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Evolução das jovens equipes que adentram o Chuteira, como o Ventiladores, é visível, comprovando que só o tempo traz o equilíbrio entre maturidade, força física e habilidade

Uma equipe do Grupo A da Série Aço e um jogo do último sábado no Chuteira 5 escancararam uma verdade incontestável: parafraseando Fauzi Beydoun na música Ruínas da Babilônia, “é preciso dar tempo ao tempo” antes de diagnosticarmos nossos pensamentos unilaterais e egoístas e os alastrarmos para os quatro cantos. Traduzindo: tem equipe que já subiu de patamar, e outras alcançarão o mesmo estágio – num futuro nada distante –, mas você não se atentou. O Ventiladores é a prova maior da passagem de um semestre a outro, quando se imagina que cada equipe se reforçará e, se for de elencos juvenis, melhorará com o crescimento individual de cada jogador. A última ventilada da turma de Tomita e Gui Kril foi segurar o forte Tirinhas Rocontec num empate para lá de aguerrido pelas duas partes. O resultado ajudou um pouco em termos de classificação, mas em desempenho técnico e tático, o Ventiladores entrou de vez no espírito da Liga Chuteira de Ouro F7.
 
É uma das equipes da geração pós-pandemia da Covid-19. Estreou na VIII Copa Apertura (fev21) tendo como nomes conhecidos Jiraya e Deliba em seu plantel – que se dedicavam também a outras agremiações (isso já falando de sua apresentação na VIII Copa Estrelato). A semente brotou e a equipe adentrou as cinco principais divisões da Liga Chuteira de Ouro F7 na 13ª edição do Chuteira 5 – quando terminou eliminado na primeira fase com os mesmos 7 pontos do Real Baixada, ficando de fora da festa pelos critérios de desempate. Com isso, abriu mão dos jogadores badalados para se concentrar no grupo de amigos que, hoje, se intromete na briga pela liderança do Grupo A e na conquista, sucessivamente, do acesso direto à próxima Série Bronze. Os irmãos Kril (Leonardo e Guilherme), Tomita, Pela, Gui Avilez, Severino, Lenzi, Pela, entre outros ventiladores históricos, estão na segunda colocação com 8 pontos – à frente de Tirinhas Rocontec, Zona Nossa e Lapiros – e sem nenhuma derrota. Qual o segredo do sucesso?
 
Não tem segredo: é tempo.
 
Sabe-se que a maioria dos jogadores da Liga Chuteira de Ouro F7 não se interessa por nenhuma outra equipe, exceto a própria. Mesmo que fiquem assistindo a alguma partida enquanto se divertem bebendo e conversando, não dão a mínima para as mudanças internas de cada time. Pegando o gancho, o que a maioria dos adversários do Grupo A desacreditava era na capacidade da biologia. O Ventiladores, mesmo eliminado, travou bons duelos no mesmo Grupo A do último Chuteira 5. Ficou de fora da fase final por detalhes – estes, corrigidos para a atual Aço.
 
Primeiramente, o físico. O teste contra o Tirinhas Rocontec foi duro, mas a equipe passou por ele. Contra Chidam, Bolado, Bahia e demais rocontecssistas, era preciso igualar no corpo a corpo. Em segundo, a inteligência. O Ventiladores abriu o marcador com um gol-contra, após cobrança de lateral, e neutralizou o TR até sofrer o empate polêmico – jamais abrindo mão de seu plano tático, com uma marcação pesada para segurar um ataque acostumado a fazer gols e a incomodar defesas adversárias.
 
O estágio alcançado pelo Ventiladores surpreende, sim. Porém, não deveria ser a coisa mais extraordinária do momento, muito menos a maior aberração dos últimos anos. Se alguém encara dessas formas, jamais evoluirá como sapiens, porque no próximo Chuteira 5 virão mais equipes parecidas – e se você vier a se espantar com potenciais boas campanhas de La Barca e Canxa Mirra, por exemplo, no próximo semestre, lembre-se que foi avisado nesta coluna sobre a passagem do tempo.
 
Falando em Chuteira 5, o jogo citado na primeira linha do texto foi Choppecoense 2 x 5 Canxa Mirra, pelo Grupo B. O comparativo com o Ventiladores é facilmente explicativo. Duas equipes com boas peças individuais que formam talentosos times, mas que não encontraram o equilíbrio necessário para levantarem taças na Liga Chuteira de Ouro F7. Isso ocorrerá naturalmente no curso da vida.
 
O Choppecoense chegou à partida com duas vitórias em três jogos e uma animação sem tamanho. O Canxa Mirra, ao contrário, tinha somado apenas 1 ponto e se encaminhava para amargar um encaminhamento de eliminação precoce. Não apenas venceu, como entrou na briga por uma das vagas ao mata-mata. É capaz de apenas um deles avançar, ou ambos, ou nenhum, mas o certo é que não estão preparados para ser o campeão desta edição: estão usando o torneio para se prepararem ao próximo semestre, tal como o Ventiladores.
 
Claro, é futebol society, é Liga Chuteira de Ouro F7, ok. Se vierem a levantar a taça deste semestre, que bom para eles, a maturidade chegou antes de tudo. Só que a inconstância é uma commodity muito alta a ser investida quando cruzarem com Cacildes de Ramos, USV, Panela e Pegada Sinistra, por exemplo. Por enquanto, lutam por afirmações. As mesmas afirmações que valem ao Ventiladores. No momento, já segurou o líder Madureira e o Tirinhas Rocontec no Grupo A da Aço, e venceu Rabisco e Imperas. Porém, terá pela frente dois reencontros indigestos na luta por classificação e liderança da chave: Zona Nossa e Lapiros, aos quais perdeu no Chuteira 5 passado, além do Sauna. Se não pontuar como fez até agora, as teses vão por água abaixo.
 
Na boca do Bi – Se Wake `n´ Bake, Invictus e MachuPichu querem ser campeões da 30ª edição da Série Ouro, é bom se prepararem ainda mais, porque o bicampeonato do Torce Contra é a maior probabilidade no momento. Nem tanto pelo que vêm demonstrando em quadra: é o time de Puffão e Rato que está voando. No último sábado, pela 3ª jornada, o Olimpo tinha a possibilidade de uma revanche – na edição dourada passada, foi eliminado nas semifinais (relembre aqui). Fez frente nos 10 minutos iniciais, mas num único vacilo de seu meio de quadra, deu brecha para Interior abrir alas para, depois, Kinhas e demais torce-contristas deitarem e rolarem com um 8 x 3 desconcertante a qualquer equipe da principal divisão da Liga Chuteira de Ouro F7.
 
O que chamou a atenção foi a constante troca de passes do time comandado por Dener, começando atrás com Mosquito, passando por Kinhas, Felipinho e Dantas, entre outros, até Renan no ataque. Uma equipe "redondinha", que terá um bom desafio na próxima rodada: o Invictus terá a chance de mostrar que pode, sim, ser a via a derrubar o atual campeão.
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