Madruga, que deu espaço demais para a defesa divinense trocar passes antes da linha de meio de campo, sem ser incomodada. Postura esperada, mas não tão bem sucedida. Se, por um lado, o Divino não foi feroz em construir jogadas por causa da tática do RM, os divinenses também não foram agredidos na defesa. Nesse quesito, mérito para Andrade, que marcou bem e tirou Ornelas do sério já nos primeiros minutos, fazendo a temperatura da panela subir.
 
A primeira descida ao ataque do Madruga foi na disputa de Zé com Luisinho. O RM 23 tentou a jogada aos 4, algo entre um chutamento e um cruzachute, e praticamente recuou para as mãos de Renan. O Divino fez a panela de pressão chiar no minuto seguinte. Caique tabelou com Giro e Cesão chegou com a água fria para desarmar a jogada quando o divino 20 entraria livre na área! A bola ainda pipocou no meio da confusão depois que Zé acabou desarmado por Ranny. Caique tocou na direita para Luisinho chegar batendo. UUUUHHHH!!! Tirou tinta do travessão!
 
A fervura baixou por causa do jogo catimbado. Para tentar sair da tábua de corte, o Madruga tentou se reorganizar. Com a bola parada, pela direita defensiva, o RM tentou encaixar o ataque. Depois do corte afiado de Andrade e do salteado da disputa no centro de campo, Ranny foi esperto para interceptar a tentativa de passe de Zé. Contra-ataque fulminante pelo meio do divino 18, que bateu no canto direito e contou com um toque, a contragosto, de Ninja. A bola surpreendeu Carioca e entrou no canto direito! Balança a rede! 1 x 0!
 
Se pudesse, o Divino manteria a partida em banho-maria. O Real Madruga manteve suas dificuldades, até na hora de trocar passes na defesa, sem pressão adversária, o time parecia escorregar na manteiga do seu próprio psicológico. Andrade e Dú exploraram bem, cutucando a paciência de Ornelas até render um cartão para o madruga 9 e para Ranny, aos 12.
 
 
Apesar de se mostrar disposto a administrar o jogo e deixar o tempo correr, o Divino não deixou a partida apenas fermentando. Edú arrancou uma boa falta pela esquerda ofensiva, depois de ser empurrado por Ornelas. Ranny cobrou com um passe rasteiro para o meio e Caique apareceu para finalizar no cantinho direito. CARIOCAAAAA!!! O goleiro se esticou para espalmar! No lance seguinte, Seco perdeu a bola para Mogi. Ele tocou na esquerda para Giro fuzilar a meta. Por cima do gol! Tirou tinta do travessão!!!
 
Completamente triturado em campo, o Madruga não teve opção a não ser pedir tempo logo depois de mais uma jogada perigosa do Divino. A estratégia passou por trocar Ornelas por Jailson no ataque central madruguense. A questão é que o madruga 26 entrou com a cabeça tão quente quanto a de seu companheiro e, já na primeira jogada, deixou um braço para cima de Andrade e aumentou a temperatura da partida.

Uma discussão estava na iminência de eclodir, principalmente depois que Cainho parou Maga no carrinho, na altura do meio de campo, mas Ranny e Caique mandaram a partida para o congelador, outra vez segurando a bola na defesa divinense e diminuindo o ritmo do jogo. O Madruga voltou a se comportar como se não estivesse no meio da água fervendo. O Divino construiu com Ranny, Maga e Caique. Aos 23, o divino 20 recebeu de Mogi e mandou a bola para a ponta direita. Maga cruzou para dentro da área e Seco enrouqueceu a torcida divinense! É gol contra! 2 x 0!
 
Para a sorte do Madruga, ainda houve acréscimos a serem jogados no primeiro tempo por causa do jogo picotado. Sorte ou azar? A desorganização ainda era gritante, e o Divino chegou outra vez até com certa tranquilidade. Caique recebeu de Robinho e tocou no meio para Ranny. Ele teve espaço para avançar, mas faltou tempero no chute e a bola passou por cima do gol! Aos 26, Cainho recebeu de Zé e fez uma tabela com Jailson que teve aroma de gol. O chute do RM 13 também passou por cima da barra!
 
Foi chocante perceber que a primeira finalização de fato do Madruga só veio nos acréscimos do primeiro tempo. Mas o time de Zé estava guardando a explosão de sabor para o final. Foi do smurf 23 a cobrança de lateral da direita para o primeiro pau. Flavinho apareceu como se fosse o recheio que surpreendeu Maga, cabeceou cruzado e balançou as redes! O Madruga ainda vive! 1 x 2!
 
A missão dos madruguenses se tornou qualquer coisa longe do impossível. Mas a necessidade da mudança de atitude e de tática era gritante se o time quisesse amaciar o jogo para desossar o Divino e descascar uma virada. Não foi o que aconteceu. Robinho abriu os trabalhos na etapa final, tentando apimentar a partida para os divinenses. Ele cobrou lateral da direita, recebeu de volta de Guinho, cortou para o meio e bateu rasteiro. UUUHHHH! Passou pertinho da trave esquerda!
 
Não dá para dizer que a estratégia madruguense não mudou. Intencional ou não, o time passou a tentar conter a máquina azeitada do Divino segurando a bola para espremer os adversários na defesa, abrindo mão de um dos melhores aspectos do RM nesse mata-mata: as transições rápidas em contra-ataque. No melhor sumo que o Madruga extraiu do início do segundo tempo, Jailson recebeu a cobrança de lateral de Vilhena e escorou para o chute de Flavinho. A arbitragem marcou reversão na cobrança do RM 3 e cancelou um ataque promissor. No lance seguinte, Robinho sofreu falta de Vilhena, na altura da linha de shoot out ofensiva do Divino. Ele mesmo foi para a cobrança, mas isolou!
 
Conseguindo algumas escapadas, o Madruga foi para o ataque, mas ainda faltava aquela chunchada na qualidade. Vilhena e Ninja passaram longe de acertar o gol, escorrendo dois ataques interessantes diretamente pelo ralo. Zé fez diferente e, aos 6, cobrou lateral da esquerda para o meio. Cainho apareceu para encobrir Ferrugem, que substituiu Renan na meta divinense, e ia fazendo um golaço. Se não fosse por Rafinha, o goleiro estaria frito! O divino 10 salvou em cima da linha para impedir o empate!
 
O bom momento do Madruga logo virou fumaça e as coisas só não pioraram por causa das intervenções de Vilhena, que seguiu parando os ataques adversários com faltas, impedindo a progressão das jogadas. Em uma delas, da direita, Caique assumiu a cobrança e mandou no meio do gol para Carioca espalmar! Na confusão que se seguiu, a arbitragem detectou algum tipo de infração no contra-ataque do Madruga, quando Jailson carregou a bola pelo meio. Ranny foi acusado, processado, condenado e o Divino perdeu seu chefe de cozinha. Segundo amarelo e consequente vermelho para o, até então, melhor jogador da partida!
 
Depois de mais de 5 minutos de torrar a paciência, com paralisação e muita contestação, o jogo ganhou sequência para o Divino tomar um susto. Vilhena cobrou lateral da esquerda para o segundo pau. Zé apareceu livre para cabecear e mandou no travessão! A bola ainda pingou em cima da linha, mas acabou batendo em Padilha e se recusou a entrar! Inacreditável! No minuto seguinte, Zé recebeu de Vilhena e soltou para Cainho. Ele tabelou com Flavinho pela direita, foi à ponta e bateu cruzado. Ornelas não acompanhou a jogada, não deu o carrinho e viu a bola passar para fora!
O Divino conseguiu resistir ao Madruga até o fim da penalização pela expulsão e usou um pedido de tempo aos 18 para resfriar o jogo. Mais perto da reta final, a estratégia divinense passou por fatiar a partida e gastar todo o tempo possível. Pelo lado madruguense, começou a pincelar o desespero. De longe, Ornelas falhou em levar qualquer perigo ao gol de Ferrugem. Bateu mal e mandou para fora! Entre uma queimada de tempo e outra, o Divino apareceu no ataque e quase ampliou. Boa jogada de Caique com Giro pelo meio, até o corte de Seco. Edú ficou com a sobra pela esquerda em boa posição para o chute, mas Carioca saiu do gol para fechar o espaço! Espalmou o goleiro! O rebote voltou para o divino 16, que tocou para o chute de Caique. NA TRAVEEEE!!! Beijou a trave esquerda e foi embora!
 
Os acréscimos foram longos, não só pela confusão da expulsão, mas também pelos pedidos de tempo (o Madruga acionou aos 25). O Divino soube ser copeiro e não hesitou em marinar a partida quando teve a posse da bola. Quando chegou ao ataque, além de levar perigo, também foi colecionando faltas, com Vilhena cometendo a quinta falta madruguense nessa segunda etapa aos 30. A grande chance desperdiçada por Caique inflamou a mente do Divino, que percebeu que dava para ampliar e matar o jogo na reta final. Mas era preciso paciência para preparar outra oportunidade. Sal tocou para Dú, que passou por Zé e tocou para a direita. Luisinho chegou batendo no ângulo direito e Carioca foi buscar! QUE DEFESAÇA!
 
Paciência foi o que Ferrugem debulhou do Madruga aos 31, pedindo atendimento médico só para fazer o time de Zé e Ornelas espumar de raiva. Se a atuação do goleiro estava mais para coloral do que para uma páprica picante, tudo mudou na cobrança de tiro de meta. O divino 1 teve a inteligência e a precisão para encontrar Caique plantado na trave esquerda madruguense para dominar a redonda e bater entre as pernas de Carioca! Dá o gol pra ele! Que lançamento foi esse?!?! Entreguem a taça! 3 x 1!
 
Mas, calma! Ainda faltava a sobremesa. Cainho parou Padilha com falta. A sexta do Madruga, shoot out assinalado! Dú assumiu a cobrança, mas não foi fominha. Percebeu a disparada de Caique pela direita e segurou a bola por tempo suficiente para distrair Carioca e tocar para o divino 20 na entrada da área, que só teve o trabalho de empurrar para o gol vazio e degustar o sabor do título! 4 x 1!
 
Encerrando a Prata no melhor tempero, o Divino sobe de divisão com mais moral depois de levantar a taça. O Real Madruga, junto a Soberanos e Interativo, também tem muito o que comemorar, se juntando aos divinenses como as novas carnes folheadas a ouro pintando no pedaço. Que façam um próximo semestre brilhante!
Ficha técnica
 
Real Madruga 1 x 4 Divino – Final do XXIV Chuteira de Prata
 
Gols: Flavinho (RM); Ranny, Seco (contra) e Caique (2) (D)
 
Cartões amarelos: Cainho, Jailson, Zé, Ornelas e Vilhena (RM); Ranny, Dú, Rafinha e Robinho
 
Cartão vermelho: Ranny (D)
 
MVPs: 1 – Caique (Divino); 2 – Ranny (Divino); 3 – Dú (Divino)

 
PREMIAÇÃO INDIVIDUAL
 
Artilheiro – Zé (Interativo)
 
MVP – Zé (Interatvo) e Erick (Paraguay)
 
MVG – Carioca (Real Madruga)
 
MVP das finais – Dú (Divino)
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