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São mais de 15 anos de história e comendo o pão que o diabo amassou para que pudéssemos voltar a ter Acidus – campeão da Série Bronze no último sábado – e MachuPichu, finalista da Série Ouro

No penúltimo sábado de Liga Chuteira de Ouro F7 em 2022, muito saudosismo para quem respira suas divisões como se fosse o último ar da sobrevivência. Acidus campeão do XXI Chuteira de Bronze. MachuPichu na decisão do XXX Chuteira de Ouro. Só nessa brincadeira, são mais de 15 anos cada um dessas franquias (Acidus fundado em 2006 e MP, 2007)! Dispensa dizer que, história, ambos têm para contar (de todos os tipos). O diferencial de 2022 para os anos anteriores está no produto final: o primeiro levantou algum título de série pela primeira vez em sua história; o segundo debuta em decisão dourada. Façanhas que alegram e, ao mesmo tempo, causam impactos em outras equipes – sejam as de longa data ou para quem chegou pós-pandemia da Covid-19.
 
Para falar desse impacto é necessário retornar ao passado. O Acidus surgiu em 2006 para jogar a 2ª edição da Série Ouro – única existente na ocasião. Chegou a jogar uma decisão, em 2007, no IV Chuteira de Ouro, perdendo no gol de ouro para o que viria a ser primeiro tricampeão da história, o SNG. A partir dali, surgiu um sujeito apaixonado pelo verde e preto – que passou a colorir sua pele nos anos seguintes: Lói (veja seu braço e você saberá o tamanho dessa paixão). Quanto ao MachuPichu, apareceu em 2007 estreando na 3ª edição dourada, trazendo dois irmãos tão amantes por cores quanto Lói, mas pelo vermelho, preto e branco: Ricci e Tebas (ao lado do hoje afastado Danilo, os fundadores do time peruano). São personas distintas com o objetivo único de levar suas equipes aos principais títulos. Três cidadãos ainda em atividade após 15 anos cujo sonho é (ou era) cravar os nomes Acidus e MachuPichu no hall de campeões da história da Liga Chuteira de Ouro F7. O segundo já havia conquistado o troféu da Prata, mas deseja há décadas a Ouro também. O primeiro conquistou um título de divisão pela primeira vez desde sua criação.
 
Quando é levantado o debate quanto a se há a necessidade de um técnico para as equipes, a resposta é sempre positiva, mas atrelada a um detalhe todo carregado de simbolismo: terá de ser um comandante que possua conhecimento não apenas de esquemas táticos ou do elenco, mas também da Liga Chuteira de Ouro F7. Trata-se de uma competição “diferente do que há por aí”, como dizem muitos jogadores, técnicos e managers que disputam outros torneios espalhados por São Paulo, Brasil e planeta Terra. Trago as palavras do professor Cris Leite, técnico do finalista da Copa Estrelato, o Atlético, e também do Absolutos: "É um campeonato gostoso de jogar e a rapaziada fica louca pelas matérias e fotos e vídeos que vocês fazem". O fato de o jornalismo do Chuteira dar a devida ênfase para todos os times no maior grau de equilíbrio possível – com as famosas 'the zoeiras never ends' sadias para dar o tempero tanto exigido pelo saudoso the veras Victor Petreche – torna a competitividade ainda mais intensa e saborosa. Tebas, Ricci e Lói ajudaram a formatar a atual estrutura justamente pela paixão de ver suas equipes jogando no campeonato que construíram por 15 anos.

 

A rotatividade de equipes e jogadores é característica de qualquer torneio de qualquer esporte. Permanece a instituição, a marca. Essa parte é indigesta para as novas equipes. É comum ouvir que o adversário é sempre inferior – mesmo quando seu time acabou de perder desse "inferior". Potencializa-se esse pensamento quando se esbarra numa agremiação com mais tempo de casa. "Como a gente conseguiu perder/empatar para Basicus/Astúcia/Só Quem Sabe/SPQSF?" foi ouvido algumas vezes na atual Série Prata. A resposta é simples: no caso, trata-se de times igualmente a Acidus e MachuPichu que têm resenha para espalhar. Ora, desconhecer ou desmerecer esses fatos é atirar no próprio pé. Pontos foram deixados no caminho porque simplesmente houve um desprezo quanto ao poder físico e mental das equipes que já têm uma década de participação na Liga Chuteira de Ouro F7. Não à toa, no caso da Prata, a decisão será entre Divino e Real Madruga: muitos anos chuteirenses de vida entre os finalistas. Deixaram pra trás “novatos” como Midfielders, Pervas, Soberanos e Los Borrachos Jrs.
 
Esse foi outro resultado para embalar os corações saudosistas. Duas equipes históricas da Liga Chuteira de Ouro, mantendo a qualidade das divisões em alta com suas performances dignas de nota 10. Antes da chuva de pedras que poderei levar, a explicação: não se trata de técnica propriamente, mas mais do conjunto da obra, da montagem do elenco antes de o campeonato começar até chegarem à decisão. Ver Cesão, Andrade, Ornelas, Padilha, Flavinho, Ferrugem (arghhh!), Carioca, Rafinha Bigode etc. crescerem e ocuparem os espaços que naturalmente seriam deles é um espetáculo à alma de quem ajudou a construir esse império. Apenas um erguerá a principal taça, mas o olhar que vem de fora – e é isento – sabe que ambos já são campeões pelas reconstruções realizadas. 
 
Outra frase que estava fermentando, mas foi sufocada imediatamente, é sobre a força e a qualidade dos times da Série Ouro. "Esse jogo é da Ouro?" normalmente seguido por um "Affe". A todos, apenas uma resposta: sim, este jogo é da Série Ouro e os times que estão na divisão fizeram por merecer estar nela. Porque o saudosismo tem de ser leve, não de gente mimada. Ignorar uma pandemia mundial, que parou atividades em todos os setores da sociedade, na análise sobre a força dos times é, no mínimo, prepotência. Com as mudanças cognitivas e estruturais que ainda estão ocorrendo, o retorno de times longevos à Liga Chuteira de Ouro F7 – e também dos jogadores de longa data – beira à façanha. Muitos times que estariam na atual Ouro nem existem mais. Mas o Cachorro Velho, por exemplo, que estreou em 2011, sim.
 
Existem outras equipes que já completaram uma década de atividade e que mantêm seus nomes em alta em 2022. O Rabisco foi um caso. No primeiro semestre fez uma Série Aço discreta, mas realizou a montagem do elenco que chegou à semifinal desta 21ª edição – catapultando o time à próxima Série Bronze. Murilo Franco, Daniel Jales e Victor Varoli são tarados pelo que criaram e se esforçaram a cada semestre após a criação do time para o Rabisco alcançar o atual estágio. Provavelmente muitos que viram jogar ou enfrentaram Mion, Erik Rabisqueiro, Caetano e cia. pensaram que a rabiscada não tinha nada de especial. Pura ignorância – natural dos sapiens. A mente blinda os avanços latentes quando está fechada. Logo, pensar que se trata de uma 1) equipe de 10 anos completados 2) com a maior parte do atual elenco atuando junta por mais da metade do tempo de existência da equipe 3) com esses mesmos jogadores estando no auge de suas formas físicas e mentais para a prática chuteirense e 4) com todos querendo, obviamente, ser campeões, não virá de seu subconsciente antes de se soltar a infame bravata "Mas esse Rabisco é fraco". Fracas são as atitudes de quem não se planejou e não atuou como o Rabisco.
 
Aproveitando o ensejo para esclarecer as aspas citadas acima – e para encerrar esta saudosa coluna relembrando o pontapé inicial para o nome Contra-Ataque: "Mas esse Rabisco é fraco" não é o pensamento de quem vos escreve e, sim, de jogadores adversários durante o andamento da Série Aço. Nada mais do que dor de cotovelo pelo "novo". É necessário o esclarecimento porque, antes dessas 91 semanas que estivemos juntos com a Contra-Ataque, o nome desta coluna era simplesmente "Análise da Rodada". A partir de uma aspa citada num dos últimos textos à época – a respeito do pensamento dos adversários sobre a qualidade do MachuPichu –, recebi fortes críticas porque os leitores simplesmente ignoraram as aspas em suas interpretações do tal texto – num estilo de escrita bem mais leve e engraçado que o atual modelo. A mudança radical trouxe para esta coluna muito mais filosofia num mundo cada dia mais tik-tokizado. O episódio das críticas já tem 10 anos e é legal ver as evoluções, ainda mais quando são positivas. As mesmas evoluções que colocaram os nomes Acidus e MachuPichu novamente em evidência.
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